A vida é como os interruptores, torneiras, tectos falsos, soalho flutuante ou salmão fumado:
ela acontece apenas uma vez. E como não sabes quanto tempo tens, aproveita este segundo para falares dela.
quinta-feira, março 29, 2007
Mais um acidente brutal, provocado por condutor irresponsável!
Desta feita 4 pobres peões que passeavam no campo, foram colhidos pelo doidavanas do Armindo Araújo. Consta que o dito seguia a grande velocidade num reles caminho de terra após ter feito o "shakedown". O "shakedown" deve ser um cocktail daqueles com bastante teor alcoólico. É uma vergonha que esta gente ande a acelerar pelos caminhos desta maneira! A desculpa que estão numa prova para um campeonato, não me parece convincente. Agora uma pessoa não pode estar no meio dos caminhos só porque há uns gajos a fazer corridinhas? E nossa liberdade?
Se os gajos não sabem guiar, que não entrem nas corridas ou vão mais devagar. Francamente.
Se for verdade que é uma corrida, acho uma irresponsabilidade deixar entrar pilotos portugueses. Portugal é conhecido na Europa pelos elevados índices de sinistralidade e vão logo fazer aqui uma corrida e deixar entrar um português?
Ainda se fosse uma gincana no IP 19, uma corrida na ponte Vasco da Gama ou no IC 4, ainda podia funcionar. Agora no meio dos caminhos de terra. Estava-se mesmo a ver que ia dar asneira.
Acabem com isto! Fim aos portugueses nos ralis. É um perigo. Já basta te-los na estrada de casa para o trabalho e do trabalho para casa.
quarta-feira, março 28, 2007
Há toda uma série de séries...
Tudo isto para concluir: que raio quer dizer Nip/Tuck???
Para onde vai a Manif pela legalização da marijuana?
terça-feira, março 27, 2007
domingo, março 25, 2007
Ota
quarta-feira, março 21, 2007
E tu, já plantaste a tua poesia hoje?
Gosto de eucaliptos
Chupam é muita água
Secam tudo à volta
È uma grande mágoa
Gosto de oliveiras
Não gosto é da azeitona
Rebenta-me a cara toda,
antes isso que outra zona
Planto secas ignomínias
Em lavrados impérios
São opróbrios, uma desonra
Num blog, terra dos impropérios
quarta-feira, março 14, 2007
Vou arrancar um prémio à força nem que um dia tenha de cagar uma pedra que hei-de amar
A todos.
Não te mandei largar isso?
calada eu
- Pai
julgo que eu
- Pai
sem entender que eu
- Pai
eu apenas
- Pai
eu
- Paizinho
e logo eu
- Paizinho
- O que estás a fazer?
respondia logo
- Estou a abrir uma cova até ao centro do mundo
e podem rir-se à vontade que não me perturba, eu sei, eu sei que todos na cova até ao centro do mundo, sobrávamos cá em cima o meu velhote e eu e não preciso de lhe apertar a mão quinze nem sete nem uma vez sequer dado que os palhaços acabaram, estão a chegar os cavalos e eu sem medo nenhum, sem necessitar de você, eu sozinha no meu lugar em paz, eu serena, à medida que os penachos passavam por mim num galope feliz
A escolha do Brasil para o anúncio da distinção também não é inocente. Há quem justifique que a entrega do prémio também poderia ser feita aqui, obrigando António Lobo Antunes a ausentar-se do nosso país para ir colectar a pasta.
Curiosamente, as autoridades brasileiras - num acto vingativo e irreflectido por terem visto os seus actores preteridos pelo jurí - aproveitam para libertar José Militão nesse dia. Nesse caso, teríamos aqui um triângulo dramático digno de um Nobel: Português chega ao Brasil, recebe um cheque de 100 mil euros e acaba os seus dias a fazer cimento num bar em Fortaleza. Título: "Eu hei-de amar uma laje".
terça-feira, março 13, 2007
Roubar - estou sem palavras!
Todos nós temos no nosso imaginário os grandes furtos praticados por aventureiros temerários. O Robin dos Bosques, o Arsené Lupin e outras tantas fantasias sobre roubos de obras de arte, bancos, comboios e sei lá que mais.
Mas alguém se lembra, alguém sonha uma única vez que seja, com os pequenos furtos perpetuados por indivíduos que com os outros (os dos grandes roubos) apenas partilham a falta de escrúpulos e que na arte de roubar são uns bardasquitos?
Dou-vos um exemplo que aconteceu comigo. Estou boquiaberto por me acontecer a mim, que vivo isolado do vosso mundo.
Mas adiante.
Os caixotes do lixo são grátis. Basta pedir aos serviços municipalizados e voilá, aparece um contentor verdinho e novo em folha. Pois os meus vizinhos do prédio do lado insistem, noite após noite, em roubar o meu caixote do lixo. Eu vou buscá-lo à noite e no dia a seguir de manhã, zás, desapareceu! E notem que há uma etiqueta com o número do meu prédio colada no caixote. Ando meu, com a minha roupa cara de marca, armado em Almeida a acartar caixotes do lixo. E alguém se irá lembrar um dia do infame roubo de caixotes efectuado num luxuoso condomínio na Lapa? Claro que não.
Mas eu jamais o esquecerei. Ficará para sempre gravado na minha memória em letras de sangue e desgraça.
Sei que também não ficaram na memória roubos tão desprezíveis e ridículos como:
- Pessoas que aproveitam enquanto o ardina está distraído e roubam o Destak ou o Metro.
