quarta-feira, novembro 30, 2005

Temos, aos poucos que sobram, uma difícil missão.

Lia num reputado jornal que 1 em cada 5 homens portugueses tem problemas sexuais. Fiquei assustado. Fiz as minhas contas e concluí que se para cada homem adulto:

há uma criança que ainda não se iniciou,
há um adolescente que ainda não pratica,
há um velho que já não o faz,
há os gays que não são gente capaz,
e os pedófilos da Casa Pia que gostam deles novinhos,
teremos então que para cada homem cuja faixa etária permitiria a dita actividade sexual, não devem sobrar mais de 1 em cada 100.000 que consigam manter a verga como ela deve estar: erecta e apontada para a fêmea.
Detalhando com dados estatísticos para verem que não vos estou a aldrabar. Em relação aos homens portugueses:
100.000 afirmaram não ter sexo
841.000 têm disfunções sexuais
547.000 diminuição do desejo sexual
459.000 problemas de erecção
409.000 com problemas de ejaculação
Isto dá cerca de 2.356.000 homens cuja vida sexual é semelhante ao índice das exportações nacionais vs. Importações, ou seja negativo.
Assim, sobram poucos homens capazes de satisfazer as pequenas que de há uns anos para cá andam mais arrevesadas.
Aos poucos Machos que ainda são Machos, cumpre-nos a pesada e sofredora missão de satisfazer as cerca de 2.500.000 mulheres que por ai andam largadas. Ora se as contas não me falham, isto dá 25 desgraçados com cerca de 100.000 mulheres para satisfazer. É Duro.
Se descontarmos um ou outro padre que não pode, militar que está em missão, futebolistas que consomem produto estrangeiro, então devem sobrar para ai uns 10 homens capazes. Eu conheço-os a todos. A mim e aos outros 9, digo apenas uma coisa: toca a mexer, não há tempo a perder, a Pátria vai agradecer, quando andarmos a Sofrer.

Alguns dados importantes a reter, na continuação da divulgação de notícias de interesse público.
Tamanho Médio do Pénis - Quase 88% dos homens têm um pénis entre 12,7cm e 17,7cm de comprimento em erecção. Em relaxamento, a maioria (90%) mede entre 7,6cm a 12cm.

Média (cm)
Comprimento Pénis Flácido - 9.88
Comprimento Pénis Erecto - 15.77
Perímetro Pénis Flácido - 9.53
Perímetro Pénis Erecto - 12.4

Aumento de Flácido para Erecto (comprimento) - 5.84 cm
Aumento de Flácido para Erecto (perímetro) - 2.82 cm.

Tamanho Médio dos Testículos 5cm de comprimento, 2cm de altura e 3cm de diâmetro.

Tamanho Médio da Vagina 7,6cm ao longo da parede posterior com 2cm de diâmetro. Em excitação, aumenta para 10cm e 6cm, respectivamente.

Tamanho Médio do Clitóris 2,5cm. No entanto, a parte que se vê, a glândula clitoral, mede 0,5cm.

Acidez Média da Vagina Entre 4 e 5 na escala do pH, ou seja, razoavelmente ácida.

Espessura Média do Hímen Entre 0.125 e 0.25 cm

Tamanho Médio dos Ovários 3,75cm de comprimento, 2cm de altura e 2,5cm de espessura.

Tamanho Médio dos Seios O tamanho médio dos seios das mulheres Americanas é de 91,2cm. O soutien mais usado é o 34B. Em relação ao número do soutien, ficam assim distribuídos: A-15%, B-44%, C-28%, D-10%, os outros 3% são: AA, AAA, DD e por aí fora.

Tamanho Médio dos Mamilos 0,55cm nos homens e 0,68cm nas mulheres.

Ângulo Médio de Erecção 15 graus acima da horizontal.

Tempo Médio para ter uma Erecção 3 a 8 segundos.

Duração Média da Erecção - Idade vs. minutos:
Adol. - aos 15 -12m
dos 16 aos 20 anos - 43 m
21 - 25 - 54 m
26 - 30 - 56 m
31 - 35 - 59 m (yupiii)
36 - 40 - 41 m
41 - 45 - 31 m
46 - 50 - 29 m
51 - 55 - 27 m
56 - 60 - 21 m
60 - 65 - 19 m
66 - 70 - 7 m
71 + - 0 m

Velocidade Média da Ejaculação - O esperma é projectado para fora do pénis a 45 Km/h. Quando entra na vagina, demora 5 minutos para atravessar os 15cm de território até ao cervix (1,8 m/h).

Volume Médio da Ejaculação - 4 centímetros cúbicos, mas com uma variação enorme de indivíduo para indivíduo.

