“Todo o homem tem o seu preço. Toda a mulher tem o seu custo.” É o que diz o povo, não sou eu. Ou, se calhar, sou mesmo eu que acabei de inventar esta e sou do povo.
Tudo isto para debater o assunto do valor do Homem (aproveitem agora para escrever com H todas as palavras que puderem porque daqui a uns anos, ela não terá valor nenhum ao abrigo do Acordo Ortográfico).
Há dias atrás, fui questionado sobre a importância do ser humano. Qual é o valor do Homem? O que teremos nós de fazer para merecer algum valor ou para merecer o reconhecimento da sociedade?
Para alguns basta ser sensível com as causas humanitárias: salvar pessoas de catástrofes naturais, ser missionário, ser médico em zonas de conflito, ser voluntário em África. Para outros basta só um Prémio Nobel, uma investigação científica em prol da Humanidade (outra palavra com H), um livro, uma peça de arte, um golo ou um momento inesquecível como um pontapé na cara de um Big Brother qualquer, em directo.
Mas como é que sabemos que somos importantes? Quando é que sabemos que atingimos o patamar do sucesso e do reconhecimento? Pode ser uma entrevista para um meio de comunicação social, pode ser por uma medalha, pode ser por uma distinção de uma organização internacional. Mas descobri que não somos nada na vida enquanto o nosso nome não aparecer num rodapé de um telejornal. Esse lugar apenas está reservado a quem realmente faz coisas interessantes pelo país, pelo mundo e pelo próximo. Isto tudo para dizer que, irei fazer de tudo para ver o meu nome a passar num rodapé de telejornal. E para isso já comecei a fazer uma cave em casa. O próximo passo é ter filhos.
3 comentários:
É melhor que sejam do sexo feminino pois a sodomização incestuosa não faz filhos e tu queres um rodapé grande!
Acho mais simples enviares um sms para aqueles programas de TV da tarde tipo "As tardes da Júlia", fingires que és imigrante e dizeres: "Florinda, amo-te muito, muitas saudades eu sinto por ti! Do teu para sempre Carlos - Nantes"
Faz como eu e aposta na diferença. Actualmente, sou um dos 10 portugueses que nunca teve carro próprio (o que não é o mesmo que não conduzir) e foi votar em todas as eleições.
Só estou à espera que outros nove, na casa dos 85 anos, batam a bota, para contactar a TVI e garantir um especial informação...
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