Fico parva com o poder dos media. Falam tanto em crise que as pessoas, mesmo que vivam à grande e com comidinha na mesa, estão deprimidas à boa maneira portuguesa. Ele é o subprime, o excesso de endividamento, as taxas de juro e cartões de crédito em maior número do que cromos numa caderneta. Não digo que não haja muito de verdade na crise mas depois destes 2 exemplos que me aconteceram há pouco tempo, começo a duvidar seriamente se a crise que se vive não é uma “crise histérica”:
1.Como estamos em crise e como não quero ser otária, decidi mudar de seguro do carro. De um seguro de uma “Big 5” no valor de 350 euros, passei a pagar 130 euros numa seguradora “Low Cost”. Quando comuniquei à seguradora High Cost que queria cancelar a apólice, logo veio um senhor muito simpático dizer:
-Mas com certeza! É para já e mandamos-lhe para casa um papel que precisa para abrir seguro na outra seguradora. E seja muito feliz com a nossa concorrência!
Diz-me isto a mim, eu que nunca fiz um arranhão sequer na minha viatura! Não pergunta porque quero desistir, não me faz contra-proposta, nada! Deixa-me seguir viagem...
2. Comprei um livro na Byblos para oferecer. Sim, na Byblos, onde a variedade dos livros não é proporcional ao tamanho do espaço e onde a pessoa se desorienta facilmente. A aniversariante já tinha o meu presente e lá fui eu trocá-lo pelo último livro do autor, um que está na berra e tudo o que é livraria tem um mar de exemplares expostos. Mas, curiosamente, está esgotado na maior livraria do país. Bem, nem tudo está perdido e peço um vale de troca.
-Não minha senhora, não temos vales, nem coisa parecida...
-Pois, mas o livro que eu quero levar está esgotado e agora??
-Bem, vou ter de lhe devolver o dinheiro...
-Ah é? Ok, então depois venho cá comprar o livro, quando estiver disponível.
- Ép, não é preciso, vá antes a outro sítio...(diz, encolhendo os ombros)
- Claro!(bato com a mão na testa) -Que estupidez a minha! A outro sítio, claro...
E pronto, virei mais uma página no capítulo “Estou aqui a fazer de conta que sou vendedor porque na verdade sou um milionário excêntrico".
A vida é como os interruptores, torneiras, tectos falsos, soalho flutuante ou salmão fumado:
ela acontece apenas uma vez. E como não sabes quanto tempo tens, aproveita este segundo para falares dela.
sexta-feira, outubro 24, 2008
segunda-feira, outubro 20, 2008
Dá cá um xi-coração
Eu sempre duvidei de vedetas. Artistas, isso aí já é diferente. Gosto de artistas porque sem eles não teria nada para escrever ou para me proporcionarem momentos de prazer e gargalhada. Agora falar sobre vedetas, sejam elas nacionais ou estrangeiras, não é comigo. Mas quando um realizador conhecido como Guy Ritchie afirma sobre a sua futura ex-mulher que "na cama, ter sexo com Madonna era como abraçar cartilagens", isto já muda de figura.
Ui, o que eu gosto quando andam para aí a lavar roupa suja. Mas o rapaz já sabia ao que ía. Aliás, como embaixadora da Unicef, Madonna faz tudo para ter um corpo que possa ser uma forma de mostrar a sua solidariedade com as crianças que visita regularmente em África. Depois, só alguém com grandes cartilagens poderia fazer os movimentos de contorcionismo com que habitualmente Madonna nos apresenta nos seus videos.
Há no entanto aqui uma coisa que não bate certo. O realizador confessa ainda que passou um ano e meio privado de sexo. Se isso fosse verdade, era ele que estava feito em cartilagens.
Infelizmente nunca abracei cartilagens. Deve ser molinho e fofo. Já dei um xi-coração a uma anorética mas não deve ser o mesmo.
Ui, o que eu gosto quando andam para aí a lavar roupa suja. Mas o rapaz já sabia ao que ía. Aliás, como embaixadora da Unicef, Madonna faz tudo para ter um corpo que possa ser uma forma de mostrar a sua solidariedade com as crianças que visita regularmente em África. Depois, só alguém com grandes cartilagens poderia fazer os movimentos de contorcionismo com que habitualmente Madonna nos apresenta nos seus videos.
Há no entanto aqui uma coisa que não bate certo. O realizador confessa ainda que passou um ano e meio privado de sexo. Se isso fosse verdade, era ele que estava feito em cartilagens.
Infelizmente nunca abracei cartilagens. Deve ser molinho e fofo. Já dei um xi-coração a uma anorética mas não deve ser o mesmo.
terça-feira, outubro 14, 2008
Não vi, não ouvi e não falo.
“É só deficientes, pá”; “Onde é que o maluco tirou a carta?”; “Ó ceguinho, não vês que eu tenho prioridade?”; “Não, estás a ouvir-me a apitar? Tira-me essa coisa da estrada, ó surdo!”.
Estas são algumas das manifestações de carinho que habitualmente ouvimos de quem possui habilitação legal para conduzir. Pessoas cordatas, simpáticas e nada deficientes. Então, a pergunta: porque raio a RTP introduziu a linguagem gestual nas informações de trânsito no seu programa da manhã “Bom Dia Portugal”?
Eu sempre julguei que alguém que não fala, não ouve ou não vê está interdito de conduzir. Dizem que na situação de ocorrer um acidente há sempre muitos constrangimentos no momento do preenchimento da Declaração Amigável: o surdo diz que viu mas não ouviu, o cego nada viu mas ouviu e bem, o mudo não diz nada apesar de ter visto e escutado.
Mais tarde a RTP veio explicar o caso: parece que vários organismos do Estado estão a mover uma acção concertada com o objectivo de introduzir a Condução Desportiva como nova modalidade paraolímpica. Se tal acontecesse, e a contar com os deficientes que encontro atrás do volante todos os dias, poderíamos forrar todas as estradas com medalhas de ouro.
Estas são algumas das manifestações de carinho que habitualmente ouvimos de quem possui habilitação legal para conduzir. Pessoas cordatas, simpáticas e nada deficientes. Então, a pergunta: porque raio a RTP introduziu a linguagem gestual nas informações de trânsito no seu programa da manhã “Bom Dia Portugal”?
Eu sempre julguei que alguém que não fala, não ouve ou não vê está interdito de conduzir. Dizem que na situação de ocorrer um acidente há sempre muitos constrangimentos no momento do preenchimento da Declaração Amigável: o surdo diz que viu mas não ouviu, o cego nada viu mas ouviu e bem, o mudo não diz nada apesar de ter visto e escutado.
Mais tarde a RTP veio explicar o caso: parece que vários organismos do Estado estão a mover uma acção concertada com o objectivo de introduzir a Condução Desportiva como nova modalidade paraolímpica. Se tal acontecesse, e a contar com os deficientes que encontro atrás do volante todos os dias, poderíamos forrar todas as estradas com medalhas de ouro.
sexta-feira, outubro 03, 2008
É mesmo Único!
Ah aha aha ha haha aha aha. Eheh ehe eh eh... ai, até me vêm as lágrimas aos olhos. Aha aha haah... este anúncio é mesmo bom! Aha aha ehe....Ver a Júlia Pinheiro... ah ah ah... vestida de robe... ehehehe.... ai que não aguento... com o comando da TV na mão... a vender crédito pessoal... é mesmo bom... ehehehe... é mesmo muito bom!... Devia receber um prémio...
O que as pessoas fazem por dinheiro!...
O que as pessoas fazem por dinheiro!...
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