Conteúdo Calórico Médio da Ejaculação - Entre 2 e 5 calorias.
Alcalinidade Média do Sémen 7.0 a 8.0 na escala do pH

Esperança Média de Vida do espermatozóide - geralmente sobrevive 48 horas dentro do corpo da mulher.

terça-feira, novembro 29, 2005

Mudam-se os tempos, muda-se o Monopoly

No outro dia li uma notícia que veio deixar ainda mais débil este corpo que já sofre de ciática e de uma dolorosa hérnia discal que todos os anos teima em aparecer para demonstrar de forma clara que é ela quem manda no meu corpo. Essa notícia era a de que a nova versão do Monopólio já não vinha com notas mas sim com cartões de crédito e uma maquineta a pilhas. E pensei: "Grande ideia! Finalmente lembraram-se de distribuir, com o jogo, um cilindro metálico-fálico para a malta se entreter enquanto se decide pela aquisição, ou não, da Rua Augusta ou uma estação de comboios." Errado. A maquineta a pilhas é mesmo um terminal de pagamento. Ou seja, as notas desaparecem e dão lugar à distribuição de um cartão de crédito a cada um dos jogadores. Esta mudança financeira vem acabar com a técnica de contabilidade criativa em que eu era perito: sacar dinheiro ao banco quando todos os meus adversários estavam distraídos.
O objectivo, dizem eles, foi tornar o jogo mais actual. Discordo. E gostaria de dar uma sugestão, em jeito de contributo, para o desenvolvimento futuro do Monopólio. A ideia é simples: acabavam com as casas e, para além de hoteis, disponibilizavam novas fontes de rendimento como centros comerciais e parques de estacionamento. Casas? Por favor! Todos nós já percebemos que, para além de não darem dinheiro, casas e ruas não combinam.
Mas voltando aos cartões, eu acho a introdução deste formato um perfeito disparate. Primeiro porque me parece estúpido andar a adquirir propriedades com um cartonito, segundo porque facilmente rebentamos o plafond e depois o banco não aceita desculpas do género: "Ai, veja lá bem como é que eu ando da cabeça: então não é que me meti à força toda a comprar o Restelo e depois fui comprar a Companhia da Electricidade? Ai resolva você o problema porque eu já assinei a escritura...".
Terceiro: temos de decorar mais um PIN, ter cuidado em não o divulgar a nenhum dos adversários e muito menos usá-lo na net. Com a ladroagem que anda por aí, arriscava-me no final do jogo a ver entrar em minha casa dois moldavos, um letão e um puto estúpido de Kiev para tomarem posse administrativa das minhas duas casas na Rua Ferreira Borges e do hotel no Campo Grande. É por estas e por outras que eu deixei de jogar e agora só bebo. Funciona como anestesia para as dores do corpo e eu divirto-me muito mais.

segunda-feira, novembro 28, 2005

Objectivo 2.000

Fui modesto. Errei. Admito-o. Fui pouco ambicioso. O objectivo 2.000 está francamente abaixo das nossas brilhantes capacidades. Foi o meu modesto ego que se insurgiu contra números mais audazes. Tinha proposto até ao fim do ano, mais uma centena de visitantes, mas vamos já com 1.400. Por isso e após a elaboração de um novo plano de marketing para este blog, revi em alta os objectivos e cheguei a novos valores, que vão dignificar a blogosfera. Agora o Objectivo são os 20.000 visitantes para 2006. Mais e mais pessoas merecem ler-nos. A nossa escrita deve estravazar os milhares e atingir as dezenas de milhar.
E vamos consegui-lo. Juntos vamos conseguir. Unindo os nossos esforços, este novo objectivo não é mais do que uma simples meta que ao longe já conseguimos vislumbrar.
Toca a postar, toca a difundir. Aproveito este post, para marcar o jantar de natal dos blogistas para dia 15/12, que se pode estender aos comentadores habituais: mak e jaquim, são ambos bem vindos e podem ter a honra e o prazer de nos conhecer pessoalmente e até nos pagarem o jantar.
Temos a motivação, temos a inspiração. Temo-los na mão.

Avolumados prejuízos

Uma companhia área norte americana chegou ao fim do seu exercício anual e tinha gastos superiores em 350 milhões de euros ao que seria a média esperada de uma companhia área europeia com uma dimensão semelhante. Estranho, dizem vocês. Estranho?? Respondo eu com uma pergunta, seguida da verdadeira resposta: este gasto extra prende-se apenas com um facto. O facto de os Americanos serem obesos e pesarem mais que os seus congéneres europeus. O gasto extra de petro gasoil de aviação e de alimentação, justificam essa diferença. Há até alguns senhores que pagam dois lugares par viajar, tal é o espaço que ocupam.
Isto leva-me também ao facto de cerca de 40% dos portugueses serem actualmente considerados obesos. Isto de acordo com as tabelas de obesidade (tabela de Hampi Gee) que nós europeus utilizamos. Acresce que destes 40%, cerca de 5% são já considerados como sofrendo de obesidade mórbida.
Proponho que o pais emagreça. Ou seja para além de apertar o cinto, vamos criar medidas para apertar as calças. Aumenta-se o preço dos bens carregados de gordura, aumenta-se o preço dos tamanhos extra das roupas e vamos ver se a malta não começa a emagrecer. O cozido à portuguesa é abolido e o prato nacional passa a ser: cozido vegetariano com galinha. Abaixo a sandocha de coiratos e torresmos. Abaixo o queijo da Serra e viva ao queijo fresco de leito magro. Acabem com o porco preto e viva o porco branco alimentado com saladas. Viva a galinha de aviário alterada geneticamente para conter menos colesterol. Abaixo a doçaria conventual. Morte ao pastel de Belém. Genocídio para todas as formas de enchidos (do chouriço aos maranhos).
Assim ajudaremos a nação a ficar mais elegante e quiçá se não ajudamos a nossa TAP a prosseguir na sua rota dos lucros.

sexta-feira, novembro 25, 2005

Curso de Actores

Porque a vida é um palco, junto a minha primeira peça de teatro woodyliana.


