A vida é como os interruptores, torneiras, tectos falsos, soalho flutuante ou salmão fumado:
ela acontece apenas uma vez. E como não sabes quanto tempo tens, aproveita este segundo para falares dela.
quarta-feira, janeiro 24, 2007
Atenção aos lotes de sangue à venda nas lojas dos chineses.
O Ministério da Saúde chinês reconheceu o contágio de várias pessoas com Hepatite C devido a hemoglobina produzida com sangue ilegal e suspendeu hoje a venda de produtos de uma empresa farmacêutica da região de Cantão.
terça-feira, janeiro 23, 2007
Reflexões sobre o Aborto
Se calhar, quando leram o título sencasionalista deste post, pensaram que iria falar do kinder. Mas não. Vou falar da Interrupção voluntária da gravidez.
Falar sobre a vida é também falar sobre a morte e falar sobre a morte é falar sobre viver e assim sucessivamente. Por isso “É a vida” não podia deixar de lado uma questão tão importante como o referendo sobre o aborto. Desta feita pretendo abordar questões que têm sido permanentemente vilepaneadas e deixadas para um segundo plano.
Uma delas: O que vai acontecer quando virmos uma gaja feia e dissermos – Aquela gaja é um aborto. - Um aborto era um ser (ou não era, porque há quem defenda que ainda não nasceu e como tal não está vivo) tipo rato, cheio de nhanha, tipo uma coisa mal amanhada, assim meio nojenta. Agora, se se puder abortar até às 10 semanas, um aborto será apenas conjunto de células. Como devem imaginar, o insulto perde a sua força. Vejam: – Aquela gaja é um conjunto de células.
Outra:
Se no tempo dos nossos pais, esta já houvesse esta lei, se calhar eu não estaria aqui e vocês tão pouco. Que perda para a humaniade, que seria.
Mais outra:
Quem não usou o perigo de engravidar para convencer a respectiva a uma experiência de coito anal ou uma chupadelazinha daquelas bem boas? - Querida queria tanto fazer amor contigo, mas não tenho preservativo e tenho medo de te engravidar. Será que davas um jeitinho e lambuzavas o pauzito ou até se não te importas, me davas acesso à serventia por trás? Como é lógico, elas já não vão nisso, porque se engravidarem vão e abortam.
E ainda outra:
Se há pessoas à espera de consultas e respectivos tratamentos durante meses, uma fulana que descubra que está grávida e queira abortar até às 10 semanas, possivelmente quando tiver consulta já lhe nasceu o filho. Será que uma pessoa tem que marcar a consulta antes de pensar em fazer o amor para se a coisa correr mal, já estar prevenido? Logisticamente é complicado - Querido quero fazer o amor contigo mas tenho medo de engravidar. Por isso vou marcar a consulta e umas semanas antes da consulta, fazemos o amor.
Mais uma:
E o que vai acontecer à venda de beliches para famílias numerosas?
E continua:
E a casa do Gaiato e a Casa Pia? Se a lei for aprovada dentro de alguns anos é previsível que fiquem sem freguesia.
Agora várias:
E as nossas pensões? Já há em Portugal poucas crianças e a pirâmide etária está invertida. Vamos contribuir para a descida do número de nascimentos? E se todas as crianças que nascem forem desejadas como é que vão haver miúdos maltratados? e como é que os filhos amados vão saber que são os preferidos dos pais se não há os irmãos indesejados? E o jornal 24 Horas? Como é que vai ficar este jornal, sem as notícias de fetos abandonados nos caixotes e sem haver crianças espancadas?
Para reflectirem:
Apostos que muitos de vós nunca tinham pensado no problema nestas perspectivas tão particulares . Assim quando forem votar, sei que o farão em consciência. Votar num referendo é mais do que um direito, é uma obrigação. O Referendo é a manifestação máxima da democracia. E é um dever também deste blog ajudar-vos a reflectir. Votem bem. Eu, infelizmente, vou estar de férias e não vou votar.
