Para mim o ano só começa quando arranca a Festa do Avante. Não é com os últimos raios de sol do Verão, nem com as últimos mergulhos nas águas quentes mas sim com o cheiro a entremeada grelhada e com gritos esfusiantes contra o Governo e a arrogência de Sócrates.
Este ano, tal como tem sido meu apanágio, lá fui mais uma vez. Estava eu a discutir o Benfica ao balcão de uma tasquinha, quando de repente, mesmo ali à minha frente, a tremer e a gemer pedindo ajuda, vejo a pequena Maddie de pé mas com as entranhas de fora, a jorrar sangue em catadupa. Alarmado, deixei cair o copo. Quando me preparava para gritar, para que alguém acudisse a delicada criança, aparece um comunista ainda a mastigar as vísceras da própria coitada. Jurei a mim mesmo nunca mais beber o vinho morangueiro que alguns militantes introduzem no arraial, ludibriando os agentes da ASAE à porta.
Este ano saí desiludido do evento porque não contou com a presença de um dos melhores grupos de 2007: os Verde Eufémia. Estava agendado uma actuação com maçarocas de milho biológico, tipo reco-reco. E eu que já me preparava para o mosh.
1 comentário:
Creio que a malta do Verde Eufémia, tem pouco milho e muito reco dentro de si...
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