RAPAZ: Bom dia.
HOMEM: Bom dia.
RAPAZ: Queria fazer a inscrição.
HOMEM: Diga?
RAPAZ: A inscrição no curso?
HOMEM: Qual curso?
RAPAZ: O curso de actores.
HOMEM: Não estou a compreender.
RAPAZ: Ou muito me engano ou lá fora encontra-se um enorme cartaz que diz: “Novos cursos para actores. Inscrições abertas.” E eu queria inscrever-me.
HOMEM: Não é possível.
RAPAZ: Não me diga que já não há mais vagas?
HOMEM: Calma...
RAPAZ: Não me vai dizer que uma simples taxa de ocupação vai destruir os meus sonhos. (o RAPAZ ajoelha-se). Por favor, por favor, eu quero tanto ser actor.
HOMEM: Você até tem jeito para as rimas mas eu vou dar-lhe uma boa razão porque é que isso não é possível: você está numa Repartição das Finanças!
RAPAZ: An?
HOMEM: Olhe bem para a sua volta: um balcão de atendimento que que separa os utentes dos funcionários, secretária, computador, monitores e papeis, muitos papéis porque estamos a tratar de IRS, IRC, IMI e afins. E se reparar bem, até temos senhas de várias cores à entrada.
RAPAZ: Mas eu juro que lá fora está um cartaz enorme, brutal, quase do tamanho do edifício que indica o local das inscrições: aqui!
HOMEM: Aqui, só aceito inscrições para pagar impostos. Quer um impresso?
RAPAZ: Mas eu não sou doido, também não sou cego. Isto aqui até pode parecer uma Repartição das Finanças mas lá fora está mesmo o cartaz.
HOMEM: Bem, eu até estou a estranhar a falta de utentes. Isto está muito calminho hoje. Todos os dias é um corropio de gente. Tenho sempre a casa cheia e você foi o primeiro utente a entrar. Porventura o tal cartaz está a afastar os contribuintes da nossa distinta repartição. Um momento que enquanto eu averiguo, chamo alguém para vir prestar algum esclarecimento que precise em matéria fiscal.

(e virando-se para dentro, o Homem chama por outro funcionário. Surge o Santos. O Homem sai de cena.)

SANTOS: Bom dia.
RAPAZ: Bom dia. Isto hoje está de doidos.
SANTOS: Eu não sei o que você esteve a falar com aquele homem mas – antes que ele volte - vá por mim e não lhe dê ouvidos.
RAPAZ: Diga?
SANTOS: Não lhe dê ouvidos. O homem não regula bem. Há meses a empresa contratou-o e descobrimos agora que ele tem ligeiros problemas de parafusos, percebe?
RAPAZ: Quer dizer que...
SANTOS: Exacto. É um louco. Atenção, ele vem aí. Disfarce.

(O Homem aproxima-se)

HOMEM: O que o senhor diz é verdade. Está mesmo um enorme cartaz lá fora, a ocupar toda a parede da minha Repartição. Ó Santos, você sabe quem é que foi o responsável?
SANTOS: Lá está você a delirar. Vá lá tomar os medicamentos que o médico lhe receitou. Você sabe perfeitamente que não trabalha numa Repartição. Quantas vezes já lhe disse que o seu trabalho é temporário e resume-se a fazer as folgas da senhora Luísa que faz o atendimento do nosso consultório?
RAPAZ: Consultório?
SANTOS: A definição será um local onde auxiliamos, apoiamos, ajudamos e prestamos cuidados médicos básicos.
RAPAZ: Desculpem-me mas eu não estou a perceber nada.
HOMEM: Sim, eu também não percebo o que é que você faz do lado de lá do balcão da minha Repartição?
SANTOS: O senhor, não lhe dê ouvidos. Olhe bem à sua volta: um balcão de atendimento, uma secretária, um computador de mesa para as marcações das consultas e os indispensáveis papéis que são as fichas dos nossos clientes. Eu estou vestido de bata branca e temos senhas de várias cores à entrada para as manhãs das análises clínicas. E até se sente um cheiro a éter no ar. Estamos num Consultório, ou não?
RAPAZ: Mas o senhor tem lá fora um cartaz afixado que que diz “Novos cursos para actores. Inscrições abertas.”
SANTOS: Ah, estou a ver que o senhor procura um especalista em oftalmologia. Pois essa especialidade de momento está indisponível. Ó Homem, este senhor já tem ficha aberta no sistema?
HOMEM: Nas Finanças tem. Agora estou-me nas tintas se ele tem ficha no seu suposto consultório.
RAPAZ: Vocês estão-me a deixar louco. Oiçam que eu vou falar devagarinho para ver se entendem: Eu lá fora vi um cartaz que anuncia Cursos para Actores. E eu só me quero inscrever.
SANTOS: Que disparate!
HOMEM: Não, é mesmo verdade. Está um cartaz lá fora que eu vi com os dois olhos que a terra há-de comer.
SANTOS: Ó Homem, eu sei muito bem que os efeitos secundários dos medicamentos incluem miopia e um ligeiro atraso na compreensão visual da realidade.
HOMEM: Ai é? Vai uma aposta? Vamos lá fora.....
SANTOS: O que é que acontece, hein?
HOMEM: Estás com miaúfa?
SANTOS: Vá, diz lá o que acontece, ó cobardolas?
HOMEM: Se eu ganhar a aposta isto passa a ser uma Repartição e você leva o seu Consultório para outro lado. E se eu estiver errado trespasso-lhe o espaço e você faz dele o que quiser.
SANTOS: Apostado. Vamos lá então.

