terça-feira, novembro 07, 2006

A estratificação social.

A sociedade divide-se hoje em mil pequenos grupos. As camadas sociais assemelham-se um enorme bolo. Onde antes havia um bolo de chocolate com a base e a cobertura há agora um mil folhas.

Isto faz com que ande por ai muita gente baralhada com quem é quem nesta vida.
Não pretendo conhecer todas as subdivisões que os tempos modernos fizeram nas camadas sociais. Desde cedo que o homem começou a complicar. Primeiro, no tempo das cavernas era simples: elas, eles, fortes, fracos, velhos e novos. Não chegava e o homem complicou: a estes juntaram-se mais tarde os ricos e pobres, o povo, a nobreza e a burguesia . A isto juntavam-se ainda as várias religiões. Ainda não satisfeito nos tempos actuais atinge-se o clímax da coisa. Hoje em dia, temos para além desta gente toda, os travestis, os paneleiros, as lésbicas, os atléticos, os obesos, os anorécticos, os sidosos, as modelos, etc, etc, etc. Depois, os ricos que podem ser empresários (ou bandidos), ou herdaram e são uns playboys, ou sei lá que mais. Os pobres podem ser extremamente pobres e viver com um euro por dia, ou menos pobres e viverem com o ordenado mínimo. Depois há a classe média, uma amálgama de gente difícil de qualificar.
Fizeram ainda divisões pela nível educativo: há os senhores Doutores, engenheiros e os consultores e os mestres e os que têm as pós graduações e no oposto os que só têm a quarta classe ou são iletrados.
Depois acharam que deviam dividir as pessoas pelos desportos que fazem: radicais, surfistas, a malta dos cavalos, etc. Não contentes, acharam que os hábitos de consumo e estilo de vida também interessavam: metrosexuais, ubersexuais, consumistas, etc.
Não satisfeitos com todas estas divisões ainda se criaram outras subespécies: os bardasquitos, os betos, os fashion, os wannabe, os intelectuais, os mitras, os sei lá que mais.
Ora eu, que por razões de trabalho sou obrigado a classificar os targets (que para marketing, podemos até ser nós) tinha por vezes o tal do target definido assim:
Classe A,B, Sexo masculino entre os 45 e os 54, urbanos, gostam de se vestir bem e cuidar do corpo, são atléticos – são fashion, ateus, homossexuais que trabalham na industria terciária na área dos serviços e têm instrução superior.

Isto está um granel.
Acho que se devia simplificar a coisa e proponho apenas que seja assim:
Sexo: Gajos, gajas e maricas (eles ou elas)
Idade: Crianças, adultos e velhos.
Qualitativo: Pobres, ricos e assim-assim.
Demográfico: Malta do campo e malta da cidade.
Psicológico: Malta com estilo e malta sem estilo.
Profissional: Políticos e outros.

Assim, para um marketeer era mais fácil definir o target do seu produto, e pegando na definição atrás utilizada teríamos apenas algo assim:
São velhos maricas, ganham assim-assim, malta da cidade com estilo e trabalham em outras profissões.

E tu já sabes o que és?



4 comentários:

Sérgio Mak disse...

Eu acho que ainda simplificava mais isso. Criaria a categoria Eu e depois a categoria os Outros. Depois quem não apreciasse o mesmo que eu ou alinhasse pelo mesmo padrão passaria dos Outros para uma terceira esferas, Ranhosos.

Simplificando, o que é bom para mim é bom para os outros, se os outros não pensarem assim é porque são ranhosos.

Kinder disse...

Eu pertenço ao grupo dos casos perdidos.

Carla Ferreira de Castro disse...

Caro Reinu
Em termos sociológicos é uma apreciação fascinante. Esqueceste-te da raça e de fazer um esquema (talvez em pirâmide) sobre a forma como estas estruturas se organizam: Por exemplo, as modelos que também sofrem de anorexia valem o mesmo que as "lésbicas" obesas?

Reinu disse...

lá está esta gente a complicar...cuga, simplifica.