segunda-feira, julho 31, 2006

O Concurso continua, apesar dos reaccionários deste Blog.


A minha adesão ao concurso foi enorme e entusiástica. Tanto que já tenho uma versão melhorada do logo. A partir de agora será este o novo logo, que só será substituído após a votação do novo logo que todos vocês vão desenvolver em catadupas de criatividade. Aproveitemos que o kinder anão - perdão - supresa, vai estar fora e vamos dar alento à nossa criatividade, sem ter a sua censura fascista e castradora.

E o céu, encheu-se de chumbo.


Quem não passeou já pelo belo parque de Monsanto?
Entre as meninas que fazem os seu serviços e enchem o ar de suspiros de amor e o chão de guardanapinhos de papel, os homens estranhos que se escondem atrás das árvores enquanto manipulam os seus órgãos geniais e outros fenómenos estranhos, em Monsanto podemos contactar em todo o seu esplendor, a mãe natureza. E isto a escassos 10 minutos da zona nobre no centro de Lisboa (onde eu vivo).
Esquilos (que eu nunca vi), perdizes (que dizem haver) coelhos (que fugiram das gaiolas dos guardas) enchem o nosso imaginário. Cheios do betão da cidade, em Monsanto, podemos rejubilar-nos com a expectativa de encontrar um destes animais selvagens, quase mitológicos.
Mas o que se pode mesmo ver são as famílias (algumas até, monoparentais) alegres e divertidas, e os desportistas usufruindo desta bela mancha verde.
Vou para Monsanto quando quero encher os pulmões de ar e dar uma singela volta de bicicleta.
Mas no pior pano cai a nódoa e a mancha verde de Monsanto está também ela ferida e sangra. No meio da paz, entrecortada por um ou outro carro que passa ao longe, há um cenário que é assustador.
Ali, correndo ao lado do aqueduto, cercada por uma alta cerca de arame, podemos encontrar um cenário quase guerra. Tiros de espingarda enchem o ar: pum, pumpum, prás,pum. Sinto pânico. Quando o que se devia ouvir era o chilrear dos passarinhos e o gemer das passarinhas e do céu deveriam vir as pinhas soltando a sua carga de sementes, caem chumbos. Chumbos de diversos calibres. A tranquilidade do parque é cortada de forma abrupta e disruptiva, por um cenário que me faz lembrar as minhas experiências em Angola. Começo a suar e não consigo evitar: atiro-me para debaixo da bicicleta, e tremo enquanto o chumbo cai do céu e faz um barulho nas folhas semelhante ao barulho de chumbos a cair nas folhas.
Monsanto não merece uma coisa assim. As putas, os maricas, os ladrões, os sem-abrigo ainda vá. Mas tiros e chumbaria?
O Lobbie do Clube de Tiro de Monsanto não quer sair, ignorando egoisticamente que ,no meio da natureza não há lugar pratos voadores e tiros.

Vão a http://www.petitiononline.com/cptirmon/petition.html e ajudem a correr com aquela gente de Monsanto, para que em vez das salvas de tiros se possa só ouvir o roncar dos aviões, os motores dos carros e o latir dos pit bull que a malta da Serafina por ali treina.

Concurso faz primeira vítima

O Reinu conseguiu. Vou ter que fugir do país até todos se esquecerem de que eu tenho um blog que promove um concurso para um logo.

Maioria dos portugueses quer referendo ao aborto

Esta notícia surge dias após Reinu ter decidido a criação de um concurso que visa a criação de um logotipo para este blog. Mais de 89% dos inquiridos afirmou que o país não precisa de pessoas com ideias medíocres tipificadas como "ideias à Reinu" e que o problema deveria ser resolvido logo à nascença.

Paz à vista

A secretária de Estado norte-americana, Condoleezza Rice, disse esta segunda-feira em Jerusalém que poderá ser possível um cessar-fogo entre Israel e o Líbano ainda esta semana. Aos jornalistas assegurou que os dois lados do confronto poderiam assim reunir esforços e concentrar todo o seu arsenal militar na pessoa que decidiu propor a criação de um logotipo para este blog.