(saem os dois. O Rapaz está com as mãos na cabeça. Não se apercebe de que um outro jovem surge por debaixo do balcão de atendimento)

JOVEM: Aqui não está. Bolas, onde é que eu meti aquilo? Querem ver que eu o perdi? Ainda por cima é grande, é fácil de perder.
RAPAZ: Quem é você?
JOVEM: Isso é o que eu pergunto. O que é que você faz no meu estaminé?
RAPAZ: Estaminé?
JOVEM: Sim, veio levantar algum trabalho?
RAPAZ: Não, eu só queria um papel.
JOVEM: Então veio parar ao sítio certo.
RAPAZ: Não me diga que é você o responsável pela distribuição dos papeis? Agora isto começa a compor-se. Finalmente, isto parecia uma casa de doidos.
JOVEM: Sim, isto por vezes complica-de uma maneira e entra para aí com cada maluco que nem imagina. Bem, mas voltando à vaca fria. Além de outras coisas também sou responsável pelos papeis. É que há trabalhos especiais que requerem papéis especiais, lá isso é verdade.
RAPAZ: Bom, então qual é o papel que me vai calhar?
JOVEM: Bem, para responder a esa pergunta preciso de saber qual é o trabalho que quer fazer.
RAPAZ: Trabalho no sentido de “profissão”? Gostaria de ter o papel de vilão.
JOVEM: Vilão? Não conheço. Mas temos outros igualmente bons.
RAPAZ: Ok, estou a ver que já tem os melhores papéis distribuídos para os outros.
JOVEM: Espere lá que eu não aprecio esse tipo de insinuações. Aqui eu arranjo sempre bons papéis. Seja para quem for. Não faço distinções entre as pessoas. Estou a ver que vamos ter de fazer isto ao contrário. Vamos fazer o seguinte: o senhor escolhe primeiro o papel e depois diz qual é o trabalho que quer fazer. (o Jovem tira um catálogo debaixo do balcão). Escolha lá o papel.
RAPAZ: Mas o que é isto? São folhas em branco! Onde é que está o texto?
JOVEM: Então, o normal é você trazer o texto. Mas se quiser serviço de redactor também se arranja, tenho um primo que se desenrasca bem nas letras.
RAPAZ: Mas é normal isto vir asssim?
JOVEM: Queria o quê? Isto é um catálogo de papéis. Olhe tem aqui um papel Brilhante, este é mais Mate, este é um Conqueror, este tem uma gramagem maior, é parecido com o Canson. Passe aqui a mão para ver esta regusidade...
RAPAZ: Está a gozar comigo, não está?
JOVEM: Tsss...tem razão. Que parvoíce a minha. Vê-se logo que o senhor é uma pessoa que se preocupa com o meio-ambiente e com as gerações futuras. A ver se encontro o catálogo dos papéis reciclados.
RAPAZ: Não acredito. Você está mesmo a gozar comigo!
JOVEM: Não, eu acho é que o senhor está a gozar comigo. Vem aqui à minha tipografia, pede papéis, agora olha para eles e diz que já não quer? Você é filho único, não é?
RAPAZ: Tipografia?
JOVEM: Sim, fazemos trabalho de impressão em todos os formatos. Desde o folheto, papel de carta, envelope até ao cartaz e telas gigantes. Veja lá bem à sua volta: um balcão de atendimento, uma secretária com computador para abrir os trabalhos dos clientes e agora comprámos aquele sistema de senhas à entrada por causa das fotocópias.

(Entretanto chegam o Homem e o Santos. O Homem vem com um sorriso estampado de orelha a orelha.)

HOMEM: Ena, chegou mais um utente à minha repartição de Finanças.
JOVEM: Diga?
SANTOS: É verdade, isto passou de consultório a Repartição de Finanças. Aqui o Homem ganhou a aposta. Está mesmo um cartaz lá fora.
JOVEM: Um cartaz? Lá fora onde?
HOMEM: A ocupar a frente do edifício da minha Repartição.
JOVEM: E diz “Novos Cursos de Actores. Inscrições abertas”?
SANTOS: É esse mesmo.
JOVEM: Ah, onde é que eu ando com a cabeça? Julgava-o perdido e estava afixado.
HOMEM: Quer dizer que aquele cartaz é seu?
JOVEM: Não é bem meu. É um trabalho de impressão que tive de fazer. Mas agora preciso de o tirar de lá não vá o cliente chegar para o levar.
RAPAZ: Quer dizer que não aceitam inscrições para actores?
HOMEM: Disparate. Eu já lhe disse que isto é uma Repartição.
JOVEM: É uma tipografia.
SANTOS: E já foi um consultório.
RAPAZ: Calem-se. Já nem os posso ouvir. Ahhhhhhh!!!!

