sexta-feira, junho 30, 2006

Politiquices à bruta!

Andam todos à porrada nos ministérios e na política. Se a moda pega, acabam-se os debates. Resolve-se todo “na porrada”. Eu acho bem. Acho muito mais animado. E acabam com os tacho dos comentadores políticos. Basta haver comentadores desportivos.

O Pinho volta às costas ao Rosa e o Rosa diz que é amigo do Pinho, mas Fernando Ruas que não está com meias medidas apela à sublevação da populaça para que apedrejem os inspectores do Ambiente. È a Guerra, é a loucura, onde irá isto parar?
Os políticos andam desalmados. Deve ser do stress de trabalharam tanto. Já Carrilho, partiu a loiça toda e para além de voltar as costas ao Carmona, escreveu um livro a desancar tudo e todos.
Se a moda pega, em vez de esgrimirem palavras, os políticos podem passar a vias de facto. Seria indigno, mas com certeza que o canal parlamento teria mais audiência.
No Plenário, discute-se como resolver estes atritos (hipoteticamente – notem isto não é verdade, é apenas um cenário possível neste crescendo de animosidade que se sente na classe política).
O BE lança o repto: “Senhor Presidente, senhores deputados, senhoras e senhores, Portugueses: Propomos o Decreto Lei 2345/06 em que se iria regular que, em vez de virmos todos discutir e argumentar para a Assembleia, passava apenas a ir um representante de cada partido para o ringue de boxe”. O PCP contestou de imediato e disse: “Fazemos antes Vale Tudo”. Os socialistas, exaltados, levantaram-se e disseram: “Resolvemos já aqui esta merda”, e da sua bancada atiraram os microfones à cabeça dos deputados do BE. Estes, que estão em franca minoria, correram para trás da bancada do PSD para se refugiarem. Na bancada do PSD começam a chover microfones. A ala do PSD ao ser agredida, responde atirando as sua canetas Mont Blanc.
Jaime Gama, entusiasmado, relata:
“Semedo esmurra Branquinho, Branquinho responde e chuta Telmo na boca. Telmo cai e é de imediato pontapeado pela Senhora Deputada Apolónia. Feio corre e esconde-se atrás de Chora. Chora é placado por couto e chora. Chora reage, levanta-se e dá-lhe uma joelhada nos testículos. Uáu, está deve ter doído! Seguro avança e dá um golpe a Aldeira e a coisa está renhida, é difícil antever quem sairá vitorioso…”
Um dos deputados do PS com uma caneta de aparo espetada no sobrolho levanta-se e grita “Vamos dar cabo daqueles filhos-da-puta”. Os do PSD respondem “Não somos filhos-da-puta, senhor deputado, somos filhos do capitalismo” e levantam-se também com as suas pastas de cabedal em riste. Os deputados do PP entram na luta defendendo a Direita, e atiram os seus sapatos Church. Gama pára o relato e do ponto elevado onde está, faz uma fisga com elásticos e clips e vaza um olho a um deputado. Galamba, cego de um olho, grita e a Polícia é chamada a intervir. Entram no plenário com cães e gás lacrimogéneo. Marques Mendes é apanhado a morder as canelas a Manuel Alegre, que por sua vez cospe em Santana Lopes e lhe grita “Que te cuspo em despeito, mas faço-o com respeito, pois não cuspo para a nação, cuspo para ti meu cabrão” . Graças à polícia a escaramuça é aplacada. No final contam-se os feridos: 15 para o PS, 20 para o PSD e apenas 4 para o PCP. No PP apenas Marques Mendes se lesiona, pois foi espezinhado. Os Bloquistas milagrosamente passam incólumes. Do alto do plebiscito, Gama diz autoritário a Telmo “Senhor Vice Presidente, o seu partido não jogou de forma justa e pela contagem dos feridos, vê-se claramente que perdeu. Creio que o mais justo é passar o decreto do BE. Eles não têm feridos. Eles ganharam a disputa ”. O deputado do PSD retorque “Senhor Presidente, senhores deputados, é injusto, eles usaram-nos como escudos humanos.”. Mas Gama remata sem dó nem piedade “ Senhor Vice –presidente e senhores deputados, o resultado é que interessa, há que ser justo, o BE ganhou”. Telmo não se fica “Senhor Presidente, ganhou mas é o caraças, toma” e dá-lhe um rotativo no pescoço. Recomeça a luta. O resultado é incerto. Irá o decreto passar?

