Quando me encontrei acamado – devido à cirurgia da minha tíbia - tive a oportunidade de espreitar para um blog de que se fala muito por aí. Quis saber a razão para tanta procura desenfreada e por esses dias entrei no blog do Mak. Meus amigos, para além de incongruências, falácias, werros ortográphicos e falta de chá, encontrei também muitas inverdades históricas que davam para encher vários cadernos e suplementos do Público.
Podemos já afirmar que Mak é um calhorda e um pulha da pior espécie. É daqueles sujeitos que todos desejávamos ver um camião TIR passar-lhe por cima connosco ao volante. Infelizmente não tenho carta de pesados.
Mas depois da ofensa fácil vamos então passar ao conteúdo literário. Ou como lhe poderíamos chamar "Parque de Letras" porque o blog do Mak mais parece um parque de campismo onde as palavras chegam com as suas roulottes e começam logo a fazer churrasco, deixando um cheiro insuportável a febras que se estende a todos os seus textos.
Voltemos então aos seus posts. No seu último post sobre o Natal, o autor afirma que é um “hipócrita”. Confessa ainda que é um ser divino, tal como Chavez, ao afirmar a sua superioridade a essa entidade mitológica secular que é o Pai Natal calçando-lhe umas pantufas carregadas de impropérios.
Mas não se fica por aqui. No post seguinte inferniza todos os fumadores, descriminando-os em todas as linhas, queimando-os com palavras amargas e secas próprias de um homem insensível, grotesco e com óculos. Propõe inclusivé uma “Linha de Denunciantes” ao bom estilo da PIDE, fazendo terraplanagem em Dezembro a todos os valores democráticos de Abril. Como diria o poeta, meu amigo, “Tu lápis azul, um dia escreverás as tuas linhas finais”.
De seguida, o sanguinário decide que chibatadas são o remédio santo de tantos portugueses que pretendem manter viva a tradição da parolice e do estilo bimbo. Saberá o autor que estes são o nosso ADN? Já se esqueceu o autor que Kátia ou Vanessa fazem orgulhosamente parte da nossa essência cultural desde os tempos idos das Cantigas de Amigo?
Mas o que mais me entristece é que estas, e outras questões, já podiam estar resolvidas.
Há dias, estava eu no Gambrinus a almoçar, quando o vejo entrar. No preciso momento em que apontava algo nos meus guardanapos - que eu guardo religiosamente nos bolsos como recordação dos restaurantes onde degluto - vi-o ao longe e chameio-o à minha beira: “Anda cá que isto é do teu interesse” mas ele deve ter julgado que eu lhe queria impingir a conta do almoço e respondeu-me naquele tom altivo, arrogante e cáustico: “Vê lá se tens juízo!”. Eu ainda tentei pôr alguma água na fervura porque reparei que o rapaz não estava nos seus dias e disse-lhe: “Não me digas que estás assim só porque ando a comer a tua mulher por trás!”. Ele, mais uma vez, exaltado com alguma coisa, não deu para saber, respondeu: “A tua não a como eu porque costuma ser a entrada e o prato do dia de muitos restaurantes, meu cabrão!”. Eu acenei com a cabeça, num gesto de reprovação. Já se sabe que com pessoas destas mais vale ignorar e continuei a sacar os guardanapos das mesas de uns clientes que já tinham saído.
Mas não pensem que esse blog é um monte de lixo. Mesmo ali a um canto podemos encontrar um link que vem directamente dar a este poiso. Talvez seja a melhor coisa do blog dele. Pelo menos aqui, todos se podem sentir seguros. Aqui somos quiduxos. Não dizemos mal de ninguém.
4 comentários:
Num claro acréscimo de qualidade à prosa infame que a instituição mental a que está entregue permite ao Kinder escrever aqui, o meu advogado luso-americano Sal Marinho está a ultimar o meio direito de resposta.
Não publiques e vais ver que acabas os teus dias a dormir na sarjeta. Pronto, numa bem pior do que aquela onde já dormes. E sem direito a comer uma beata antes de adormecer
meio direito não é uma gralha, é porque isto nem merece um direito de resposta a tempo inteiro...
Kinder, conheces o Mak??? Quando o vires novamente, pede-lhe um autógrafo para mim...
Parece que o sujeito respondeu à letra lá para o blog dele.
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