(o Rapaz agacha-se, agarra os cabelos com as mãos. O silêncio toma conta do cenário).


HOMEM: Ok. Quanto tempo?
JOVEM: Vinte e quatro minutos e quatorze segundos.
SANTOS: É um novo recorde!
HOMEM: Conseguimos enganar aqui o puto cá com uma pinta.
RAPAZ: Então isto era tudo a brincar?
HOMEM: Eh pá, tu estiveste bem hoje. Gostei muito da tua interpretação. Adorei aquela parte da “Oftalmologia”. Improvisaste bem aí.
SANTOS: Obrigado, mas hoje tu estiveste imparável. Encomenda o Oscar. Já não posso dizer o mesmo do tipógrafo, houve ali umas falhas.
RAPAZ: Quer dizer que vocês são actores?
JOVEM: Eu sei, tenho sempre chatices na parte do catálogo dos papéis.
SANTOS: Precisas de sentir mesmo na pele de um tipógrafo. É a tua primeira capa.E o público precisa de acreditar.
JOVEM: Não me sinto confortável como tipógrafo. Preferia ser o farmacêutico. Gosto mais dos textos.
HOMEM: Hum, não me parece. Mas acho que já encontrámos o nosso farmacêutico. Dá lá um impresso de inscrição ao rapaz.
RAPAZ: An?
HOMEM: Precisamos de levar isto mais longe. Utilizando o mesmo cenário pensámos em criar mais uma personagem e uma situação em direcção ao pathos. E quem sabe até onde poderemos ir? Como é, as inscrições estão abertas!
RAPAZ: Não tem nada com vilões?
HOMEM: E ele a dar-lhe com os vilões. Deixa cá ver o que eu tenho aqui nos rascunhos. (começa a folhear vários papeis que retira de cima da secretária) Hum...hum... Estou aqui a ver uma alternativa. Podíamos abandonar o Farmacêutico e passar logo para a cena do Bancário. E depois entra o Assaltante.
RAPAZ: Eu gostava de ser o Assaltante.
SANTOS: Hum. Até acho que tens perfil. Mas então precisamos de arranjar mais um actor.
HOMEM: Chiu, estou a ouvir passos. Alguém acaba de entrar. Rápido, aos vossos lugares.
RAPAZ: O que é que eu faço?
HOMEM: Por agora ficas com o Farmacêutico. É o papel que há. Rápido.
RAPAZ: E o texto?
SANTOS: Desenrasca-te. É o que todos fazemos. O curso é assim. Escondam-se.

(todos se escondem excepto o Funcionário das Finanças. Nesse instante entra uma rapariga).

RAPARIGA: Bom dia.
HOMEM: Bom dia.
RAPARIGA: Queria fazer a inscrição.
HOMEM: Diga?
RAPARIGA: A inscrição no curso?
HOMEM: Qual curso?

(o pano cai)

quarta-feira, novembro 23, 2005

Famílias modernas

A propósito de um festival de música que vai decorrer em Sintra, li um excerto de umas das peças e fiquei a meditar, como que absorto na constituição das famílias modernas. Antes casava-se para toda a vida. Hoje em dia entre os divórcios, novos casamentos e filhos de casamentos anteriores, apareceu também uma coisa curiosa, que eu próprio tenho em elevado número: os meios irmãos. Os meios irmãos são uma classe especial dentro dos irmãos. Mais à parte ainda são os meios irmãos dos meios irmãos que já nada são aos outros irmãos e assim sucessivamente. Complicado para quem não tem, mas perfeitamente natural para quem os tem de todos os tipos. Piora um pouco quando a mãe ou pai comum a ambas as partes, é prima do seu anterior marido ou mulher. Neste caso ainda mais curioso, os meios irmãos passam também a ser meios primos. Há também as meias tias, meias avós e por ai fora. Isto é mais complicado quando morrem, porque deixam só meias heranças. Mas adiante. Antes era muito mais fácil: havia os filhos legítimos, os bastardos e os enjeitados que eram deixados na roda. Agora como tudo se assume e tudo é natural, deu nisto. Mas voltando ao Festival, este rezava assim: “ July 12th – 21h30, Palácio Nacional de Queluz – Ann Murray (meio Soprano)". Pergunto. Será a dita senhora fruto de um tórrido affair do famoso Tony Soprano?? Será ela fruto de uma anterior relação que nos é escamoteada na série? Será meia filha do Tony? São apenas mais algumas das perguntas que todos ansiamos ver um dia respondidas.

A CIA diz NÃO à OTA!

Depois de economistas, políticos, bispos, transeuntes do Porto e milhares de peões entrevistados na rua, chega agora a confirmação de que a própria CIA não concorda com o novo aeroporto da Ota: “Fuck off! Durante anos ninguém descobriu. A malta aqui na Portela entrava e saía de fininho, ninguém dava por nada. E depois a Portela está mesmo no centro de Lisboa e nós, como somos uma merda em Geografia, nunca nos perdemos. Já experimentámos meter a Ota no GPS e aquela merda nem sequer reconhece. Vamos agora ver no Google Earth. Shit mother fucker palhaço!”.