Representar.

O Assunto do momento é o Mundial. Não vale a pena negar.
Hoje vou-me dedicar a um assunto tantas vezes negligenciado, mas que se tem revelado fundamental neste mundial e na nossa equipa: a arte da representação.
Pois é. No final de um em cada 5 treinos, há sempre duas a três horas para ensinar aos futebolistas a arte de representar:
Professor - Figo, tu que estás mais batido, mostra como se faz a resposta a uma agressão nas pernas com o adversário a sacar-te a bola.
Figo atira-se para o chão, contorce-se de dor, um esgar de sofrimento trespassa a sua cara, uma lágrima desponta-lhe nos olhos e da sua boca sai um grunhido quase inaudível, mas que demonstra grande sofrimento.
P – Magistral, um pouco de overacting, mas magistral. Vejam a expressão de sofrimento e a lágrima que quase lhe sai, mas não sai dos olhos. Ricardo faz a tua simulação de uma defesa espectacular seguida de alguns momentos no chão para ganhar tempo.
Ricardo atira-se para o ar simulando que captura a bola em movimentos exagerados e deixa-se cair sem se conseguir defender, porque finge que segura nas mãos a bola. Já no chão, sempre mantendo a bola fictícia entre as mãos, em posição fetal, finge que o corpo lhe dói da pancada seca contra o chão. Levanta-se com dificuldade, agarrado aos lombos e simula que sente dificuldade em manter-se erecto (problema que afecta 60% da população com mais de 65 anos – este comentário teve o patrocínio do Viagra).
P - Bonzito, mas há que ter atenção na parte em que te levantas, para não te estares a rir e a fazer o sinal de ok com o dedo. Tira credibilidade à manobra.
Agora tu Simão, a técnica que ensaiamos da última vez, de uma agressão com o cotovelo na cara.
Simão, finge iniciar uma corrida e estaca de repente levando as mãos à cara. Abre a boca e grita “háááá” caindo para trás e esfregando a cara com as mãos em concha, como se segurasse uma flor. Depois põe-se de joelhos como se rezasse, e contorce o corpo em espasmos sincopados de dor.
P - Simão, está demasiado. Assim parece que foste atingido por um pontapé na cabeça. Acho que estás a trocar os actos. Agora tu Cristiano. Finge um ataque fulgurante.
Cristiano pega numa bola e impulsiona o seu corpo musculosos em frente. Estaca como se tivesse um inimigo imaginário à sua frente e faz uma cara de esforço sublime. Finta uma, finta duas, finta três vezes o inimigo imaginário. Chuta a bola sobre si mesmo, recebe, finta outra vez e quando vai avançar …perde a bola. Depois pára e chora.
P – Tudo perfeito. A cara de esforço seria suficiente para intimidar o adversário. A única parte má é que quando avanças perdes sempre a bola. Acho que está demasiado compenetrado na representação e esqueces o objectivo de marcar os golos ou passar a bola. A parte de chorar, já te expliquei que esta apenas reservada para as derrotas. Não podes estar sempre a chorar por tudo e por nada.
Cristiano – Yá cule, man. Boys don’t cry.
Figo – Olha, o puto já aprendeu mais umas palavras.*

*Esta piada, muito engraçada, vem na sequência do post “Conversa de Balneário”. Vale a pena ler.