Xixi
Não posso deixar de escrever sobre isto. Já são tantas as vezes que assisto ao mesmo espectáculo, que começo a não ter outra alternativa senão relatá-lo. E não pensem que ando a contabilizar as vezes em que me deparo com o esguicho, em forma de arco, no fim de concertos ou jogos de futebol. Não. São as situações mais corriqueiras: em plena luz do dia ou do candeeiro na noite, o pessoal a fazer “xixi” na via pública. Todos sabemos que a anatomia masculina é muito propensa a isto, pois não é preciso muita destreza de mãos para o alívio rápido. Mas ainda a semana passada ia para o jardim passear o cão e vejo um senhor com muito mais de 70 anos a mijar para o chão, mesmo ao pé de uma igreja. Nem sequer estava a fazê-lo contra a parede, de costas, mas sim para o meio da relva. Com aquela idade já não dá para ver grande coisa, é certo, mas ao menos um pouco de decoro. Não me venham com a história de que é para regar as plantas, porque com a chuva que tem caído, água é coisa que não falta. E não se tratando de um sem-abrigo, também não me convence a corrente “naturalista” que para aí anda. Escuso de dizer que o meu cão ficou, além de perplexo, baralhado. Outra vez, com o carro parado num semáforo, olho para o lado e vejo um homem ao lado da sua carrinha de caixa aberta, a desapertar a calça e a alçar o dito cujo, esvaziando a bexiga sem qualquer tipo de pudor. Por pouco que não me lavava o carro. E aquele que o fez em plena linha do Metro? E etcétera e tal... O que é que se passa?
- Incontinência masculina generalizada?
- Dieta de líquidos?
- São trabalhadores da Câmara?
- Aquilo é desinfectante de ruas?
- Desejo de impressionar o mulherio?
- Reminiscências de quando eram animais?
- Marcação de território?
- É para não ter que fechar a tampa da retrete?
- É tudo pessoal de Bruxelas?
Alguém?
- Incontinência masculina generalizada?
- Dieta de líquidos?
- São trabalhadores da Câmara?
- Aquilo é desinfectante de ruas?
- Desejo de impressionar o mulherio?
- Reminiscências de quando eram animais?
- Marcação de território?
- É para não ter que fechar a tampa da retrete?
- É tudo pessoal de Bruxelas?
Alguém?
segunda-feira, janeiro 22, 2007
Enormes Portugueses
Na lista divulgada pela RTP relativa aos 100 grandes portugueses, não pude deixar de reparar nesses monstros consagrados que são os números 58 e 79 da contagem. Não sei se os leitores os conhecem mas representam dois grandes vultos da História nacional: MARIA DO CARMO SEABRA, que durante 7 meses foi Ministra da Educação do Governo de Santana Lopes; e HÉLIO PESTANA, um jovem actor que participa em várias novelas, dobrou um desenho animado (o carro de corridas Chick Hicks, do filme de animação da Disney/Pixar – “Carros”) e venceu a 2.ª eliminatória da 2.ª edição de “Dança Comigo”.
O blog É a Vida descobriu outros nomes da nacionalidade que, apesar de bem colocados, foram eliminados sem pejo nem brilho.
Emanuel.
Por ter criado um novo paradigma na música em Portugal que não tem gajas a gemer de tristeza e melancolia. Pelo contrário, por ter conseguido levar portugueses a cantar refrões como “E se eles querem um abraço ou um beijinho, nós pimba!” e daí ter criado um novo género de musicalidade: a que nos fica no ouvido e não sai nem com uma endoscopia auditiva feita com ferros em brasa.
Marco Borges
O grande Marco que deixou a sua marca na televisão portuguesa ao ter pontapeado uma concorrente na versão portuguesa do Big Brother. Portugal bate recordes de audiência e entra no grupo restrito de países do planeta em que é possível distribuir fruta em directo sem ter sido eleito deputado para a Assembleia de Taiwan.
Luis Miguel Militão
Um enorme português que prova que a inteligência portuguesa não tem limites ou fronteiras. Que podemos ser dos mais estúpidos da Europa mas quando saímos deste continente, somos a cabeça do pelotão da frente da estupidez planetária. Conseguir convencer dois comparsas a matar três conterrâneos seus só para lhes sacar uns mísersos escudos, enterrá-los no chão do bar que possuia e fugir para o Nordeste brasileiro constituiem momentos inigualáveis na história da criminalidade portuguesa fora de portas. Por ter levado o nome de Portugal para a galáxia da idiotice humana, Militão só por si merecia um concurso à parte.
Miguel Vasconcelos
Secretário de Estado da duquesa de Mântua, vice-rainha de Portugal, em dependência do rei de Espanha, colaboracionista da dominação filipina, Miguel Vasconcelos foi sem dúvida o primeiro merdas do país. Mas também o responsável por introduzir a palavra “bungee-jumping” no vocabulário nacional pois é considerado pioneiro em Portugal nesta arte de ser atirado vivo pela janela fora.