Todos no buraco

O madeirense Nuno Henriques, de 18 anos, conquistou este domingo a Taça da Federação Portuguesa de Golfe, um dos maiores torneios do calendário amador interno, que se disputou em Tavira. Uma boa notícia para partilhar com os amigos em vez de perder tempo a fazerem logos para este blog.

Saem hoje as notas.

Hoje é publicada a lista dos devedores, dos caloteiros e de todos os Reinu que pululam pelo país fora. Mas como só escolheram os tipos que devem mais de 50 mil euros ao Estado, julga-se que a lista não deve passar das 10 páginas A4. Há também outra explicação que levou o Estado a decidir-se pela publicação da lista durante o dia de hoje: serve para desviar a atenção do país para essa grande brilhante ideia de Reinu.

sexta-feira, julho 28, 2006

ABERTO CONCURSO PARA CRIAR IMAGEM DESTE BLOG


O Nosso blog já merecia a sua própria colecção de material de merchandising.
Está aberto o concurso para criar à borla um logo para o nosso Blog.
Este foi o logo que eu desenvolvi e após apurados estudos de mercado e de um ou dois focus group com um target alargado de norte a sul do país. A conclusão de todos estes estudos é que o meu logo está uma merda. Conto com a vossa ajuda para logo, logo ter um logo melhor.
Assim, peço ajuda aos jeitosos que nos visitam com regularidade (que são muitos, mais de 2) para fazerem as suas tentativas, erro, tentativas, erro.
O Brief é claro: tem que ser fixe, cool e giro e dar para usar estanpado numas t-shirts. O target é malta fixe, coll e gira que usa t-shirts.
Quem quiser criar um logo, vá aos comentários neste post e eu mando um email para onde podem enviar os vossos bonecos.
O Boneco vitorioso será ostensivamente usado ao peito, por nós blogers e por quem mais quiser.
Após a escolha do bonecom, vão ser feitas as ditas t-shirts, canecas e porta-chaves que venderei a preço de custo. O Vencedor deste concurso, receberá um kit, inteiramente grátis! UAU, que locura!

quinta-feira, julho 27, 2006

Sem título

Dois pés, o pé direito (PD) e o pé esquerdo (PE), conversam animadamente:
PD – Olha e se fossemos para ali, para a direita?
PE – Nem pensar, quero ir antes para o outro lado...
PD – Fosga-se, contigo é sempre assim, não dá pé!
PE - Ora porquê? Qual é problema de irmos para a esquerda? Não estamos em pé de igualdade?
PD – Pronto, está bem. Pé ante pé, lá vais conseguindo o que queres...
PE – Vá lá, não fiques assim amuado, anda aqui para ao pé de mim.
PD – Eh, não estou amuado, seu pé de chinelo!
PE – Ei, eu não te chamei nomes, assim não vale! Vais fugir a sete pés quando eu te der uma biqueirada.
PD – Sim, sim, vê lá mas é se não queres tu levar um pontapé.
(pontapé)
PE – Vá lá, sê homem, põe-te de pé!
PD –Ah, ah... ó filho, tu não me chegas aos calcanhares...
(pontapé)
PE – Pézinho de lã!...
PE – Pé de atleta!...
PD – Pé direito!...
PE –Ehhh, isso é que não! Pé boto!
PD – Pé de vento!
PE – Pé rapado!
PD – Pé chato!
PE – Pé descalço!
PD – Pé de cabra!
PE – Pé de galinha!
PD – Pé de chumbo!
PE – Ihhhhhhh.....Pé de meia!
PD – Pé na poça!
PE – Eh pá, essa foi forte: Pé da letra!
PD – Bem já chega...aquele convite para irmos comer continua de pé?
PE – Pezinhos de coentrada? Sim, claro.
PD – Então, anda daí...
PE – E vamos a pé?

quarta-feira, julho 26, 2006

10.0058 - é ainda mais obra!

Peço desculpa, mas confirmando o sucesso deste blog, quando acabei de escrever o fantástico "10.000 pageviews - é Obra!" estava já ultrapassada a barreira dos 10.000.
Para a próxima não escrevo o post dois meses antes!

10.000 pageviews - é obra!

