Caricatura do Senhor!

Ouvia nas notícias, que em tempos idos (era uma vez as cruzadas, inquisição e afins) os católicos eram altamente intolerantes com as outras religiões orientais e que nesses tempos essas religiões Orientais eram muito tolerantes com as outras religiões. Uma situação inversa à que se vive hoje, onde o Ocidente se mostra tolerante e compreensivo em relação às outras religiões e mesmo em relação à sua (maioritariamente o catolicismo) se mostra extremamente liberal, enquanto os ditos religiosos orientais endureceram as suas posições e se mostram intolerantes e muitas vezes radicais. A actual tolerância dos católicos pode muito bem ser comprovada. Senão como compreender que ninguém tenha tentado assassinar ninguém, quando há anos que se mostra impunemente ( e não numa, mas em várias versões) a caricatura de Jesus com uma arma de raios laser na cabeça? Os raios, saídos directamente da cabeça do senhor, tão depressa matavam, como faziam prostrar os mais destemidos. Os ditos raios eram muito mais eficazes que a bomba de rastilho na cabeça do profeta e os caricaturistas não contentes com a blasfémia, resolveram aplicar o halo de laser na cabeça da mãe de Jesus e de quase todos os Santos. Isto é uma vergonha, um abuso. E como explicar a aceitação da caricatura de Jesus com uma coroa de espinhos na cabeça, pronto para espancar à cabeçada quem o fosse aborrecer? Isto é muito mais grave do que pôr o profeta com uns corninhos. E como explicar que o desgraçado do senhor venha caricaturado sempre em cuecas? E nem sequer são umas Calvin Klein, são apenas uns trapos rascas enrolados à volta das partes vergonhosas do Senhor. Mais uma vez fomos brandos, uma vez que o profeta vem sempre enrolado numas túnicas. E ainda pior: qual rapaz rabino, daqueles com bicho carpinteiro que os professores atam as mãos, Jesus é muitas vezes representado com as mãos pregadas na cruz, como se ele fosse não um simples moço rabino, mas o pai de todos os rabinos. Senhores, a actual tolerância Cristã deixou que as caricaturas do Senhor o vulgarizassem. Onde antes havia fervor e temor, há agora o despautério da malandragem caricaturista. Acho que os Islamitas têm razão e que estas provocações devem ser retaliadas. Proponho uma Guerra Santa, uma nova cruzada contra essas manifestações e que se combata com veemência essas imagens. Um conjunto de manifestações onde íamos gritando palavras de ordem como “Abaixo os raios e coriscos na cabeça do Senhor” e também “Coroa de espinhos não. Boina sim!” ou mesmo “Em cuecas não, com calças sim!” ou “ Pregado na cruz não, queremo-lo no chão!” enquanto apedrejávamos órgãos governativos, porque a culpa de tudo é sempre deles.