Ia eu ontem tão contente com a vida. Já tinha saído do trabalho (haverá coisa melhor?), dirigia-me calmamente para mais umas compras de Natal no meu belo carrito. E pensava, ao mesmo tempo que cantarolava a música da rádio, que a vida é uma coisa boa, simpática, agradável de ser vivida. Não é que goste particularmente do Natal porque não gosto. Até acho que é a época do ano em que se armazena mais lixo em casa. Mas até ia com satisfação para mais uma missão natalícia. Eis senão quando a voz dura e seca do bloco noticioso invadiu o habitáculo. E a tristeza abateu-se sobre mim. Não podia ser verdade...mas era: o Galeto, “a Instituição” estava como que “suspenso”, para não dizer fechado, por más condições sanitárias. Oh!. Comecei imediatamente a fazer cálculos de todos os bifes tártaro que já lá tinha ingerido, das batatas fritas, croquetes e da língua estufada. Imaginei os milhões de bactérias com um “G” de Galeto a percorrerem o meu organismo e senti-me sem norte.
Felizmente, li hoje que a ASAE (Autoridade da Segurança Alimentar e Económica) está impedida de deliberar há um ano e, dos 10.000 casos de prevaricação fiscalizados, nenhum foi condenado. Voltei a sorrir.
4 comentários:
O galeto não é um museu na Av da República. Tem empregados do séc XIX e artigos nas montras sensivelmente dessa época.
Era uma interrogação obviamente
Para mim, O Galeto sempre foi uma pastelaria de meninos de cascais. Acho bem que apanhem salmonelas nos croissants. Eu como sou da Rinchoa já tenho anticorpos criados e crescidos nas sandes de torresmos da tasca da Arlete.
Se fecharem o Galeto, onde é que eu vou comer o rosbife com salada russa e batatas às rodelas fininhas caseiras,perto da meia noite, depois da sessão de cinema? Onde, hã? Esta paranóia das sanidades é insana.
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