Festejos Oficialmente Autorizados

Assessores de vários Ministérios do Governo andam a divulgar um documento onde se estabelecem critérios rigorosos e específicos para os festejos de Sábado, caso Portugal vença a Inglaterra. Serve este documento para que as aberrantes, muito insultuosas e já conhecidas demostrações de orgulho nacional levadas a cabo por cidadãos de todo o país não se repitam.
Assim sendo, e segundo o texto elaborado, as autoridades policiais devem ter especial cuidado para evitar situações que envolvam:

1. Gajas balofas nuas.
2. Mulheres balofas despidas dos pés à cabeça.
3. Raparigas em más condições físicas que desejem fazer nu integral.
4. O sexo em grupo é permitido desde que os intervenientes não sejam os referidos nos pontos anteriores.
5. Malta em cima de viaturas pintadas de verde e vermelho a gritar pela Selecção enquanto ouvem Dino Meira no auto-rádio, a não ser que haja uma razoável proporção de gajas boas no veículo.
6. Tudo o que sejam situações pouco telegénicas devem ser evitadas ou até mesmo reprimidas a cacetete. Não queremos passar para fora do país imagens de velhos com placa defeituosa a gritarem Portugal! Portugal! enquanto tricam nozes.
7. Saltos de estátuas, prédios, andaimes, varandas, plataformas e pontes só serão autorizados para fins desportivos, ou seja, se os intervenientes desejarem registar mínimos olímpicos para Pequim 2008 estão à vontade. Para andar só na palhaçada e no regabofe, subam para uma cadeira que vai dar ao mesmo.
8. Andar aos gritinhos de excitação desmedida como se a Zara estivesse a dar roupa sob pena de serem levadas ao alto de um ponte para tentarem os mínimos para Pequim 2008.

quinta-feira, junho 29, 2006

And now for something completely different...


O sucedido aconteceu após a vitória "sofrida" da Selecção Nacional sobre a Laranja Espremida da Holanda. Se por acaso ganhamos aos Ingleses nem quero ver o que pode acontecer! O Blog É a Vida faz um apelo a todos os fãs da bola: sejam comedidos. É que para além da bandeira, não me lembro do Scolari ter pedido para pôr mais alguma coisa de fora...

Nota: é provável que esta senhora seja familiar do senhor que caiu do alto da estátua do Marquês...

quarta-feira, junho 28, 2006

English Dinner; ou até os comemos!

Venha o Beckham que nós temos o Petit. Venha a escanzelada da Victoria que nós servimos a Ronalda como entrada. Venha o Wayne Rooney que a malta lança-lhe o Valente, venha o Lampard, venha o Rio Ferdinand, o Owen, o Ericksson, desenterrem o Shakespeare e mandem vir também a Rainha; vão atrás do David Bowie, do Phil Collins, do Paul Mcartney e ele que traga a Kate Moss e respectivos dealers, venham os jornalistas do jornal "Sun", o Mister Bean e todos os funcionários da BBC, incluindo os correspondentes internacionais, venham daí os balofos dos hooligans e os pseudo-hip-hop-punks-junkie-street-fashion do mercado de Camden, venham os motoristas dos autocarros londrinos, os terroristas islâmicos ingleses, venham daí os artistas, os actores e cantores de musicais londrinos, venham os gays, as lésbicas e os bi - mas deixem lá ficar tudo o que fôr gaja borbulhosa - que este Sábado, quando virem o Ricardo a defender sem calções, começam logo a falar fininho!

sexta-feira, junho 23, 2006

Conversa de Balneário (Parte 2)

