Há uns tempos fui convidado para administrar, não um anti-viral de largo espectro, mas sim uma aula de workshop sobre aquilo que eu faço. A minha primeira reacção foi recusar a dita aula, não só porque não faço a mínima ideia do que faço mas porque todos os dias, 99% do meu trabalho vai para o lixo. Embora alguns nomes da praça possam jurar a pés juntos que eu percebo minimamente disto; embora possa ser premiado pela minha actividade e ser convidado para subir mais uns degraus na firma, a minha experiência de trabalho dos últimos 15 anos vem atestar a minha total inabilidade para a coisa.
Pensei seriamente no assunto e foi então que os euros falaram mais alto. E mais tarde cogitei no seguinte: “Ora bolas, se eu ando aqui a enganar uns carolas há uns anos, irei certamente passar a perna a mais uns quantos durante 3 horas!”.
Preparei a minha apresentação, recolhi materiais, pesquisei a fundo e cheguei mesmo a vestir roupa adequada para a situação – o que no meu caso foi mudar só de t-shirt. A aula correu muito bem, foi bastante participativa e eu consegui manter aquele aperto no estômago controlado durante várias horas o que me fez tornar no tipo com os melhores abdominais do escritório.
A vida é como os interruptores, torneiras, tectos falsos, soalho flutuante ou salmão fumado:
ela acontece apenas uma vez. E como não sabes quanto tempo tens, aproveita este segundo para falares dela.
quinta-feira, fevereiro 28, 2008
quinta-feira, fevereiro 14, 2008
É do fundo do coração!
quarta-feira, fevereiro 06, 2008
Vamos a contas infantis
Esqueçam os sambinhas, sambões e outras danças poucas higiénicas. Este Carnaval serviu para fazer contas à vida. E pela primeira vez senti que o Entrudo trouxe alguma folia à minha, sem ter sido necessário andar num carro alegórico. Pois bem, ontem foi divulgado um estudo - e vocês sabem o que nós gostamos de estudos - em que se determinava quanto custava ter / manter um filho até aos 25 anos. Pois bem, esse valor variava entre os 236 e os 678 euros por mês. Pois, cheguei à conclusão de que se eu tivesse uma criança, vamos imaginar, já com 5 aninhos, já tinha ardido 14 mil euros. Mas é pouco comparado com o que eu ainda podia arder até ele ter 25 anos. Vamos a contas mais uma vez. Durante 25 anos, o petiz podia sugar-me entre 70 mil e 200 mil euros.
Quem me conhece sabe o amor que eu sinto por crianças, sabe que nada é mais bonito que o sorriso de uma criança, que são a alegria deste mundo e do outro, que são tão fofos e queridos, que só apetecem apertar. Mas é também isso que eu sinto por cães. Os canídeos têm é mais vantagens: é possível pôr-lhes uma corrente ou trela, mandá-los para uma casota, podem levar uma bofetada, podem guardar uma casa e fazem truques. Ora tudo o que não é possível fazer numa criança.
Mas reparem, nem tudo é mau nas crianças. Há algo que as crianças podem fazer e que os canídeos não. Podem por exemplo ir trabalhar bem cedo, a fazer calçado para a Zara ou assentar massa na construção civil. Mas o grande benefício em ter filhos é sem dúvida a possibilidade de - quando já não nos for possível distinguir entre um garfo e o comando da TV - eles nos escolherem um bom lar de idosos.
Infelizmente, neste campo, vou ter de deixar o Estado fazer isso por mim. Afinal, o Estado, ao levar tudo o que tenho, sempre me tratou como um filho. Mas isso agora não importa, estou a pensar como vou arder 200 mil euros que vou conseguir poupar.
Quem me conhece sabe o amor que eu sinto por crianças, sabe que nada é mais bonito que o sorriso de uma criança, que são a alegria deste mundo e do outro, que são tão fofos e queridos, que só apetecem apertar. Mas é também isso que eu sinto por cães. Os canídeos têm é mais vantagens: é possível pôr-lhes uma corrente ou trela, mandá-los para uma casota, podem levar uma bofetada, podem guardar uma casa e fazem truques. Ora tudo o que não é possível fazer numa criança.
Mas reparem, nem tudo é mau nas crianças. Há algo que as crianças podem fazer e que os canídeos não. Podem por exemplo ir trabalhar bem cedo, a fazer calçado para a Zara ou assentar massa na construção civil. Mas o grande benefício em ter filhos é sem dúvida a possibilidade de - quando já não nos for possível distinguir entre um garfo e o comando da TV - eles nos escolherem um bom lar de idosos.
Infelizmente, neste campo, vou ter de deixar o Estado fazer isso por mim. Afinal, o Estado, ao levar tudo o que tenho, sempre me tratou como um filho. Mas isso agora não importa, estou a pensar como vou arder 200 mil euros que vou conseguir poupar.
terça-feira, fevereiro 05, 2008
Há muito tempo que esperava por isto
Tenho um amigo meu que tem a infelicidade de celebrar o seu aniversário hoje, logo no dia de Carnaval. Foram anos à espera mas finalmente consegui conciliar as duas realidades. Hoje liguei-lhe e disse: "Parabéns, meu grande palhaço!"
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