Eu, que agora tenho pouco para fazer e muito por onde me entreter, fiquei estarrecido com a brilhante ideia de José António Seguro do PS, ao sugerir que os cidadãos deviam indicar um nome para Provedor da Justiça. Ou seja, os deputados não se entendem, o povo que decida. Daí que, como cidadão interessado pela chamuça em geral e pela mini em particular, proponho que a escolha deve ser feita tipo American Idol (ou "Ídolos" para quem não percebe francês). Juntamos uns juristas, constitucionalistas, juízes desembargadores e trolhas porque ficam sempre giros para fazer aqueles trailers com palhaçadas. Depois eles só tinham de prestar provas que se enquadrassem no perfil de Provedor: arremesso do Código Civil, conseguir empilhar processos num vão de escada, como contar depressa milhares de páginas dos processos sem fazer cortes de papel nos dedos, como actuar em caso de pressão dos partidos políticos e outras utilidades. Claro que como estamos em altura de crise e o EStado precisa de arranjar novas soluções para as receitas, propunha que o povo pudesse votar através de chamadas de valor acrescentado. Se isto pegasse podíamos depois exportar a ideia para a Assembleia da República e escolher assim também os deputados. Pelos menos garantíamos melhor espectáculos antes de eles entrarem lá dentro.