O "E a vida" continua em grande. E desta vez teve acesso aos balneários da seleção do Brasil. Podemos constatar, grandes diferenças entre estes jogadores e os jogadores Lusos. Uma garnde diferença é que eles cheiram muito pior. Outra é que têm uns tomates muito maiores e são muito mais dotados. Aspectos físicos à parte, o que se disse:
Cicinho - Ganhamos, né?
Ronaldinho - Legau.
Cácazinho - E. Legau.
Romarinho - O gordo teve bem.
Ronaldo (sem inho) - Quem cê tá chamando de gordo seu merda? Andei anos a chamarem-me dentuça, até aparecer o Ronaldinho que tem dente, prá caramba. Agora Gordo? marquei 2 goles.
Emersonzinho - Legau. Na rocinha sempre me chamaram, Rapa Feijão, seu gordo. E nunca me importei.
Juninho - Claro, se cê se importasse te matavam, seu filha da puta. No meu peladão, quem falhava era morto, né.
Ronaldo - Ao menos me chame Gordinho.
Ziquinho - Vamos para pegar um Shopinho? (entra Ivete Sangalo no Balneário com banda de batuques a acompanhar)
Danilinho - Vamos sambar!
Inhos todos - Vamo nessa, galera!
E lá foram. No próximo jogo, com sorte marcam mais um ou dois golinhos.

terça-feira, junho 20, 2006

De cavalo para burro.


Ricardo, guarda-redes da selecção, andava triste. Andava desconsolado. No quintal da sua casa por várias vezes encontrou cadáveres de frangos. Primeiro achou que era uma cabala, mas nesse caso talvez lhe mandassem a dita para o quintal em vez de frangos. Depois achou que podia ser magia negra, mas os frangos eram todos brancos. Finalmente achou que só podia ser uma coisa: estavam, metaforicamente, a chamar-lhe frango. Quis ser um Doberman e pediu a amigos para lhe mandarem cadáveres de dobermans para o quintal. A ideia não pegou e os frangos continuaram a chover no seu quintal, em vez de cães e gatos.
Ofendido, Ricardo decide mudar de casa e ir para um condomínio fechado num local sossegado e longe destas aporrinhações.
Ricardo vai comprar a sua casa em Azeitão. E o condomínio chama-se…Quinta do Péru.
E caso para dizer que andou de frango para Péru.

Conversa de balneário.