E verdade. Um ano e tal depois de termos começado "PALAVRASCONVIDA" chegamos aos 10.000 pageviews.
Obrigado Kinder por me teres chamado a atençãob para este marco, pois à velocidade a que nos visitam corria o risco de escrever este post, já com muitos mais milhares de pageviews. Pergunto: é muito? é pouco? não sei responder, mas sei dizer que há pelo menos 10.000 cliques feitos neste nosso blog. São pelo menos 30 pessoas por dia que nos visitam, o que se retirarem os 10 peseudóminos com que aqui venho e as 8 pessoas a quem faço chantagem, dá ainda cerca de 12 pessoas por dia...é Obra. Obra pequena, mas é obra.
Foram muitos artigos, muitas risos, muitas lágrimas, muitas opiniões inopinadas ou pertinentes, engraçadas ou sérias, que passámos juntos. Tudo na companhia de fiéis (Mak, kat, Cuga, o saudoso Ti Jaquim e outros tantos que eu não vou referir, para não tornar este post demasiodo extenso) e ocasionais visitantes. Todos juntos fizemos deste blog o que ele é.
Recordo com emoção, ainda no começo, os brilhantes posts que nos divertiram e supreenderam muito positivamente, pela sua forma mordaz e bem redigida. Via-se que o universo dos blogs nunca mais seria igual e que um blog de desconhecidos, estava aí para marcar a diferença. Quem não se recorda de " A estupidez da Vida"?, quem não leu já mais do que uma vez "é a vida em 5 minutos com..."? quem não se rio já sozinho com a "A vidGa"? quem no seu dia a dia não se recordou já uma centena de vezes do mais recente " Iniciativa privada"?. Ou até "Afinal, somos mesmo uma merda!". Quem não recomendou aos amigos "Viena - A prova"?
São marcos na blogosfera como estes que fazem este movimento ser único. A Todos os que nos visitam, o meu obrigado. Aos outros Co-Blogers, continuem a fazer cliques e deixem a escrita comigo.
A meta dos 20.000 está à vista. Não nos deixemos cegar pelo sucesso e não vamos perder de vista o objectivo de a atingir.

Um grande blog

Aqui há atrasado, escrevi umas coisas sobre o hi5. Agora, o Reinu veio completar a informação da altura e indicou-me um blog fantástico. Eu que nem gosto dos blogs dos outros porque acho que são sempre melhores que os meus, desta vez rendi-me às evidências. Para ocuparem o tempo com maior diversão, tentem encontrar a irmã do Reinu ou a mãe do Zidane.

http://www.hi5porcas.blogspot.com/

terça-feira, julho 25, 2006

Concentração de Faro - o Ursupador!


O Kinder diz que pegou na moto e foi a Faro!
Foste a Faro mas é o caraças…tu nem chegas com os pés ao chão, quanto mais andares de mota!
Não te vi lá.
Eu é que fui. E aquilo não é nada disso que para ai dizes. Não comi sardinhas nenhumas até rebolar (era impossível chegar ao balcão com os grunhos a lutarem pelas sardinhas), não bebi cerveja até vomitar (tinha que lutar com seis motoqueiros feios para conseguir comprar qualquer bebida que não água e teria nojo de vomitar naquelas latrinas), não vi gajas nenhumas a lamberem as mamas a ninguém (tinham sempre mais de 1.000 gajos à volta a gritarem “mete, mete, tira, tira, espeta, espeta”).
Vi, isso sim, bonitas motas. Vi gente diferente. Vi povos de outros países unidos por uma vontade única de ser livre. Vi as horas a passar sem conseguir dormir com o barulho dos ratéres que enchia o ar. Vi o espírito que nos une. Vi a liberdade que sente quem anda de mota e que vocês enlatados não sentem. Vi o espírito irmão que une os cavaleiros do asfalto. Vi a amizade. Vi a alegria dos jovens. Vi velhos a confraternizar com novos unidos sobre o mesmo denominador comum. Vi bandas de outrora acarinhadas por quem como eles é livre. Vi motas grandes, vi motas pequenas. Vi mamas descaídas e vi-as empinadas.
Não vi, no caminho para cá, um canito na estrada. E foi a ultima coisa que não vi, até acordar hoje no hospital de São José. Felizmente ainda me mexo da cintura para baixo, tenho as duas mãos e bem cedo vou voltar a cavalgar a minha montada - Baby, estou de volta.