Pina Moura
Pela sua fantástica visão egocêntrica do mundo, de como um homem deve ser servo das suas ambições nem que para isso tenha de vender a mãe. Pertenceu ao PCP mas achou que no PS é que se estava bem. Ocupou o cargo de Ministro da Economia do Eng. Guterres e fica na História como alguém que esteve lá. Mais tarde, acabou por acumular o cargo de deputado do PS com a Presidência da filial portuguesa do grupo energético espanhol Iberdrola. E foi nessas funções que decidiu processar o Estado Português do qual ele faz parte e representa. Pina Moura, pela sua coerência, merece ser listado como um enorme português.
O blog É a Vida descobriu outros nomes da nacionalidade que, apesar de bem colocados, foram eliminados sem pejo nem brilho.
Emanuel.
Por ter criado um novo paradigma na música em Portugal que não tem gajas a gemer de tristeza e melancolia. Pelo contrário, por ter conseguido levar portugueses a cantar refrões como “E se eles querem um abraço ou um beijinho, nós pimba!” e daí ter criado um novo género de musicalidade: a que nos fica no ouvido e não sai nem com uma endoscopia auditiva feita com ferros em brasa.
Marco Borges
O grande Marco que deixou a sua marca na televisão portuguesa ao ter pontapeado uma concorrente na versão portuguesa do Big Brother. Portugal bate recordes de audiência e entra no grupo restrito de países do planeta em que é possível distribuir fruta em directo sem ter sido eleito deputado para a Assembleia de Taiwan.
Luis Miguel Militão
Um enorme português que prova que a inteligência portuguesa não tem limites ou fronteiras. Que podemos ser dos mais estúpidos da Europa mas quando saímos deste continente, somos a cabeça do pelotão da frente da estupidez planetária. Conseguir convencer dois comparsas a matar três conterrâneos seus só para lhes sacar uns mísersos escudos, enterrá-los no chão do bar que possuia e fugir para o Nordeste brasileiro constituiem momentos inigualáveis na história da criminalidade portuguesa fora de portas. Por ter levado o nome de Portugal para a galáxia da idiotice humana, Militão só por si merecia um concurso à parte.
Miguel Vasconcelos
Secretário de Estado da duquesa de Mântua, vice-rainha de Portugal, em dependência do rei de Espanha, colaboracionista da dominação filipina, Miguel Vasconcelos foi sem dúvida o primeiro merdas do país. Mas também o responsável por introduzir a palavra “bungee-jumping” no vocabulário nacional pois é considerado pioneiro em Portugal nesta arte de ser atirado vivo pela janela fora.
Pina Moura
Pela sua fantástica visão egocêntrica do mundo, de como um homem deve ser servo das suas ambições nem que para isso tenha de vender a mãe. Pertenceu ao PCP mas achou que no PS é que se estava bem. Ocupou o cargo de Ministro da Economia do Eng. Guterres e fica na História como alguém que esteve lá. Mais tarde, acabou por acumular o cargo de deputado do PS com a Presidência da filial portuguesa do grupo energético espanhol Iberdrola. E foi nessas funções que decidiu processar o Estado Português do qual ele faz parte e representa. Pina Moura, pela sua coerência, merece ser listado como um enorme português.
quarta-feira, janeiro 17, 2007
Prémios “3 Galheteiros”
Depois do concurso gastronómico que colocou “Lisboa à Prova” e que estipulou os 11 melhores restaurantes de Lisboa com o galardão “3 garfos”, o blog É a vida decide premiar os 3 melhores tascos de Portugal com o prémio “3 galheteiros”, um concurso que assenta arraiais em apenas dois critérios de excelência: todos os estabelecimentos devem ter vinho da casa em jarro e, apesar de o indicarem, não deixam ninguém ver o Livro de Reclamações.
O concurso, terminado há poucos minutos, galardou os seguintes tascos:
1. “ O Rei dos Cozidos”, Damaia
Este estabelecimento de primeira categoria tem um atendimento simpático, com empregados poliglotas (falam criolo, alguns termos ingleses como “Bro!”, “Yo man!” e “Shit Mother Fucker vem aí os casacas” o que evidencia que também arranham o português). O restaurante reserva ainda um espaço próprio para guardar armamento pessoal.
A especialidade da casa, tal como o nome indica, é “Jaquinzinhos Fritos com Arroz de Grelos”. O nome do estabelecimento vem, garante o proprietário, da quantidade de pessoal que sai com a tromba cozida de tanto levar nas fuças quando se queixa de alguma coisa. Na ementa, recomendamos também a filha do proprietário que é um pitéu.