Remédio Santo!

Parafraseando um dos jornais matutinos de hoje: “Vaticano quer banir homossexuais do sacerdócio”. Qual não é o meu espanto pois pensava eu na minha santa ignorância, que, e “ai valha-me Deus” , não haveria tal coisa entre as vestes do clero. Ao ler esta notícia vejo o meu engano. Sim, tenho andado enganado; uma coisa é de quando em vez surgir um pequeníssimo escândalo onde um ou outro padre, por lapso, decide introduzir (literalmente) a fé cristã de uma forma “reto-grada” aos seus discípulos. Outra, e bem mais grave, é assumir publicamente, que eles estão entre eles. Mas acho bem, há que travar o Mal, nem o Diabo nem as trevas podem vencer. Senão qualquer dia... “Ó Sr. Bispo, por acaso viu o meu verniz das unhas? Aquele marrón escuro? É que tenho as unhas numa lástima, já viu o que será eu dar as óstias assim?!...” “Olhe, vá dizer ao camerlengo que vai começar o Esquadrão G e eles vão ensinar como se escolhe um bom vinho tinto” “Ai credo, odeio estas batinas, o preto fica-me tão mal à cara!...”
E como é que os homens do clero ao serviço do Bem e encarregues de banir para sempre as ervas daninhas vão conseguir identificá-las? “Peço desculpa, mas vou ter de lhe perguntar se o Sr. Padre é gay? Ai Jesus, Deus me livre e guarde, eu não minha querida...”.

terça-feira, novembro 22, 2005

Speed Dating

Para quem não tem parceiro mas quer arranjar e não tem paciência ou tempo para o procurar aqui vai uma boa alternativa: o Speed Dating.
O Speed Dating é uma espécie de jogo das cadeiras mas sem música e com pessoas sentadas em cadeiras que só têm 4 minutos para falar. Dizem os especialistas que 4 minutos são mais do que suficientes para falar dos hobbies, pontos em comum, política, detergentes preferidos, marcas de roupa e clubes de futebol. Eu concordo com esta teoria. Estou casado há quase 18 anos e acho que, no total, já consegui conversar perto de 4 minutos com a gaja lá de casa.
Daí que, como homem experimentado nos assuntos domésticos, gostaria de auxiliar todos os homens que pretendem enveredar por estes encontros com algumas dicas e possíveis respostas a potenciais rasteiras que elas possam lançar.

Pergunta:
O que fazes à toalha depois de tomar banho?
Única resposta possível:
Vou estendê-la na corda. Nunca a deito para o chão ou deixo-a abandonada.

Pergunta:
O niilismo é importante na tua vida? E o neo realismo?
Única resposta possível:
Apesar de não ser praticante (pequeno sorriso - as miúdas gostam de um tipo com humor) eu tenho abertura para a percepção, compreensão e entendimento de qualquer estilo, corrente ou disciplina de vida. E como diria Francis Patton: "Mesmo o Inexistente dúvida do que Existe".*

Pergunta:
Há algum problema em a mulher preocupar-se com a carreira? Ou a mulher ganhar mais dinheiro que o homem?
Única resposta possível:
Eu não acredito na igualdade entre sexos. Eu sou a favor da superioridade feminina, seja ela intelectual, económica ou laboral.

Pergunta:
Estás sozinho em casa, a nossa empregada - que vais pagar - não veio nesse dia e eu preciso que ponhas a máquina a lavar. Tens uma camisola de algodão azul escura, dois pares de cuecas brancas, uma t-shirt vermelha e muita roupa de cor. Como é que as divides? Pões primeiro o amaciador ou o detergente? Usas algum anti-calcário? Gostas mais do pó ou das pastilhas?
Única resposta possível:
Apesar de ainda faltarem alguns minutos, vou passar aqui para a senhora do lado. Muito prazer.... (entre dentes)...cabra.

segunda-feira, novembro 21, 2005

Maria Dixit

Esta semana a revista Maria diz que as anonas são boas para evacuar, o ananás faz bem às dores de garganta e que o chá verde emagrece. Quem é que disse que este blog não faz serviço público?

sexta-feira, novembro 18, 2005

O El Corte Inglês de Olivença é nosso!