006100500050284050033. Fixe este número.

Meus amigos, eu nunca fui de pedir nada a ninguém. Nada. Rien de rien. Nem sangue, nem açúcar à vizinha ou a rebarbadora ao amigo. Mas a idade não perdoa e não quero chegar a velhinho com o queixume e a angústia de não ter experimentado o que dizem ser uma das melhores sensações da vida: chular.
Sim, quero experimentar. Quero ver se isto funciona mesmo, que não é uma coisa como a SIDA que só acontece aos outros. Pode ser que seja desta que encontro sentido para a minha parca e ingénua vivência. O que peço é simples: eu só quero um bilhete para o Festival Paredes de Coura para o dia 16 de Agosto. São só 40 euricos, meus amigos. Se as 10 pessoas que visitam este site, em vez de gastarem dinheiro em ninharias e contribuissem para o NIB 0061 0050 00502840500 33, teriam como agradecimento o mais belo sorriso desta kinder.

segunda-feira, julho 24, 2006

Só faltou o Macário Correia

Confesso que motas é a minha grande paixão. Este fim-de-semana, tal como faço todos os anos por esta altura, peguei na minha moto e fui até à concentração de Faro. Foi a loucura. É a única oportunidade que eu tenho para que num só fim-de-semana consiga ter acesso a um mundo exclusivo e privilegiado: posso comer sardinha assada até rebolar, beber cerveja até vomitar, ver gajas a lamberem as mamas umas às outras exctamente no mesmo palco onde tocam gajos mais velhos que a minha SS Sachs.

sexta-feira, julho 21, 2006

Amor próprio

É nestas alturas que eu ligo a televisão. Hoje soube que o Centro para o Sexo e Cultura do Reino Unido vai organizar o primeiro concurso de masturbação colectiva, destinado a angariar fundos para organizações dedicadas à educação sexual. O evento será transmitido pela cadeia de televisão britânica Channel 4 a partir das 23:00 horas e é inspirado numa competição semelhante que se realiza de cinco em cinco anos na cidade norte-americana de São Francisco. «A cada cinco anos centenas de pessoas reúnem-se no mesmo local para se masturbarem» e angariar donativos, explicou a produtora do programa, Zig Zag. O concurso consistirá em bater o recorde mundial registado nos EUA de oito horas e 30 minutos de onanismo.
Isto sim, meus amigos é que é serviço púbico!

Novo Post de Sucesso - Mais Um PEDINTE em Viena


Após o enorme sucesso da Foto do pedinte de Viena, decidi publicar uma foto de um pedinte específico para o target A/B. Este pedinte só trabalha nas zonas Nobres de Viena e não aceita esmolas inferiores a 50 euros. A Isto chama-se "Posicionamento de Mercado". O SEPEDES (Sindicato Europeu dos Pedintes de Esmolas, Despedidos, Escarnecidos e Sem-Abrigo) está a criar regras em relação à profissão de pedinte e exige que haja pedintes específicos para cada segmento de mercado: pedintes para consumidores com poder de compra, para turistas, para mulheres, etc. A Profissionalização do sector era aguardada com expectativa e os pedintes entendem que a via do posicionamento, é a salvação de uma profissão que ainda é muito mal vista. O Pedinte que solicitar a sua carteira profissional ao SEPEDES, irá começar a sua carreira a pedir a outros pedintes de categoria dois. Só após dois anos na categoria um o pedinte pode ascender a uma categoria superior . Os Pedintes irão ser taxados na categoria de Técnico de Esmola. Os escalões profissionais são semelhantes aos da função pública e o nível de exigência, carga laboral e períodos de férias também. O SEPEDES assegura a formação na pedinchice, através de cursos dados por ex. trabalhadores da fábrica da Azambuja e da GM (soube agora que alguns ex. funcionários da Disney também concorreram - o Brigado Mak pela informação). Este problema de posicionamento terá levado, a que por causa de um erro de compreensão do decreto regulador, os pedintes de Praga se tenham posicionado daquela forma estranha.

Viena - A Prova.


