quarta-feira, janeiro 17, 2007

Prémios “3 Galheteiros”

Depois do concurso gastronómico que colocou “Lisboa à Prova” e que estipulou os 11 melhores restaurantes de Lisboa com o galardão “3 garfos”, o blog É a vida decide premiar os 3 melhores tascos de Portugal com o prémio “3 galheteiros”, um concurso que assenta arraiais em apenas dois critérios de excelência: todos os estabelecimentos devem ter vinho da casa em jarro e, apesar de o indicarem, não deixam ninguém ver o Livro de Reclamações.

O concurso, terminado há poucos minutos, galardou os seguintes tascos:

1. “ O Rei dos Cozidos”, Damaia
Este estabelecimento de primeira categoria tem um atendimento simpático, com empregados poliglotas (falam criolo, alguns termos ingleses como “Bro!”, “Yo man!” e “Shit Mother Fucker vem aí os casacas” o que evidencia que também arranham o português). O restaurante reserva ainda um espaço próprio para guardar armamento pessoal.
A especialidade da casa, tal como o nome indica, é “Jaquinzinhos Fritos com Arroz de Grelos”. O nome do estabelecimento vem, garante o proprietário, da quantidade de pessoal que sai com a tromba cozida de tanto levar nas fuças quando se queixa de alguma coisa. Na ementa, recomendamos também a filha do proprietário que é um pitéu.

2. “Calor da Noite”, Porto
Longe vão os tempos em que o “Diamante Negro” dominava as noites a norte. O testemunho foi passado a este estabelecimento que possui uma das ementas mais completas do país. Rica em sabores internacionais, na cozinha deste bar predominam pratos do eixo Brasil-Europa de Leste. O jurí ficou sensibilizado com a “Trombada de Carolina”, um prato que deixou alguns elementos do juri boquiabertos. “O Varão de Carnes” é um buffet, de espírito self-service, também muito apreciado pelos presentes. Destaque especial para as bebidas com nota muito positiva para o champagne. As empregadas são uma simpatia e com algum jeitinho há espaço para um desconto, especialmente para grupos, jogadores da bola e dirigentes desportivos.

3. “Zeca da Rotunda”, Pintéus (com sucursal em Loures)
Talvez a grande surpresa. Uma moqueca capibaxa de fazer lembrar a savana africana, num misto de cores, sabores intensos e sopa. Segundo o proprietário, o segredo para um sabor tão característico reside apenas no facto de ele mexer tudo com a unha do dedo mindinho do pé. Sempre alcoolizado, o proprietário emana muita alegria para além de uma simpatia desmedida e um hálito profundo a cáries, por todo o espaço. De realçar o brilhante conceito de “Food Post-it”, um sistema que consiste numa deficiente exaustão de fumos e que permite fixar os odores de refogado à roupa durante horas fazendo “recordar-nos” o que comemos nesse dia.

1 comentário:

Carla Ferreira de Castro disse...

Então e o David da Buraca, cuja quantidade por dose é duficiente para aumentar uma família ocidental numerosa durante vários dias?! Vou impugnar o resultado!