2. “Calor da Noite”, Porto
Longe vão os tempos em que o “Diamante Negro” dominava as noites a norte. O testemunho foi passado a este estabelecimento que possui uma das ementas mais completas do país. Rica em sabores internacionais, na cozinha deste bar predominam pratos do eixo Brasil-Europa de Leste. O jurí ficou sensibilizado com a “Trombada de Carolina”, um prato que deixou alguns elementos do juri boquiabertos. “O Varão de Carnes” é um buffet, de espírito self-service, também muito apreciado pelos presentes. Destaque especial para as bebidas com nota muito positiva para o champagne. As empregadas são uma simpatia e com algum jeitinho há espaço para um desconto, especialmente para grupos, jogadores da bola e dirigentes desportivos.
3. “Zeca da Rotunda”, Pintéus (com sucursal em Loures)
Talvez a grande surpresa. Uma moqueca capibaxa de fazer lembrar a savana africana, num misto de cores, sabores intensos e sopa. Segundo o proprietário, o segredo para um sabor tão característico reside apenas no facto de ele mexer tudo com a unha do dedo mindinho do pé. Sempre alcoolizado, o proprietário emana muita alegria para além de uma simpatia desmedida e um hálito profundo a cáries, por todo o espaço. De realçar o brilhante conceito de “Food Post-it”, um sistema que consiste numa deficiente exaustão de fumos e que permite fixar os odores de refogado à roupa durante horas fazendo “recordar-nos” o que comemos nesse dia.
O concurso, terminado há poucos minutos, galardou os seguintes tascos:
1. “ O Rei dos Cozidos”, Damaia
Este estabelecimento de primeira categoria tem um atendimento simpático, com empregados poliglotas (falam criolo, alguns termos ingleses como “Bro!”, “Yo man!” e “Shit Mother Fucker vem aí os casacas” o que evidencia que também arranham o português). O restaurante reserva ainda um espaço próprio para guardar armamento pessoal.
A especialidade da casa, tal como o nome indica, é “Jaquinzinhos Fritos com Arroz de Grelos”. O nome do estabelecimento vem, garante o proprietário, da quantidade de pessoal que sai com a tromba cozida de tanto levar nas fuças quando se queixa de alguma coisa. Na ementa, recomendamos também a filha do proprietário que é um pitéu.
2. “Calor da Noite”, Porto
Longe vão os tempos em que o “Diamante Negro” dominava as noites a norte. O testemunho foi passado a este estabelecimento que possui uma das ementas mais completas do país. Rica em sabores internacionais, na cozinha deste bar predominam pratos do eixo Brasil-Europa de Leste. O jurí ficou sensibilizado com a “Trombada de Carolina”, um prato que deixou alguns elementos do juri boquiabertos. “O Varão de Carnes” é um buffet, de espírito self-service, também muito apreciado pelos presentes. Destaque especial para as bebidas com nota muito positiva para o champagne. As empregadas são uma simpatia e com algum jeitinho há espaço para um desconto, especialmente para grupos, jogadores da bola e dirigentes desportivos.
3. “Zeca da Rotunda”, Pintéus (com sucursal em Loures)
Talvez a grande surpresa. Uma moqueca capibaxa de fazer lembrar a savana africana, num misto de cores, sabores intensos e sopa. Segundo o proprietário, o segredo para um sabor tão característico reside apenas no facto de ele mexer tudo com a unha do dedo mindinho do pé. Sempre alcoolizado, o proprietário emana muita alegria para além de uma simpatia desmedida e um hálito profundo a cáries, por todo o espaço. De realçar o brilhante conceito de “Food Post-it”, um sistema que consiste numa deficiente exaustão de fumos e que permite fixar os odores de refogado à roupa durante horas fazendo “recordar-nos” o que comemos nesse dia.
terça-feira, janeiro 16, 2007
Consola da Morte
Eu confesso que sou um moderado jogador de consolas. Tão moderado que já fiquei dias sem poder jogar tais eram as fortes dores nos polegares, com bolhas, luxações e escoriações que a prática de tal desporto indoor provoca. Tirando isso não me ocorre mais nenhum problema resultante da prática do jogatanço. Mas a próxima notícia fez-me reflectir na violência que uma consola de jogos pode provocar. Nos EUA, uma mulher morreu quando tentava ganhar uma Wii, da Nintendo num concurso de rádio. Diz a notícia que a “promoção da rádio KDND, nos EUA, tinha como objectivo premiar o concorrente que conseguisse beber mais água sem ir à casa-de-banho, bebendo, a cada quinze minutos, garrafas de aproximadamente 225 mililitros. Após ter participado sem êxito na competição, Jennifer Strange sentiu fortíssimas dores de cabeça e acabou por morrer. Exames preliminares apontam para hiper-hidratação, que dificulta o transporte de oxigénio pela corrente sanguínea devido ao excesso de água”.