Depois de um jogo de futebol não são só entrevistas e flashes. Há também as conversas de balneário. Os jogadores juntam-se e para descomprimir falam sobre o jogo, o que correu bem, o que correu menos bem e as estratégias para que o próximo corra melhor. Aproveitam para estreitar os laços de amizade e de irmandade que os une e que lhes permite em campo serem os gladiadores dos tempos modernos, em que o ermitão na baliza defende, e os avançados desferem os golpes mortais nos seus adversários. O golo é a arma e a morte, a derrota em campo.
Palavrasconvida teve a oportunidade de ir assistir a uma conversa de balneário da nossa selecção. Foi após o jogo com o Irão, e vamos em primeira mão transcrever de forma isenta, tudo o que ouvimos:
Simão - Que fixe, gánhamos, vamos prá noite, prós copos e prás putas para comemorar!
Miguel – Escalanga, vamo lá, comé carne branca. Eu vou no meu Porche. Venham todos comigo.
Petit - Eu também quero mostrar o meu. Vou no Mercedes-Benz SL.
Figo - Portanto, parece que vamos continuar, no mundial e na senda das vitórias!
Petit - Vais continuar com a Senda? a Russa? e a tua mulher?
Figo-??
Ricardo - Tou bastante contente e agradado por continuar, evidentemente.
Petit – Tás contente porque estás a representar a nação?
Ricardo - Não, porque eles tem aqui um cabeleireiro na porta do lado que faz umas patinhas de Doberman no cabelo, espectaculares.
Figo - Maniche, viste os gajos?
Maniche - Uns merdas. Viste que não havia um único de bandolete?
Cristiano - yá, yá, cule.
Figo – O quê??
Cristiano – Cule, man, cule.
Figo - ??
Pauleta – Viste û sacáne quando ê rematê e falhê, que se voltou p'ra mîm e deisse “Inch Allá!”
Figo – E tu?
Pauleta – Ê passê-me, portânt, dê-lhe ûma caneláde evidentemênt, e deisse-lhe “Incha tû!”.
Figo – Isso é feio, e revela imaturidade, portanto.
Cristiano – Yá, yá, cule.
Petit – O que é que o puto está para ali dizer?
Miguel – Usputo, tá aprendendo a falar Inglês e até já diz umas coisa. Para um ano lá, tá muto bom, hem?
Simão – Nós os jogadores temos uma especial apetência para as línguas. Somos uns verdadeiros poliglúteos. Olha o Deco que está há tão pouco tempo em Portugal e já fala tão bem.. eu já percebo tudo o que ele diz.
Figo – Mas ele é Brasileiro…é mais fácil.
Simão – Mais fácil porquê? Ele teve que ultrapassar as barreiras linguísticas como todos nós quando estamos em terras entranhas.
Pauleta – Û Figue é que fâle mûits língs, êle evidência-se mûito nesse gerâl e nû particûlár tombêm.
Simão – É verdade. Nas línguas ele é o que é mais vidente.
Valente – Não havia um único com um brinco, uma vergonha. Eles estarem completamente fora de moda. Ainda bem que os eliminámos... imagina-os a jogar com Inglaterra. O Beckham, todo fashion, contra aqueles labregos.
Figo- E o gajo que me deu com as chuteiras na cara, foi porque eu me desviei das mãos dele. Haviam de ver as unhas dele todas sujas. E nem sequer estavam arranjadas. E os outros?? Até haviam um que tavam cheio de pêlos.
Petit – Figo, tás tás muito melhor desde que tiraste os pêlos. Antes parecias um Australopeticus.
Figo – Tu cala-te. Se me chamas outra vez Austracoiso dou cabo de ti. A minha mãe não é práqui chamada, portanto.
Petit – Desculpa. Foi com laser de baixa frequência que tiraste os pêlos?
Figo – Bom…foi com os de última geração com iões de lítio.
Petit – Aposto que os Iraquitanos ainda se depilam com cera.
Todos – Hahahahaha.
Pauleta – Ûns folêirs, apôsto que só vãn au cabeleirêro ûme vez pûr mês.
Simão – Ou menos. Quando saltei contra um para lhe roubar a bola de cabeça, reparei que tinha a pele baça e com pontos negros.
Miguel – Jura, mano? Nós os Africanos temos uma pele óptima, uma sorte.
Pauleta – Sîm mas ess cabelînhe….nêm dá p'ra pôre ûm gêle.
Miguel - Mas ao menos prende bem os meus óculos da Gucci.
Cristiano – Gude, yá.
Ricardo Carvalho – Puto, tás a falar que é um xpetáculo! Gramei a cena dos passinhos e das fintas, os gajos tavam à nora, a cena não serviu para nada mas foi show de bola!
Cristiano – Yá, cule, man.
Carvalho – Traduzam lá esta merda.
Figo – O equipamento era feinho.
Maniche – E as cores não jogavam nada bem umas cás outras.
Meira – E os cabelos? Não tinham Grife nenhuma.
Deco – Grife? Cara cê tá vendo, isso não é aquela Sueca que o Queijo anda comendo?
Figo – Espero que os próximos sejam mais elegantes. Isto é uma vergonha virem esta gentinha para o Mundial, deviam proibir. Vamos falar com o mister e pedir-lhe para protestar e que criem uma comissão da Moda e do bem Parecer para o mundial.
Cristiano – Yá, cule.
Figo - ???

sexta-feira, junho 16, 2006

O Dia da Besta Quadrada

Consta que depois do sucesso alcançado com a atribuição do dia 06/06/06 como o Dia da Besta, especialistas internacionais querem agora dedicar um dia especial a todas as outras bestas evitando assim descriminações. E já descobriram essa data com números não redondos mas sim bem quadrados, será o dia 2/2/2222. Mas bem podia ser todos os dias.

quinta-feira, junho 15, 2006

Hoje é dia de Corpo de Deus

Mas bem podia ser o Dia do Cão.

quarta-feira, junho 14, 2006

A Bandeirite Aguda ou a Nacionalite Exacerbada: duas doenças, os mesmos sintomas!