Agora sim vão poder ver como vos enganei.
Efectivamente em Viena os pedintes não estão de joelhos e não servem para nos sentar-mos.
Seria difícil sentarmo-nos em cima de um pedinte assim. Tem um ar
duro e as pernas levantadas não dão muito jeito, podiamos escorregar. Talvez sirva para abotoar os sapatos, colocando o pé em cima do joelho?

Lamentável MENTIRA.


Peço desculpa aos milhares de blogistas que nos visitam, mas enganei-vos. Se Faz Favor chamou-me a atenção muito ajuizadamente, e eu porque não vos posso enganar mais e manter esta falsidade, venho repor a verdade dos factos. Efectivamente no meu muito detalhado Post sobre Viena, referi inopinadamente que os pedintes desta cidade tinham o hábito de se prostrar de joelhos. Fi-lo por graça, mas também com alguma malícia, que agora reconheço. No entanto é totalmente falso. Os pedintes que se colocavam de joelhos eram os de Praga. Junto uma foto que o comprova.
As Todos as minhas desculpas. Não mais serei tendencioso. Obrigado também a Se Faz Favor, esse arauto da justiça.
Aqui vos prometo também que irei publicar uma foto de Viena, em que vão constatar o quão falso era esse meu post.

Pixies at Lisbon

Depois da passeata em terras de sua majestade fui dar o meu pezinho de dança e bater palminhas ao concerto dos Pixies, ontem. Excelente concerto e foi uma pena não te ter visto por lá.

quinta-feira, julho 20, 2006

E não é que o ataque Continua?


Lembram-se "The plain, the plain..." gritava excitado o pequenito (pequeno para mim, porque para certas pessoas deste blog, ele teria uma estatura normal) na esperança que o seu irmão viesse no avião, coisa que nunca aconteceu.
E o outro por cá cantava "Quem é quem", demonstrando a sua incapacidade em lidar com a falta de identidade familiar provocada pela falta do irmão. Ainda nem dois anos tinham, quando o destino ingrato os separou.
O Irmão na ilha com o sofrimento esmoreceu, e nem cresceu, coitadinho.
Separados por um oceano: um perdido num pequeno país europeu e o outro numa ilha que afinal era de fantasia.
Mas no fundo, dois irmãos, duas almas gêmeas.
Recomendo www.toy.pt para que vejam que quem canta assim, só pode estar a sofrer.

O Ataque dos Clones Continua.


Gosto disto.
Vejo-os e imagino-os irmãos separados à nascença.
Qual dos dois o mais macho?
Qual dois dois imita quem? O Malato imita o Fernando, ou mais naturalmente o Fernando imita o Malato?

Viena de Áustria…aquilo é que é.


O prometido é devido. Fui e voltei e aqui estou para prestar testemunho sobre o que vi. Primeiro irei falar sobre Viena de Áustria e depois sobre as outras capitais europeias onde fui. A saber: Praga e passei de comboio em outras cidades. Não me recordo dos nomes porque…estava escrito em estrangeiro.
Aí Viena, Viena…aquilo é que é. Se os alemães já são o que são, os austríacos ainda o são mais. Aquilo está num nível tal, que só comparando com o nosso país dá para vocês (que não estiveram lá como eu) compreenderem.
Em Portugal bebe-se cerveja nuns copinhos miseráveis de 33cl; em Viena são canecas de meio ou de litro. Em Viena não há lixo na rua como em Portugal. Em Portugal há beatas e jornais velhos; em Viena há garrafas de bebidas caras e pontas de charutos. Em Portugal os cães cagam por todo o lado; em Viena só no meio do passeio. Em Portugal o Tejo está cheio de restos de esgotos; já Danúbio só tem resíduos de indústria pesada. Em Portugal os pedintes aborrecem-nos; em Viena estão prostrados no chão de joelhos e são controlados por uma máfia organizada. Em Portugal não há bicicletas para andarmos a passear na cidade (houve um autarca que propôs arrasar as colinas e implementar as ditas biclas). Em Portugal gasta-se energia no ar condicionado; em Viena poupa-se e sua-se muito nas lojas, nos hotéis e por todo o lado. Em consequência deste facto, os Vienenses que poupam muita água, cheiram mal, fedem mesmo. Em Portugal gasta-se dinheiro em portadas nas janelas e em estores; em Viena não, acorda-se às 5 da manhã com o sol nas ventas (levantar cedo e cedo erguer...). Em Portugal os empregados de serviços mal falam connosco; em Viena falam, mas dizem coisas que eu nem quero tentar perceber, mas acho que a minha mãe não ia gostar de ouvir. Em Portugal na rua se fazemos asneira pode ser que alguém timidamente nos chame a atenção; em Viena berram-nos e fazem-nos coisas com os dedos. Em Portugal há em Lisboa cerca de 1 milhão de turistas. Em Viena são 10 vezes mais o que faz da cidade uma animação (nem queiram saber o bom que é). Em Portugal as putas são quase todas brasileiras, checas, croatas, enfim de leste. . Em Viena também, mas são mais baratas e eles têm mais poder de compra. Em Portugal há barracas. Em Viena há prédios abandonados habitados por gente pobre.
Podia continuar, mas dá para ter uma ideia.