Eu por mim, já aprendi com a lição. Decidi fazer pausas entre cada 4 horas de jogo não vá eu morrer afogado na minha própria urina.
Eu por mim, já aprendi com a lição. Decidi fazer pausas entre cada 4 horas de jogo não vá eu morrer afogado na minha própria urina.
quarta-feira, janeiro 10, 2007
2007 d.C.
Um novo ano começa e é preciso abrir a mente aos nossos fiéis leitores. Espero bem que sejam fiéis apenas no que toca a seguir atentamente o nosso blog porque se o forem religiosamente falando, então meus irmãos, não vão gostar do que aí vem. E digo-vos que não é mais um Messias.
Mas achei que, finda a quadra natalícia, era meu dever cristão abanar as convicções de alguns resistentes para quem o Natal não significa apenas comprar inutilidades e comer filhoses ou bolo-rei, mas sim algo de fé. Assim, este post pode abalar aqueles que acharam o Código da Vinci uma obra do Demo (que ao ser lida de trás para a frente encerra os mais perversos cânticos satânicos) e que esconjuraram para sempre o Dan Brown. E atenção que pode também causar náuseas profundas às beatas que vão todos os dias à missa para rezar efectivamente em vez de lá irem para partilhar os últimos boatos do bairro (nota do autor: a palavra “beata” deriva do latim “beatium” que é também “boato”). Isto é um aviso.
Tive acesso a um artigo de investigação que, resumidamente, afirma que a existência de Jesus, sendo verdadeira, está muito exagerada. Um verdadeiro case-study de Marketing. Eis alguns mitos:
1- Afinal, Jesus não nasceu em Belém mas sim em Nazaré (não é a de Portugal. Mito, mas nem tanto!...)
2- Os Reis Magos nunca existiram nem sequer a “matança” de Herodes (foram tudo desculpas para se fazerem uns filmes de sucesso e para a criação da Lotaria dos Reis)
3- No dia 25 de Dezembro do ano zero, Jesus já teria 4 anos. Que irónico: Jesus nasceu a 4 a.C, ou seja, 4 anos antes dele próprio. Então andamos a festejar o quê? Mais uma invenção dos comerciantes (mas calha bem porque andar a comer esta comida toda no Verão seria muito pesado)
4- Não se sabe a data de nascimento de Jesus (por estas e por outras é que é melhor andar sempre de BI. Injustamente, andamos a pensar que ele é Capricórnio, quando poderia ser muito bem Leão, o que muda bastante as coisas)
5- Nasceu numa casa muito pobre de camponeses. A cena do estábulo e das palhinhas não existiu (mas entre uma e outra, venha o Diabo e escolha)
6- Provavelmente, ele era camponês como José não era carpinteiro (claramente houve aqui um engano, o Gepeto é que era)
7- O seu aspecto era o de um árabe moderno e não louro de olhos azuis (o que me leva a dizer que hoje não passaria facilmente nas alfândegas dos aeroportos)
8- Não era filho único. Naquela altura era habitual ter muitos filhos para ajudarem nas culturas (e todo o santo dia lá iam para o campo)
9- Era analfabeto, pois só uma minoria que trabalhava para os governantes sabia ler (só por milagre é que ele seria tão erudito como se julga)
10- A sua crucificação passou praticamente despercebida, a não ser por um pequeno grupo de familiares e de amigos chamados Monty Python.
Mas achei que, finda a quadra natalícia, era meu dever cristão abanar as convicções de alguns resistentes para quem o Natal não significa apenas comprar inutilidades e comer filhoses ou bolo-rei, mas sim algo de fé. Assim, este post pode abalar aqueles que acharam o Código da Vinci uma obra do Demo (que ao ser lida de trás para a frente encerra os mais perversos cânticos satânicos) e que esconjuraram para sempre o Dan Brown. E atenção que pode também causar náuseas profundas às beatas que vão todos os dias à missa para rezar efectivamente em vez de lá irem para partilhar os últimos boatos do bairro (nota do autor: a palavra “beata” deriva do latim “beatium” que é também “boato”). Isto é um aviso.
