Muito tempo depois, aqui estou para retomar um assunto sobre o qual muito se escreveu neste blog a atrasado. E faço-o porque a coisa não me sai da cabeça.
E se no ano passado, mesmo na final, a regra é que os jogos estavam às moscas, este ano havia pouco espaço para estes insectos.
Este ano, na final, o cenário estava bastante composto. Mas mesmo assim, a casa não estava cheia. Compreende-se porquê. Para um povo habituado à tourada e ao futebol, o ténis deve parecer enfadonho.
Proponho pois, como forma de melhorar o espectáculo, que se introduzam algumas alterações fulcrais, com vista a dinamizar a actividade em Portugal:
- Claques de apoio que gritavam o nome dos jogadores para os incentivar e insultavam o adversário nos momentos de maior tensão. Imaginem "Federer é filho da puta, olé filho da puta, olé!"
- Sempre que houvesse uma foto dos jogadores a levantar a taça, seria convidado o emplastro para aparecer em segundo plano.
- Os Jogadores não poderiam fazer nunca discursos com sentido, e muito menos com piada, ao vencerem o torneio. O Novak Djokovic, que este ano ganhou, teve imensa piada. Não pode ser. Ele deveria ter dito algo como: "Bom, portanto, estavamos em forma e com segurança, demos, portanto a demonstração equívoca do esforço, portanto é natural.". Outra questão a salientar é que nestes discursos os jogadores deveriam utilizar a 3ª pessoa ao se referirem a si próprios.
- Os treinadores nas bancadas deveriam esbracejar e gritar para os jogadores
- Os fiscais de linha deveriam ter bandeirinhas coloridas
- Os Jogadores deveriam, sempre que se aproximam ambos da rede, entrar dar um soco ou cotovelada no adversário, assim tipo à socapa.
Focando agora um aspecto fulcral - os relatos. Um relato de ténis não tem a emoção de um de futebol. O relato é conduzido com questões muito técinas e aborrecidas : "o jogador fez mais um winner e reparem como ele usa o slash puxado com top spin para tentar provocar o contra-pé no adversário". Amigos, isso é uma merda e isso não se percebe e não há emoção. Imaginem que a final do Estoril Open tinha sido relatada assim: "E Novak Djokovic prepara-se para dar forte na bola e levanta o braço atira a bola e pás a
Os forcados do Grupo Amador de Santarém, convidados a pegar uns toiros entre os jogos, saltam para o Campo e pegam de caras Isaltino Morais que vinha entregar a taça. Nas bancadas o Rancho folclórico convidado para dançar o corridinho na altura da entrega da taça começa a sua apresentação, já que tendo vindo de tão longe não se vão embora sem mostrarem o que sabem fazer. E começa o adufe seguido do cavaquinho "as meninas a correr, as bolinhas a saltar e vira"
Tenho muitas mais sugestões para dar a quem organiza estas coisas. Basta ver a animação que há nas bancadas dos jogos nos Estados Unidos (estava a ver que não conseguia dizer aqui mal deles) com a música tipo NBA, cheer leaders e os gordos a gritar, para se ver qual o caminho que o ténis deve tomar. Desporto elitista e votado ao abandono, ou populista e querido do povo??
A vida é como os interruptores, torneiras, tectos falsos, soalho flutuante ou salmão fumado:
ela acontece apenas uma vez. E como não sabes quanto tempo tens, aproveita este segundo para falares dela.
segunda-feira, maio 21, 2007
Estoril Open
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3 comentários:
Eu vivo atormentada com uma única imagem mental do Open, ano, após ano: O João de Deus Pinheiro de casaco azul e calças encarnadas e depois perco a consciência e não me lembro de mais nada!
Quando cheguei lá o Estoril já estava closed.
(pronto, eu confesso. Não consegui ler o post todo.)
Falta os árbitros de ténis envolvidos em altos esquemas de corrupção e o João Lagos metido com uma ex-mulher da vida que agora escreve livros...humm...é difícil de imaginar...
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