Ka ganda viagem, man!

E agora a desculpa para a minha ausência.
Recentemente, a nave-mãe da minha empresa decidiu convocar alguns dos seus melhores colaboradores a fim de trabalharem num projecto global em Londres. Como a maior parte dos meus colegas estava de férias, a empregada das limpezas de baixa e até o estafeta
encontrava-se ausente, por exclusão de partes, a escolha recaiu sobre mim.
E lá fui salvar o mundo. Levei bacalhau e sol. Confesso que exagerei no sol porque a cidade atingiu na segunda-feira passada o record de 38 graus. Pessoas desmaiavam no metro, outras perdiam os sentidos dentro de autocarros e até os terroristas, habituados ao exigente clima do deserto paquistanês, decidiram dar umas tréguas por estes dias.
Confesso que esta experiência superou em muito as minhas melhores expectativas. Serviu para melhorar o meu parco inglês. Já consigo pedir um bilhete de metro, apesar das máquinas não responderem nunca às minhas perguntas. Mas onde sinto mais orgulho é na minha performance em cafés e esplanadas. Desta vez, sempre que pedia um cuppuccino traziam-me uma sandes de frango o que considero uma melhoria. Antigamente traziam-me sempre o extintor.
Mas gostei por causa dos horários. Em Londres, trabalha-se desde as 9:30 até às 17:30. Sem merdas ou paneleirices de que só trabalha muito quem sai às 21:00. Às 17:30, as esplanadas estão apinhadas de tipos engravatados, outros de t-shirts e chinelos. Não são turistas. Gostei de saber que existe vida à tarde.
Gostei dos processos de trabalho. Todos são responsáveis pelo que fazem. A culpa é sempre de alguém se correr mal, ninguém passa a batata quente a outro mesmo quando se trabalha em equipa. O trabalho é intenso, flui e acaba sempre antes das 18:00. Organização e respeito são palavras chave. Deu para confirmar que a grande diferença reside no facto de se encontrarem mais incompetentes por metro quadrado, aqui.
Gostei de saber que somos bons. Que eu sou bom. E que não custa nada tu seres bem melhor do que eu.

sexta-feira, julho 14, 2006

Ausência II

Juventude deste blog. Aausentei-me, não sei se deram por isso. Lamento porque sei que sou a bomba de asma que vocês inspiram todos os dias. Se as vossas vidas continuam pelas ruas da amargura, então lamento informar que assim vão permanecer. É que o jovem anda a ser requisitado para outros voos e a história mantém-se para a semana. Um grande bem haja para todos vós. E não se esqueçam que eu vos amo, muito.

sexta-feira, julho 07, 2006

Ausência

Venho por este meio informar os nossos milhares, senão centenas de fiéis leitores e co-bloggers que me vou ausentar durante a próxima semana, para uma merecidas férias, onde irei procurar novos temas para blogar.
Irei a uma cidade bem conhecida pelos milhares de eventos culturais (não revelo o nome da cidade, pois não quero que uma legião de fans deste blog vá atrás de mim. Quando voltar digo), berço de artistas, músicos e um dos expoentes máximos da civilização ocidental. Vou lá com alegria, tentando contornar todos esses programas aborrecidos que se advinham e indo directo ao que é bom: as cervejarias e os peep show's.