Tive acesso a um artigo de investigação que, resumidamente, afirma que a existência de Jesus, sendo verdadeira, está muito exagerada. Um verdadeiro case-study de Marketing. Eis alguns mitos:
1- Afinal, Jesus não nasceu em Belém mas sim em Nazaré (não é a de Portugal. Mito, mas nem tanto!...)
2- Os Reis Magos nunca existiram nem sequer a “matança” de Herodes (foram tudo desculpas para se fazerem uns filmes de sucesso e para a criação da Lotaria dos Reis)
3- No dia 25 de Dezembro do ano zero, Jesus já teria 4 anos. Que irónico: Jesus nasceu a 4 a.C, ou seja, 4 anos antes dele próprio. Então andamos a festejar o quê? Mais uma invenção dos comerciantes (mas calha bem porque andar a comer esta comida toda no Verão seria muito pesado)
4- Não se sabe a data de nascimento de Jesus (por estas e por outras é que é melhor andar sempre de BI. Injustamente, andamos a pensar que ele é Capricórnio, quando poderia ser muito bem Leão, o que muda bastante as coisas)
5- Nasceu numa casa muito pobre de camponeses. A cena do estábulo e das palhinhas não existiu (mas entre uma e outra, venha o Diabo e escolha)
6- Provavelmente, ele era camponês como José não era carpinteiro (claramente houve aqui um engano, o Gepeto é que era)
7- O seu aspecto era o de um árabe moderno e não louro de olhos azuis (o que me leva a dizer que hoje não passaria facilmente nas alfândegas dos aeroportos)
8- Não era filho único. Naquela altura era habitual ter muitos filhos para ajudarem nas culturas (e todo o santo dia lá iam para o campo)
9- Era analfabeto, pois só uma minoria que trabalhava para os governantes sabia ler (só por milagre é que ele seria tão erudito como se julga)
10- A sua crucificação passou praticamente despercebida, a não ser por um pequeno grupo de familiares e de amigos chamados Monty Python.
terça-feira, janeiro 09, 2007
Pergunta ao Steve Jobs da Apple
Depois do lançamento do iPhone que sentido faz continuar a vender iPod?
segunda-feira, janeiro 08, 2007
Lisboa-Dakar
Acidentes em cadeia, filas de 34 quilómetros na auto-estrada, milhares de automóveis estacionados ao longo de dezenas de quilómetros de área protegida, 600 mil pessoas que se levantam de madrugada para verem carros com autocolantes de corrida, gente que leva tendas, garrafões de morangueiro, coratos, sandes de presunto e pastéis de bacalhau só para ver os jipes passar. Está explicado porque é que a Organização escolheu mais uma vez o nosso país para o arranque do certame: parece que África começa em Portugal!
domingo, janeiro 07, 2007
Dúvida
Depois de vários rapazolas do mundo inteiro terem replicado a execução de Saddam após terem visto o video, será que as raparigas vão fazer o mesmo quando sair o video da Elsa Raposo?
O Gralhas* morreu. Viva o Gralhas*.
Todos os dias nascem e morrem blogs. O Gralhas*, um projecto que pretendia ser um blog alternativo à Playstation, acaba de sucumbir depois do Fisco ter detectado irregularidades na transferência a custo zero de Kinder para outro blog. Há quem fale em fraude mas estamos todos de acordo quando dizemos que aquilo era caso para burla agravada. Um grande abraço para o Cão Vadio e Bjorn Borges.
terça-feira, janeiro 02, 2007
Redução e contenção sim? Não.
Estamos em crise, dizem. Mas não parece a ver pelo que aconteceu no Natal. Demonstrando uma estupidez sem limites os portugueses responderam à crise, consumindo mais e mais.
Ou, podem vocês dizer, que numa corajosa resposta à crise, tentando dinamizar a economia, responderam consumindo como nunca (sim, foram gastos mais 11 milhões por dia do que em igual período do ano passado, o que se gastou dava para fazer o novo aeroporto e blá, blá, blá).
Eu não alinho nestas merdas. Nada disso. Eu resolvi apertar o cinto: resolvi reduzir nas prendas e ter mais dinheiro para gastar com quem mais gosto: eu mesmo. Ou seja, menos quantidade e mais qualidade (comprei um GPS – já me sentia estúpido sem um – teve que ser. Todos os portugueses têm um, para irem do ponto A ao B sem se perderem, mesmo se já sabiam ir do A ao B de olhos fechados).
Agora que o Natal passou, e o velhinho das barbas voltou para a Lapónia e começou a preparar 2007 e a fazer o stock de Coca-Cola, são horas de fazer as contas.