- Malta que sorrateiramente rouba folhetos, ou sacos de plástico, balões, canetas e rebuçados nas exposições tipo Nauticampo.
- Consumidores sem moral que enquanto a senhora do sampling vai fazer um refill (fónix) alambujam nos quadradinhos de queijo e nas tostas.
- Pessoas que nos eventos tipo mini maratona da EDP carregam garrafas e garrafas de água e Gatorade, daquelas pilhas gigantes que há à beira da estrada. Depois não suportando o peso, largam-nas 4 km à frente.
- Pessoas horríveis que roubam a publicidade das caixas do correio dos vizinhos.
Há com certeza mais exemplos. Alguns deles vividos por vós, fiéis leitores. Partilhem-nos com este blog, que é a nossa e a vossa Vida.
Bem haja!
sexta-feira, março 09, 2007
Capitão América morreu
quinta-feira, março 08, 2007
quarta-feira, março 07, 2007
Clube Bimbalhony - Parte 2
Mas eis a minha Bimby. Orgulhosamente Bimby. A companheira de cela mais desejada por todos aqueles que, tal como eu, não sabem picar, cortar, partir, descascar ou mesmo amassar. Mas ela vai ainda mais longe e não receia elogios: ela rala, moe, tritura, pesa, emulsiona, cozinha a vapor e lava-se sozinha! Meu Deus, onde é que andavas tu quando eu me perdia num buraco qualquer, a alimentar o vício, a deglutir a primeira pizza que me batia à porta?
Maravilhado pelo aparecimento da “Playstation 3” das donas de casa, lancei mãos à obra e fiz o meu primeiro Bacalhau com Natas da Bimby. E estava inacreditável, majestoso. Cada garfada era festejada com uma lágrima vertida tais eram os sabores que envolviam o meu palato. Motivado por tal manjar, fiz Bacalhau com Natas durante semanas até àquele factídico dia em que jantei em casa de uma amiga minha:
-Porquê? Não gostas? – Perguntou-me ela ainda com a travessa em suspenso antes de a poisar na mesa. – Ainda vou a tempo de fazer uns ovos mexidos....será que a Bimby faz ovos mexidos?
-O quê? Tens uma Bimby?
-Sim.
-Eu também!
-E fiz este Bacalhau com Natas na Bimby. Segui a receita do livro e voilá.
-Ah...Deixa-me provar.
-Então?
-Está....está.....está igualzinho ao meu!
Pois. Descobri naquela garfada maldita o conceito que a Bimby trouxe ao mundo: a ideia de Globalização da Comida Caseira. Uma arma do imperialismo alemão que funciona como um rolo compressor que tenta fazer terraplanagem aos valores culinários específicos de cada país. A Bimby não é mais que a encarnação do conceito do Mcdonalds nas nossas cozinhas: de que a comida pode saber exactamente ao mesmo nos quatros cantos do mundo. Não era somente a minha amiga que podia igualar a minha receita. Um tipo qualquer no Paquistão, mesmo que não queira, pode fazer um Empadão de Atum em todo igual àquele que eu faria.
Isto significa que acabaram-se aqueles números de levar comida feita para casa dos amigos ou amigas nas festas, caso eles já tenham uma Bimby. Ninguém vai querer comer uma refeição igual àquela que já se come em casa. Que sentido teria levar um frango no churrasco para dentro de um restaurante que se chama “O Rei dos Frangos no Churrasco”?
Olhando agora para trás, pergunto-me se tomei a decisão mais correcta ao ter abandonado a comida de plástico. Tinha deixado a “Era Fast Food” mas estava a entrar na “Idade da Same Food”.
Mas fui convencido a dar mais uma hipótese à Bimby e convidaram-me para uma reunião do Clube Bimbalhony. Vai ocorrer esta semana e prometo fazer um relato exaustivo. Já me disseram que é do género reuniões Tupperware mas as gajas não têm tanto bigode.
quinta-feira, março 01, 2007
Marcas de carros - importante saber antes de comprar carro
Aproveitei e acrescentei alguns comentários meus para vós ajudar a melhor conhecer e compreender estas marcas.
Mercedes - a marca dos que têm muito e gostam de mostrar - o carro do empresário da construção
BMW - gostam de mostrar que têm mais do que o que na realidade têm - o carro do executivo sem cheta mas com grande ordenado
Saab - para quem sabe que não têm, mas não gosta que os outros saibam - eram bons antes de serem um Opel
Audi - para quem tem menos do que o que gostaria de mostrar - um carro do Povo com anéis
Volvo - para os que não têm nada e pensam que mostram que têm - o que é que esta marca está fazer aqui entre as marcas premium? Um Ford mais caro para os mais estúpidos.
Porche - para os que principalmente têm idade, mas gostavam de não ter - o desportivo do pobre de dinheiro e de espírito
Ferrari - têm muito, mas não sabem ter - há sítios melhores para gastar o $. São Fiats com muitos Cavalos.
Aston Matin - têm - nada a dizer
Jaguar - pensam que mostram que têm - um pouco melhor que um Volvo, mas merda é a mesma
Bugati - têm pelo menos uma de cada uma das marcas anteriores - 1001 cv? 400 km/h? sem palavras. Custa só o mesmo que uma casa (grande)
E tu? tens o quê? um Renault? Um Fiat? ou pior - um Seat?
Faz como eu. Vai ao banco endivida-te e compra um carro que mostre quem queres ser e aproveita aqueles bancos que te dão um spread de 0% durante 5 minutos.