Sou anti-espanhol. Desde o Mundial de Futebol de 1982, confiesso ahora. Aquela merda do Naranjito deu-me tantas voltas ao estômago que o enjoo só parou no dia 22 de Julho de 1998. E foi nesse dia que jurei: morte a Espanha.
Mas depois veio a abertura do El Corte Inglês e eu abandonei esse sentimento nacionalista retrógado. Requeri o meu cartão El Corte Inglês e orgulhoso ía desbravando caminho em direcção à loja do Gourmet, gritando alto como só um espanhol consegue: “ei senorita, enxêia aqui el cochito de compras con cositas buenas!”.
E foi quando estava na caixa a pagar as compras que pensei: “E se a loja do Gourmet fosse nossa?”. Por segundos, fiquei assustado com este pensamento mesquinho e de gente pequenina. Somos portugueses: pensamos pequenino. Temos de ser mais arrojados, olhar para o passado e ver o futuro: não devia ser só aquela loja, todo o El Corte Inglês devia estar em mãos portuguesas.
O plano é simples. Dia 1 de Dezembro (Dia da Independência), invadíamos aquilo, corríamos com os colaboracionistas e lançaríamos os espanhóis pelas janelas, nacionalizavamos aquela merda e onde se lesse “tapas” mudaríamos para “Petiscos” e “Bocadillos” para “Sandochas”.
O grande problema é que este plano caíria por terra logo nos primeiros meses. A nossa dificuldade em gerir levaria à contratação de gestores espanhóis para nos salvar da falência. E lá estariam os espanhóis a gerir uma grande empresa no nosso território outra vez. Ou seja, o El Corte Inglês de território luso ficaria na mesma: en las manitas de nuestros hermanos. Olé!

PS-A minha avó sempre me disse: "Kinder, de Espanha nem bom vento, nem bom casamento.". Isto foi antes da Gripe Espanhola a levar.

quinta-feira, novembro 17, 2005

Esquadrão Classe G

Num Domingo, igual a tantos outros, na Feira de Cascais.

-Ó lindo, olha aqui a bela da peúga! É a 5 éros dois molhes. Ó lindo, olha aqui.
-Obrigado, mas minha senhora, peúga branca já não se usa.
-Quem é que lhe disse isso? Ai não me diga que você vê aqueles paneleiros da televisão a dizer essas coisas.
-Minha senhora, com todo o respeito, mas diz-se "homosexuais".
-Para mim, quem leva na pandeireta é paneleiro, ó lindo. E esses da televisão andam a estragar-me o negócia da peúga branca. E logo agora que era um artigo que se vendia tão bem para o Natal.
-Pois, é minha senhora. Mas já não é assim.
-E um cinto? Vai um cintinho em pele?
-Estava mesmo a olhar para eles, deixe-me cá ver. Hum...isto não é pele!
-Não é mas imita bem, ó lindo.
-Mas cinto de pele ou bem que é ou bem que não é de pele.
-Lá estão os paneleiros da televisão outra vez a dar cabo da venda. Veja lá bem, ó lindo. Quer uma camisolinha?
-Estou mesmo a precisar. Mas só vejo com decotes redondos. Não tem aí uma camisola com decote em bico?
-Bico? Ah, já percebi. E é para si ou é para um dos seus homosexuais?

quarta-feira, novembro 16, 2005

Objectivo 2.000

Parabenizámos o visitante 1.000. Mas há que continuar. Não podemos baixar os braços. Temos que continuar. Vamos rumar ao visitante 2.000. Não porque nos faça bem ao ego que alguém leia o que escrevemos, mas sim porque ler o que escrevemos faz bem aos outros: cultiva-os, enaltece-lhes as mentes e, porque não, diverte-os nas suas vidinhas mundanas. Encontramos neste blog pessoas de alto gabarito que, ao contribuírem com os seus singelos textos, enriqueceram o universo blogista. Digo-o eu, que sou uma dessas pessoas.
E encontramos até, quem ao comentar, mostre que está ao nível dos que por lá já postam: falo do mak, o mau e do recém chegado ti jaquim. Também a eles lhes devemos o Objectivo 2.000.
É esse o nosso objectivo para o primeiro trimestre de 2006. E para o atingir temos já que alavancar o próximo ano com o mês de Dezembro. Toca a trabalhar.
Assim, camaradas blogistas, unamos os nossos esforços para juntos lá chegarmos. E, após o desenvolvimento de uma análise SWOT, de várias matrizes BCG e de um plano de marketing elaboradíssimo, estabeleci vários passos.
Convêm no entanto saber porque somos diferentes e de onde vem a nossa vantagem competitiva. Nós somos melhores, nós temos o dom, nós somos jovens. É por isso que nós vamos conseguir.
Passos para atingir o Objectivo 2000.
1º cada um de nós tem que enviar um email com o link do blog para 100 amigos (o kinder está dispensado porque só tem 6 amigos. O Se faz favor que tem mais de 3.000 que mande alguns por ele). Os que comentam podem contribuir com alguns amigos
2 º Em todas as nossas conversas introduzimos o link: - Bons dias, já conheces aquele blog divertidíssimo http://palavrasconvida.blogspot.com/? Queres vir beber um café?
Ou: - Vou à casa de banho e vou a aproveitar para me rir calmamente de um pos t que li em http://palavrasconvida.blogspot.com/. Etc.
3º deixamos fotocópias espalhadas por todos os locais onde passamos com http://palavrasconvida.blogspot.com/
4º nas casas de banho públicas grafitamos http://palavrasconvida.blogspot.com/.
5º T-shirt (eu digo não à droga eu vou a http://palavrasconvida.blogspot.com/) e material de merchandising ( a caneta, o isqueiro e a lancheira para a praia) com http://palavrasconvida.blogspot.com/
6º nas manifestações que vão haver em Portugal ( e vão que vão ser muitas, começando já com a útil função pública), vamos com uma bandeira com o http://palavrasconvida.blogspot.com/ (corpo de letra bastante grande porque há a possibilidade de aparecer na televisão).
7º Sempre que se fizer um anúncio (no caso dos poucos que estiverem ligados a agências de publicidade) vamos colocar http://palavrasconvida.blogspot.com/ dissimulado. Dou um exemplo: se eu fosse um copy que trabalhasse a conta do Totta a Bárbara diria: - consegui este crédito à habitação com uma taxa que me vai permitir viver a vida. Saiba como em http://palavrasconvida.blogspot.com/. Quem é simpático, quem é?? Simpático é http://palavrasconvida.blogspot.com/. Nas frases legais, cada vez mais presentes nos vários anúncios, também o podemos fazer: Consumos combinados: 5,6 (l/100km) http://palavrasconvida.blogspot.com/, emissões de CO2 : de 119 a 123 (g/100km)
8º vamos também quotizar-nos para publicar alguns anúncios nos classificados – Jovem bem dotado (16 cm) oferece serviços de acompanhamento. Com muito prazer. Contacte-o em: http://palavrasconvida.blogspot.com/.
Pode ser considerada publicidade enganosa? Pode. E depois? O ICAP não nos vai de certeza perseguir.
9. Blogar mais e ser mais activo. Uma palavra de apreço para o Kinder que tem pugnado por dinamizar o blog. Uma palavra de desagrado para o Se Faz Favor que apesar da qualidade dos seus post tem postado pouco.
Uma palavra de motivação. Amigos comentadores e postadores, vamos juntar os nossos esforços para atingir o Objectivo 2.000. Uma equipa motivada e competente como a nossa vai sem dúvida superar-se e superar a concorrência dos outros blogistas que por ai andam. E agora…toca a blogar até aos 2.000. E depois um dia quem sabe...os 10.000, os 20.000, o infinito.