Peguei na minha lista do ano passado e começei a comparar com a deste ano.
Logo à cabeça venho eu. Já vinha o ano passado e como é lógico, este ano aumentei o valor da minha prenda (menos quantidade, mais qualidade, lembram-se).
Os filhos – a esses tive que dar e como estão mais velhos, aumentei também o plafond dos presentes. Mas foi só com eles.
A namorada – claro que dei. E coitadinha, como há inflação, inflacionei também o valor da prenda dela. Mas foi só a dela e as dos meus filhos.
Aqueles dois amigos especiais – porra, esses dão-me sempre qualquer coisa, não dá para não comprar. Ainda tenho que ir ao Colombo às sobras do Natal comprar-lhes qualquer coisa. Vou acrescentar à lista.
A subalterna do trabalho – teve que ser. Ela dá-me tantas alegrias.
O irmão e as 4 irmãs - Este ano não lhes dei nada. Em vez disso, dei aos sobrinhos. Deixa cá ver: 4+2+1+4+1. Foram então 12 sobrinhos, contra 5 irmãos. Acho que aqui fiz mau negócio.
Os sogros – teve que ser, mas foi a meias com a namorada. O pior é que ela lhes quis dar um ecrán LCD. Mas foi só praticamente com os sogros, filhos e namorada (e comigo) que gastei mais.
Aquele casal de velhinhos que tratou de mim em pequeno e que no ano passado não dei nada - dei-lhes só uma lembrança.
Parece que a coisa não correu assim tão bem. Adiante.
Os meus ex-colegas – cortei a eito, nos ex-colegas. Uma razia. Mas não deu para cortar todos. Tive que dar pelo menos aos ex-colegas com os quais estabeleci uma fortíssima relação de amizade. Quando for ao Colombo, aproveito e compro qualquer coisa – não mais de 5, vá lá, 6 euros por cabeça e só para os 5 que são mesmo, mesmo amigos e para uma que não sendo tão amiga é porreira e é amiga dos amigos.
Os amigos de infância – Estes cortei. Não lhes dei nada. Menos o amigo especial. Foi só um presente para ele para a mulher dele que é uma querida. Mas como dei a este, é chato não dar aos outros. Ok. Mais 3 prendinhas, uma coisa pequena. Compro também no Colombo, ainda vou a tempo. Para todos, não vou gastar mais de 100 euros, vá lá, 120.
Os actuais colegas de trabalho – Foi só uma coisinha da loja do chinês e a empresa é pequena, foram só 8 pesssoas. Por 60 euros fiz a festa e valeu a pena ver a cara deles quando lhes ofereci aquelas merdas.
Os colegas do blog – porra, estes não deu para cortar. São só dois.
A minha madrinha – felizmente morreu este ano, não lhe dei nada, mas dei aos dois flhos dela.
O meu cão – Dei-lhe só um osso e uma bola de borracha.
O cão da vizinha que é amigo do nosso e que dá sempre um presente (os donos do cão, mais concretamente) – só lhe dei uma caixinha de biscoitos e dei uma lembrança aos donos.
A mulher a dias – só uma caixa de bombons. E coitadinha, um brinquedito para a filha e uma camisolinha para o filho.
Os tios – quase que me criaram, teve que ser.
As tias muito, muito velhinhas – também dei, pode ser que seja a última vez.
Tu que estás a ler isto – não te dei nada. Aqui poupei.
Feitas as contas, comprei mais prendas do que o ano passado e gastei mais. Perante esta evidência, sinto que o turbilhão compulsivo do consumo me pegou, me arrastou qual fantoche pelos centros comerciais, onde a única vontade que tinha era a do American Express. Isto tem que acabar. Fui mais um dos Portugueses que estupidamente gastou mais, mais e mais. E isto, apesar de ser pobre em oiro, mas rico, rico em sonhos.
Para o ano é que vai ser. Para começar, apago a data do calendário para ver se a esqueço. E depois vou marcar uma viagem para essa altura, de preferência para um país Muçulmano: se não os podes vencer, foge.
Ou, podem vocês dizer, que numa corajosa resposta à crise, tentando dinamizar a economia, responderam consumindo como nunca (sim, foram gastos mais 11 milhões por dia do que em igual período do ano passado, o que se gastou dava para fazer o novo aeroporto e blá, blá, blá).
