quarta-feira, janeiro 30, 2008

Tiger in the woods

Dois tigres a deambularem pela Azambuja?
Vêem como isto está cada vez mais parecido com África?!...

terça-feira, janeiro 29, 2008

Jornalismo em revista

Ontem, no meu passeio diário de fim de tarde pelo meu bairro, passei por uma pequena papelaria tabacaria que tinha colada numa vitrina uma revista. Daquelas revistas que não valem um caracol, mas que até gostamos de parar para ler os grandes títulos. Daquelas em que ficamos a saber que a Maya afinal tem 63 anos. As revistas do coração, as cor-de-rosa, as de cordel. E por falar em coração, reparo numa notícia secundária, mas nem por isso com pouco destaque:
“4 anos depois da tragédia, namorada de Feher casa-se com outro!”
Hiii! Uauuuu! Que escândalo! Ainda bem que existem revistas onde os factos são factos, mais importantes do que o mediatismo e a ligeireza com que se denigre uma pessoa.
Depois reflecti, confesso que nunca pensei em fazer isto ao ler uma TV 7 Dias/Nova Gente:
- Era suposto ela casar-se mesmo assim com o Feher, estando ele morto?
- Seria de esperar que ela se iria casar com outra?
- Quantos anos são precisos para que o luto termine?
- Se ela se juntasse apenas, já não faria mal?
- Quando situações destas acontecem, já não é permitido refazer-se a vida com outra pessoa?

quarta-feira, janeiro 23, 2008

Fome de aulas

Não há fome que não dê em fartura, lá diz o povo. E também diz que um homem se conquista pelo estômago. E continua a ser muito bem dito sim senhor. Parece nuclear que somos um país que gosta muito de comer. E um país de não fazer nada. Na verdade, somos um país que não gosta de fazer nada depois de comer. Ora aí estão duas tarefas que estão intimamente ligadas e que justificam a nossa baixa produtividade ao longo dos séculos. Não nos podemos esquecer que, historicamente, os portugueses só se começaram a mexer quando se decidiram em ir à procura de pimenta, canela e outras especiarias. Ou seja, tudo o que pudesse condimentar as nossas refeições. Não consigo deixar de pensar nas razões que levaram os nossos antepassados da Idade Média a seguir tal façanha:

-El-Rei de Portugal, aceita mais couve portuguesa para acompanhar o pão?
-Ó Jarbas, outra vez? E só leva sal, homem? Nem uma ervinha, uma pimentinha, nada?
-Perdoe-me, pela graça do Senhor, mas acabou-se.
-Raios, então vá buscar homem.

Ou seja, se gostamos de enfardar tudo o que nos metem no prato, então porque não seguimos a mesma ideia do Reino Unido?
Esta semana, o Ministério britânico da Educação decidiu introduzir a Culinária como disciplina obrigatória. Ora aí está algo que deveríamos copiar para o nosso sistema de ensino. Por um lado - e porque duvido que algum aluno português possa chumbar numa cadeira que realmente pratica desde a nascença - esta disciplina contribuiria certamente para a subida da nota final no ano lectivo. Por outro, esta seria mais uma disciplina fundamental para incentivar o recurso ao trabalho manual, já tão neglenciado pela nossa sociedade, como Têxteis, Electro-mecânica ou Educação Sexual.
No Reino Unido, o objectivo destas aulas é combater o perigoso crescimento da obesidade na população. “Ensinar as crianças a cozinhar pratos saudáveis é um importante meio para as escolas ajudarem a criar adultos saudáveis”, declarou o ministro da Educação britânico.
No entanto, o objectivo da culinária como disciplina obrigatória é fazer com que os alunos consigam preparar pratos simples e saudáveis preparados com ingredientes frescos e preferencialmente do seu país. Ora aí está mais uma bela ideia. Em Portugal, acho que pratos de bacalhau, rissóis, caracóis, sandes de torresmo, coratos e pézinhos de coentrada deviam fazer parte obrigatória da matéria. Mas claro, tudo sob supervisão da ASAE.
Mas há ainda outro grande benefício em ter aulas de Culinária. Vejamos este exemplo em que o pai chega a casa, depois de um dia cansativo na repartição:

Pai: Queridos, cheguei a casa! (virando-se para a mulher que se encontra a ver a novela das 18h). Então, isso é que é vidinha, hein!
Mãe: Shiuuu, que eu estou a ver o que acontece ao Valdison.
Pai: E, onde é que estão os garotos?
Mãe: Devem estar na cozinha….
Pai: Na cozinha? Outra vez?
Mãe: Não os chateies que eles estão a fazer os trabalhos de casa.
Pai: Oba, vou ver se eles precisam de uma mãozinha. (Dirige-se em passo acelerado até à cozinha). Filhos….mmmmmm….cheira tão bem.
Filho: Olá, pai. Podias passar-me aí o alecrim?
Pai: Claro, mas o que estás a fazer?
Filho: Estou a fazer Pernil no Forno com molho de Alecrim e batatas de Noz Moscada.
Pai: Parece-me delicioso. Onde é que está a tua irmã?
Filho: Está lá fora a matar um coelho para os trabalhos de casa dela.
Pai: Mmmmmm, muito bem meu filho. (E em jeito de aviso ameaçador) E ai de vocês que deixem de estudar. No dia seguinte estão na rua.

quinta-feira, janeiro 17, 2008

Liberdade Religiosa

Estou numa onda, não de escutas, mas de microfones. Pela segunda vez neste blog, demonstra-se que a utilidade do microfone vai muito para além da habitual. Nós é que somos curtinhos de imaginação...

quarta-feira, janeiro 16, 2008

A idade do futebol

Neste blog é raro falar-se de futebol. Não só porque sou do Sporting - e ultimamente não me parece que aqueles tipos joguem alguma coisa a que se possa apelidar de desporto - mas porque acho as conversas de bola demasiado enfandonhas. Mas o caso muda logo de figura quando há porrada no meio.

Ontem, um dirigente desportivo do Belenenses foi agredido por dois sócios. À primeira vista isto nem parece ser notícia. Nós até agradecemos que o façam para ver se acabam de vez com a raça deles e para evitar que algum prosssiga a sua carreira como comentador desportivo.
Mas, sabendo nós a média de idades dos sócios do Belenenses, a notícia deveria ter sido contada de outra forma:

"Ontem, Carlos Janela, director desportivo do Belenenses, foi agredido por dois sócios quando saía das instalações administrativas do clube, devido à insatisfação provocada pela utilização irregular do futebolista Meyong no jogo com a Naval. Segundo apurámos, os dois sócios em questão foram mais tarde detidos com recurso a dardos tranquilizantes já que se tratavam de um Broncosaurios e de um Stegosauros."

sexta-feira, janeiro 11, 2008

Lino, o Beduíno

Após a desilusão de o Dakar não ter arrancado de Lisboa, ou de nem sequer ter andado 100 metros, o Governo decide fazer um Conselho de Ministros extraordinário para resolver o problema:


-Sr. Primeiro-Ministro, então que cara é essa?
-Eh pá, estou chateado, pá. Isto de nos terem tirado o Dakar das mãos, não estava à espera. Ao preço que está o gasóleo, sempre eram mais uns euros para os cofres do Estado em matéria de impostos sobre os produtos petrolíferos.
-Malditos terroristas, sr. Primeiro-Ministro. Se fossem funcionários do estado, sempre podíamos mandá-los embora ou processá-los. Esta vida é tão vil.
-Bom, temos de arranjar uma solução para este problema. Eu não marco reuniões de ministros ao Domingo só para ver se arranjo uma maneira de não ir à missa. Por isso, ideias. Quero sugestões em cima da mesa para ultrapassar esta questão.
-Sr. Primeiro-Ministro, se me permite.
-Diga lá, Sr. Ministro Mário Lino.
-Eu acho que os portugueses anseiam por uma resposta clara sobre onde vamos construir o novo aeroporto da Ota, quer dizer, o novo aeroporto de Lisboa na Ota. Sobre isso, curiosamente, tenho aqui um estudo encomendado, quer dizer, elaborado à Universidade de Loonden, no Texas...
-Universidade de Looden, no Texas? Nunca ouvi falar...mas também quem sou eu para saber alguma coisa de Universidades. Eu nem sequer sei onde fica a Independente!
-Ah Ah Ah Ah Ah....essa foi genial, Sr. Primeiro-Ministro....
-Bom, estava você a falar sobre um estudo.
-Sim, Sr. Primeiro-Ministro. Eu acho que os portugueses devem saber que o novo aeroporto de Lisboa vai ser na Ota.
-E quais são as razões fundamentais que eu vou dar aos portugueses para justificar essa escolha?
-Várias, sr. Primeiro-Ministro. Uma é porque já tem lá uma pista, outra é porque dá jeito, outra ainda é porque Ota soa muito melhor em inglês do que Alcochete. Mas a razão principal é porque basta terraplanar uns bons 7000 hectares e voilá, um aeroporto.
-Engraçado, isso do voilá...
-Porquê, Sr. Primeiro-Ministro?
-Faz-me lembrar aquela que você disse também em françês: Jamais!
-Ah Ah Ah Ah. Você hoje está imparável, sr. Primeiro-Ministro. Não é como aqui o Sr. Ministro Manuel Pinho que só diz piadas secas...
-Secas? Espera lá. Isso faz todo o sentido.
-Como assim, Sr. Primeiro-Ministro?
-Você acabou de me dar uma grande ideia. Você é um génio, homem. Acabou agora mesmo de se livrar do ponto 2 da agenda desta reunião que era a sua substituição no ministério das Obras Públicas.
-Obrigado, Sr. Primeiro-Ministro, mas creio não ter entendido o seu raciocínio.
-Por isso, é que você não tem estaleca de Primeiro-Ministro como eu. Basta olhar para a essa camada adiposa para perceber que, para além de não fazer jogging como um bom estadista, a sua massa encefálica está constantemente a ser banhada por gordura o que o impede ter um raciocínio claro, objectivo e pragmático. O que eu queria dizer, é que neste momento já decidi que o novo Aeroporto será em Alcochete.
-Alcochete? Mas Sr. Primeiro-Ministro, essa decisão faz terraplanagem aos estudos dos últimos 30 anos que apontam a Ota como o melhor local.
-"Terraplanagem" é uma palavra muito curiosa vinda de um Ministro das Obras Públicas cuja pança poderia servir perfeitamente como rolo compressor.
-Ah Ah Ah Ah, o Sr. Primeiro-Ministro está nos píncaros do humor, deixe-me dizer-lhe.
-Obrigado, Sr Ministro. Mas voltando ao meu brilhante silogismo. Podemos ter perdido o Dakar mas isso não significa que milhões de portugueses fiquem impedidos de se aventurarem deserto ou de verem camelos. Vai daí, porque não criar um "Happening", um "Major Event" no nosso maior deserto da margem sul? Alcochete, the "new international airport Lisbon has been borned".
-Sr. Primeiro-Ministro, peço imensa desculpa pelo reparo, mas esse inglês não está muito famoso. Eu aconselhava umas aulas de inglês técnico. Alguém tem aí o telefone do Sr. Arouca, reitor da Universidade Independente?
-Ah AH Ah Ah Ah. Essa está boa, Sr. Ministro da Saúde. Sim, senhor....Bom, depois deste momento de galhofa que é sempre de salutar, proponho passarmos ao ponto seguinte da nossa agenda: a remodelação no Ministério da Saúde.

