A vida é como os interruptores, torneiras, tectos falsos, soalho flutuante ou salmão fumado:
ela acontece apenas uma vez. E como não sabes quanto tempo tens, aproveita este segundo para falares dela.
segunda-feira, novembro 07, 2011
Zero Budget Tours a caminho da TV?
quarta-feira, setembro 14, 2011
Zero Budget Tours - Episódio 1
segunda-feira, agosto 22, 2011
Férias. Uma palavra mal amada.
sexta-feira, julho 08, 2011
Como Despachar uma Ecomenda para a Nova Zelândia - Promo
terça-feira, junho 21, 2011
Arranja-me aí uns trocos, ó bacano.
Como devem saber, já há algum tempo que deixei de ter rendimento fixo. Abandonei a casa-mãe da publicidade e comecei a viver de “coisas”. De um frila, de um biscate, de uma carteira cheia de dinheiro que encontrei no chão e de lixo. Explicações mais à frente.
A verdade é esta: preciso de dinheiro. Há dezenas de posts atrás coloquei o meu NIB e tenho a certeza de que o truque só não funcionou porque me esqueci de colocar uma foto minha sentado a babar-me numa qualquer esquina da cidade a pedinchar por moedas. Também já tentei trabalhar mas isso custou-me muito e fiquei logo cheio de alergias. Também já tentei um financiamento bancário mas confesso que não só não tenho jeito para assaltos a ATM como ainda parece que o mercado já está cheio de profissionais.
Até que um dia, estava eu a colocar um rádio velho no lixo, um vizinho perguntou-se se podia ficar com ele. Eu acedi, já que ia para o lixo. Só que o velho, logo de seguida disse-me: “olhe que sorte, ainda ontem queria comprar um destes on-line. Obrigadinho, vizinho, poupou-me 35 euros”. Ainda estendi a mão à espera de algum. Nada. Sacana do velho, espero que essa porra não funcione mesmo. A verdade é que o velho é um daqueles engenhocas da electrónica e pôs aquilo a funcionar. Até melhor do que estava antes de se estragar!
Este episódio fez-me pensar noutra possibilidade de angariar dinheiro para adquirir bens de primeira necessidade: no meu caso, pastilhas de cloro para a piscina que agora está um calor e o raio da piscina anda a gastar muita pastilha.
Ao contrário dos americanos que têm aquelas coisas do Garage Sale, há que encontrar uma alternativa. Fui para a net, procurei por um site de anúncios classificados e apareceu-me um tal de OLX Portugal, o que dá algum jeito já que é mesmo neste país que quero vender as coisas. Por acaso já tinha visto o anúncio na TV, o dá logo mais credibilidade e comecei a juntar as coisas que tinha para mandar para o lixo. Nem imaginam a quantidade de porcaria que vamos acumulando ao longo da vida. Amontoando tudo, eu mais parecia uma daquelas velhas que vivem com sacos de lixo até ao tecto. Ele era routers antigos, teclados de computadores, CDS que me tinha arrependido de comprar (alguém quer um Best Of dos The Chieftains?), uma objectiva de camera fotográfica, uns telemóveis em formato de tijolo, cadeiras de cozinha, etc. Foi fácil, abri uma conta, comecei a postar uns classificados com uns preços baratinhos e na verdade descobri que há pessoal que compra de tudo. O site até está bem organizado, dá para colocar umas fotos, videos e as respostas aparecem no nosso mail.
Fiquei quase sem nada no armazém. Até deu para descobrir algumas coisas que eu nem sabia que tinha e que agora voltei a dar valor: 5 euros ou 10 euros. Meti-os logo à venda que essa coisa de ser saudosista com objectos não é para mim. As vendas correram bem. Só tenho pena de que o OLX não tenha uma secção de venda de vizinhos, porque o sacana do velho agora mete o “meu rádio” a tocar a toda a hora. E isso chateia-me.