Eu não alinho nestas merdas. Nada disso. Eu resolvi apertar o cinto: resolvi reduzir nas prendas e ter mais dinheiro para gastar com quem mais gosto: eu mesmo. Ou seja, menos quantidade e mais qualidade (comprei um GPS – já me sentia estúpido sem um – teve que ser. Todos os portugueses têm um, para irem do ponto A ao B sem se perderem, mesmo se já sabiam ir do A ao B de olhos fechados).
Agora que o Natal passou, e o velhinho das barbas voltou para a Lapónia e começou a preparar 2007 e a fazer o stock de Coca-Cola, são horas de fazer as contas.
Peguei na minha lista do ano passado e começei a comparar com a deste ano.
Logo à cabeça venho eu. Já vinha o ano passado e como é lógico, este ano aumentei o valor da minha prenda (menos quantidade, mais qualidade, lembram-se).
Os filhos – a esses tive que dar e como estão mais velhos, aumentei também o plafond dos presentes. Mas foi só com eles.
A namorada – claro que dei. E coitadinha, como há inflação, inflacionei também o valor da prenda dela. Mas foi só a dela e as dos meus filhos.
Aqueles dois amigos especiais – porra, esses dão-me sempre qualquer coisa, não dá para não comprar. Ainda tenho que ir ao Colombo às sobras do Natal comprar-lhes qualquer coisa. Vou acrescentar à lista.
A subalterna do trabalho – teve que ser. Ela dá-me tantas alegrias.
O irmão e as 4 irmãs - Este ano não lhes dei nada. Em vez disso, dei aos sobrinhos. Deixa cá ver: 4+2+1+4+1. Foram então 12 sobrinhos, contra 5 irmãos. Acho que aqui fiz mau negócio.
Os sogros – teve que ser, mas foi a meias com a namorada. O pior é que ela lhes quis dar um ecrán LCD. Mas foi só praticamente com os sogros, filhos e namorada (e comigo) que gastei mais.
Aquele casal de velhinhos que tratou de mim em pequeno e que no ano passado não dei nada - dei-lhes só uma lembrança.
Parece que a coisa não correu assim tão bem. Adiante.
Os meus ex-colegas – cortei a eito, nos ex-colegas. Uma razia. Mas não deu para cortar todos. Tive que dar pelo menos aos ex-colegas com os quais estabeleci uma fortíssima relação de amizade. Quando for ao Colombo, aproveito e compro qualquer coisa – não mais de 5, vá lá, 6 euros por cabeça e só para os 5 que são mesmo, mesmo amigos e para uma que não sendo tão amiga é porreira e é amiga dos amigos.
Os amigos de infância – Estes cortei. Não lhes dei nada. Menos o amigo especial. Foi só um presente para ele para a mulher dele que é uma querida. Mas como dei a este, é chato não dar aos outros. Ok. Mais 3 prendinhas, uma coisa pequena. Compro também no Colombo, ainda vou a tempo. Para todos, não vou gastar mais de 100 euros, vá lá, 120.
Os actuais colegas de trabalho – Foi só uma coisinha da loja do chinês e a empresa é pequena, foram só 8 pesssoas. Por 60 euros fiz a festa e valeu a pena ver a cara deles quando lhes ofereci aquelas merdas.
Os colegas do blog – porra, estes não deu para cortar. São só dois.
A minha madrinha – felizmente morreu este ano, não lhe dei nada, mas dei aos dois flhos dela.
O meu cão – Dei-lhe só um osso e uma bola de borracha.
O cão da vizinha que é amigo do nosso e que dá sempre um presente (os donos do cão, mais concretamente) – só lhe dei uma caixinha de biscoitos e dei uma lembrança aos donos.
A mulher a dias – só uma caixa de bombons. E coitadinha, um brinquedito para a filha e uma camisolinha para o filho.
Os tios – quase que me criaram, teve que ser.
As tias muito, muito velhinhas – também dei, pode ser que seja a última vez.
Tu que estás a ler isto – não te dei nada. Aqui poupei.
Feitas as contas, comprei mais prendas do que o ano passado e gastei mais. Perante esta evidência, sinto que o turbilhão compulsivo do consumo me pegou, me arrastou qual fantoche pelos centros comerciais, onde a única vontade que tinha era a do American Express. Isto tem que acabar. Fui mais um dos Portugueses que estupidamente gastou mais, mais e mais. E isto, apesar de ser pobre em oiro, mas rico, rico em sonhos.
Para o ano é que vai ser. Para começar, apago a data do calendário para ver se a esqueço. E depois vou marcar uma viagem para essa altura, de preferência para um país Muçulmano: se não os podes vencer, foge.
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