quinta-feira, janeiro 10, 2008

Ah, isto é optimus!...

Sei que o Natal já passou e a esta altura o Pai Natal já retirou o disfarce e estará, com uma das suas renas, a servir de animador num qualquer lar da 3ª idade. Também sei que a publicidade tem evoluído bastante nas últimas décadas e posso afirmar, sem reservas, que já não é enganosa. Longe vão os tempos em que um tal de sabonete fazia milagres na pele da cara, quando sabemos perfeitamente que é contra-indicado. Assim, escrevo esta carta na certeza de que serei plenamente satisfeita.

Querida Optimus,
Obrigada por perguntares e, sendo assim, estava a precisar de:
- 1 par de calças de ganga, tamanho 38
- 1 perfume 100ml
- 15 kg de ração para cão, variedade borrego e arroz
- 150 litros de gasóleo
- 1 reparação a infiltração no tecto do quarto
- 20 litros de leite magro
- 100 cápsulas de Nespresso
- 1 Bimby
- 10 kg de carne de vaca, para assar, do acém
Como se processa a entrega dos artigos?
Muito obrigada e aguardo notícias.
SFF

PS- espero que não esteja a abusar, mas pensando bem, comparado com o que gastaram nesta campanha, isto é peanuts! Ah, já agora, mais 3 caixinhas destes, se faz favor...

segunda-feira, janeiro 07, 2008

Bingo!

Depois da Administração do Casino Estoril-Sol ter afirmado que só iria cumprir a Lei do Jogo e não a Lei do Tabaco porque acha que aquilo não se aplica aos casinos, eu decidi que, a partir de hoje, irei cumprir escrupulosamente a Lei da Água mas recuso-me a respeitar o Decreto-Lei nº 218/97 de 20-08-1997 que estabelece a as regras fundamentais e critérios base para a implementação de Superfícies Comerciais em Território Nacional.

sexta-feira, janeiro 04, 2008

Pensament du jour

Qui belle merde. Et moi que já tinhe la voiture tout-terrain preparé pour la voyage. J'avais ma valise, mes maps e deux botteilhes de l'eau por la aventure ont desert. Et allors?

quarta-feira, janeiro 02, 2008

Até agora, tudo bem

Pensei que fosse pior. Estou a aguentar-me bem. 2008 já vai com 2 dias e ainda não puxei de um cigarro. O que é óptimo para alguém que não fuma.