À coca

O mundo anda perigoso. E nós distraídos. A Coreia do Norte testa mísseis de longo alcance, o Iraque não pára de contribuir para a dimunuição da população mundial, Israel e a Palestina continuam às turras, o Simplex 2006 em Portugal não funciona, o défice português vai ser ultrapassado mais uma vez apesar dos constantes aumentos dos impostos indirectos, sejam eles nos combustíveis, no imposto automóvel, nas retenções e isenções, o país perdeu 10% da sua mancha florestal nos últimos 5 anos, o Scolari vai deixar a Selecção e há quem fale que vá para Espanha, o El Corte inglês vai abrir mais umas lojas e continua com uns locutores espanhóis a arranharem a língua de Camões nos anúncios de televisão mas a pior notícia que poderia receber veio abalar o meu estado de espírito de tal forma que todo o meu corpo treme no momento em que escrevo estas palavras. E não é por menos: uns tipos da Coca-Cola, à má fila, tentaram vender o segredo da bebida à rival Pepsi.
Num mundo em que já não há certezas, em que num dia desmonta-se a verdade indesmentível do dia anterior e em que mitos são quebrados a todas as horas, esta era a única coisa que eu tinha como garantida na vida, aquela em que eu podia agarrar em momentos de pesar, o fiel que mantém em equilíbrio as minhas noções do Bem e do Mal está agora perdido. O mundo anda perigoso. Acho que vou começar a beber para esquecer.

quinta-feira, julho 06, 2006

Bem vindo de volta à realidade!

Andaram todos para aí entretidos com o Mundial e nem repararam que no país, a vida continuava a rolar e que por várias vezes houve foras de jogo .
Enquanto viam chutar a bola no relvado, nem reparavam nos chutos que os políticos davam no orçamento de estado e na forma como marcavam os livres. Enquanto o outro defendia penaltis, nem repararam que a função pública ia para o balneário e que na fábrica da Azambuja não ia haver prolongamento. Enquanto viam que o árbitro não marcava falta ao gajo que dava pontapés na cabeça do Figo, nem notaram no cartão encarnado que o Freitas levou. E agora que o mundial acabou e vão começar a olhar para o lado, nem vão conhecer o país onde viviam. Começa nas bandeiras nas janelas e acaba no Simplex que esbarra na burocracia, passa pelo ministro da Economia sem fair play com o do Ambiente, e eis que do meio-campo surge o IRS que finta as despesas dos portugueses, Sócrates avança e recua e…. Pois é, se fosse a vocês, agarrava-me a outra coisa qualquer para se entreterem. Pode até ser a nova novela da TVI que por sinal, é muito jeitosinha.
Assim, no final dos 500 ou 600 episódios, enquanto viam se a Alexandra Lencastre é boazinha ou não e se a Maria João sempre se envolvia sexualmente com o cunhado da prima do irmão, sempre dava para não verem o que se passa à vossa volta. E quem sabe, se quando voltarem outra vez à novela da vida, não terão finalmente as coisas melhorado?

quarta-feira, julho 05, 2006

Et voilá

O senhor do cabelo oxigenado, Abel Xavier, deu novamente azar. Agora só me resta torcer pelos italianos. Porque prefiro massa a croissants. Sempre é mais conduto.

Olha a bola, Abel, olha a bola.

Hoje, a Selecção Portuguesa teve uma visita inesperada: Abel Xavier, considerado por muitos como o tipo real mais parecido com o Dragon Ball. Segundo consta, os jogadores portugueses foram aconselhados a não apertar a mão ao ex-jogador da Selecção só para evitar coisas. À saída, Abel Xavier falou aos jornalistas: "Tal como já esperava, não fui recebido de braços abertos". Sobre Gilberto Madaíl, o ex-jogador afirmou: "Ainda há uma mão cheia de assuntos para resolver com a Federação. Tivémos dois ou três dedos de conversa mas acho que saí daqui com as mãos a abanar". Recorde-se que o jogador está actualmente suspenso por doping. Sobre o caso, clamou inocência e disse: "Para me incriminar, alguém andou a meter a mãozinha. Aposto que foi algum francês!"