terça-feira, novembro 15, 2005

Ao visitante número 1000

Muitos atrás de ti tentaram mas só tu conseguiste. Não foste o 999 mas sim o milésimo. És o número perfeito. És um ser sublime e muito acima da média. Para este blog és o número mágico, o camisola 10, o grande maestro desta orquestra que é a vida. És um génio. Um mestre da astúcia. Astuto, persistente, sortudo. Não te esqueças de jogar no Euromilhões. Diz que vais da minha parte. E tens alguns milésimos de segundo para leres alguns post antes de incendiares este blog.

Eu dito as regras. Ora escrevam lá.

Após uma acessa discussão com um dos membros deste blog, o Administrador, num espírito de abertura sem precendentes, autorizou sob o despacho 45/RT/2005, o comentário a todos os nossos posts, mesmo de indivíduos, vulgo pessoas, que não estejam registados. Mesmo assim é imperativo possuirem um documento de identificação à mão e deixarem o username e password da instituição bancária que habitualmente consultam.

A Administração,
Kinder Surpresa

terça-feira, novembro 08, 2005

Risco de explosão

Por favor, antes de abastecer a sua viatura em qualquer bomba de combustível verifique que nenhum francês se encontra nas proximidades.

Ó freguesa, compre que é da Chanel

Ao ponto que isto chegou. Uma operação alfandegária de combate à contrafacção realizada a nível da UE levou à apreensão de mais de dois milhões de artigos falsificados oriundos da China. Com destino a Portugal foram apreendidos 1.800 corta-unhas, 1.965 relógios, 4.056 pares de meias e 312 toalhas. Eu só gostava de saber de que marca eram os corta-unhas.

segunda-feira, novembro 07, 2005

O cancioneiro do David

Depois de escutar com atenção o último CD do ex-Silence 4, David Fonseca, achei que o moço estava a precisar de ajuda tendo em vista a preparação do seu próximo album. Nomeadamente nas letras.
Peguei no meu livro de inglês do 7º ano, numa folha em branco e comecei logo a rabiscar umas narrativas. Passados alguns segundos tive de parar quando percebi que em cima da mesa já repousavam mais de duzentas brilhantes propostas. Decidi meter tudo dentro de um envelope e enviei ao David. Não posso, nem quero partilhar com vocês, todas as letras. Confesso que há um misto de nervos com curiosidade em saber que letras é que ele vai escolher. Mas como eu não sou rapaz para guardar o melhor de mim, decidi publicar aqui um excerto de uma proposta. Chama-se "Hold on for free".

Hold on for free
Lyrics: Kinder Surpresa
Music: David Fonseca

Look at me, there's a strange in a shadow
Look at you, feel a friend on our eyes
There's a glimpse of death in your lips
Walks under you skin and rests on your hips

Chorus (todos)
Hold on for free, hold my hand
Feel a shoulder on your face
Hold on for free, hold my hand
Yes it's me, it's real, yes you can

I return at you and you return at me
I see, its real, it's truth, i pee
Waters of guilt makes me so shy
Wait for that spy that's passing by.

And so on, and on....Esta letra é de alguma forma um pouco autobiográfica. Revela um pouco do Eu para o Nós, de que somos feitos e como gostaríamos de ser se fossêmos outro alguém. Começa em Si menor e depois vai para Sol. Também faço casamentos e baptizados.