Pois é. Os sintomas são os mesmos: as bandeiras, as caras pintadas, o cachecol, as T-shirts, um amor à pátria nuca visto, a boca escancarada a cantar o hino e horas pregadas à Tv a ver os senhores da bola que são os melhores e que vão ganhar.
E para ta,l bastou que um Brasileiro o pedisse. Ele pediu e a doença alastrou-se. Uma pandemia de nacionalismo.
Eu não adoeci. Não gosto de futebol e não bebo vinho. Sobra-me o pão que já não me chega de contento. Para os restantes como dizia o Romano, o cenário é perfeito para os manter contentes. E não é que séculos depois o homem estava certo? Comem sardinhas, bebem vinho e vêem futebol. Que mais se pode dar ao Povo?
Mais nada. O povo anda feliz, esquecida a crise, a comer sardinhas e a bailar. Saltam as fogueiras, bebem, comem e para rematar… o futebol. E uma nação que rejubila. Qual fado, qual tristeza, nós é mais é Bola. Nós não eles, que eu friso, não gosto da bola, portanto (como dizem eles).
Se o Sócrates ou Cavaco pedem aos Portugueses para apertar o cinto, para darem mais que a crise está à porta, eles gritam bem alto e manifestam-se: Vai tu, vai tu que ganhas mais que eu, bandido!
Se um treinador lhes pede, eles fazem. E esquecem que este ainda ganha mais que eles e até ganha mais que os outros (os tais que mandam). Mas valia ser o treinador a pedir: Pessuau, vamo lá, não rouba nos impostos, não foge ao fisco não, vamo lá. Vá trabalhar animado e não ande a roçar o rabo nas cadeiras, vamo lá ser competitivos, força nessa galera e não esqueça sua bandeira.
O Tuga assim talvez fosse.
Com os outros a pedirem, não.
Como disse, os sintomas são os mesmos, mas as doenças não. Os que sofrem da primeira de manhã podem por as bandeiras na janela, mas à tarde andam a dizer que o pais é uma merda e coisa e tal.
Os que sofrem da segunda também. Mas dizem que a culpa é dos outros, dos Espanhóis e dos Americanos e dos cabrões dos Arábes.
Será que ainda vão lançar um vibrador com as cores nacionais? É que se por acaso (Deus queira que não) perdermos o Campeonato, já dá pelo menos para, literalmente, os mandar meter este nacionalismo foleiro num certo sítio.

quarta-feira, junho 07, 2006

Rock in TIO

Gostava de aproveitar a oportunidade de ter um blog para poder dizer mal. Adoro dizer mal. Dizer mal de tudo e mais alguma coisa, daquilo que me vier à cabeça no momento, de tudo o que se puser a jeito para ser difamado.

Então aqui vai disto:
1º - Fui arrastado para um concerto única e exclusivamente porque tive a sorte ou o azar de me oferecerem um convite. Fala-se da crise, patati patatá, mas a verdade é que 350 mil pessoas visitaram o recinto pela módica quantia de 53 euros a diária! Não me venham cá dizer que foram oferecidos muitos convites...

2º - Tirando a música (coisa de menor importância num concerto) o espaço até estava muito jeitoso, muitas marcas, muitos divertimentos, muito merchandising, muito pó, muitas meninas e meninos das promoções, muitos standers bonitos, comida e bebida, tudo bem organizado. Agora a música... Roger Waters, Santana?? Desde o mais pimba para as pitas de 15 anos ao mais dinossáurico para agradar aos Tios. E era vê-los por lá...

3º - A tenda electrónica estava um espectáculo. Nota 20 (juntamente com o slide sobre o palco). O pior é que vivo a vários vários km de distância e mesmo assim, como se não bastasse, tive o Rock in Rio dentro de casa.

Ainda bem que pró ano é em Espanha.