Nouvelle Cuisine

Os franceses vêm aí. Todos sabemos. E quando falamos nos “franciu”, normalmente associamos esse país ao fromage, ao croissant, ao jambon e ao vin rouge. Mas hoje, vão meter a “baguette en le sac” e levar com o torresmo nacional para verem o que é bom.

terça-feira, julho 04, 2006

Este post é real ou virtual?

E porque nem só do Mundial vive o mundo, e porque gostamos de fornecer informação útil aos nossos seguidores, e porque se são nossos seguidores, quer dizer que andam no cyberespaço, e porque se andam no cyberespaço quer dizer que mais dia menos dia podem fazer parte da seguinte estatística (se não fazem já):
- segundo o New York Times (Dezembro de 2005), mais de 100 milhões de pessoas em todo o mundo fazem o login todos os meses para participar em jogos de computador interactivos;
- os mundos virtuais online são muito populares: actualmente, estes novos mundos sintéticos têm cerca de 10 a 20 milhões de habitantes (fonte: Edward Catronova) e o número total de jogadores previsto em 2020 é de 40 milhões (fonte: Swansey University).
Se tiverem tempo dêem uma olhadela em
http://secondlife.com/. Muito interessante...

Arriscamo-nos a que em breve ninguém mesmo queira viver no mundo real.

Governo apresenta o CCDCACCUCMA

Somos um país de papéis, de selos brancos e assinaturas presenciais. O Simplex, apresentado pelo governo com tanta pompa e circunstância como um processo facilitador de tantos outros processos administrativos, não funciona por causa de um processo português muito típico chamado Burocracia.
Sabem quem o diz? É a Coordenadora da Unidade de Coordenação da Modernização Administrativa. Viram? Temos uma Coordenadora da Unidade de Coordenação. O seu papel é fundamental já que ela é responsável por coordenar a coordenação. Nem percebo porque é que isto anda a resvalar tanto.
Para resolver este impasse administrativo proponho a criação de uma Direcção para averiguar o que se passa, fazer um estudo e um levantamento dos procedimentos administrativos que impedem o sucesso do Simplex. Claro que seria fundamental criar uma Comissão de Avaliação que seria responsável pela organização de tal Direcção. O nome seria algo simples como Comissão para Criação de uma Direcção de Coordenação e Averiguação da Conduta da Coordenadora da Unidade de Coordenação da Modernização Administrativa, mais conhecida por CCDCACCUCMA. A ver se assim este país andava para a frente, ou não.

segunda-feira, julho 03, 2006

Até incha!

Os portugueses andam inchados. Não de gordura, que isso já não tem remédio, mas sim de orgulho. É a Selecção Nacional. Mas não é sobre futebol que eu quero partilhar. Eu gosto de futebol - não sou um fanático e doente como o Reinu – mas estou mais virado hoje para falar da Selecção Natural.
Como dizia, os portugueses andam inchados. De "grávidos". Olho para a esquerda e pumba, uma grávida, olho para a esquerda e pumba, outra. Olho em frente e lá está, mais um contribuinte que se prepara para nascer. Sendo maneta, contam-se pelos dedos de uma mão a quantidade de amigos meus sem filhos. Não sei o que andam a pôr nas sandes de torresmo ou nas tostas mistas mas anda para aí uma bicheza daquelas que é quase pandémica. Eles quando se referiam à Gripe das Aves deviam estar a falar de uma invasão de cegonhas!
O governo fecha maternidades em todos os lados. Os portugueses respondem à letra com putos a serem produzidos por todos os cantos. Falam em diminuição da população mas isso nega-se a olhos vistos tal é a quantidade de fecundações por metro quadrado.
Na Austrália, o Primeiro-Ministro pediu três filhos a cada casal, criando uma frase que se tornou um must em muitas t-shirts: "Um filho pelo papá, um filho pela mamã e um filho pelo país!". Pelo que vejo, cá não é preciso pedir. Mesmo deitados, criamos riqueza ao país.
Os anos passam e eu continuo com o desejo de não ser convocado para essa Selecção que dizem ser tão natural. É a vida.