quarta-feira, janeiro 10, 2007

2007 d.C.

Um novo ano começa e é preciso abrir a mente aos nossos fiéis leitores. Espero bem que sejam fiéis apenas no que toca a seguir atentamente o nosso blog porque se o forem religiosamente falando, então meus irmãos, não vão gostar do que aí vem. E digo-vos que não é mais um Messias.

Mas achei que, finda a quadra natalícia, era meu dever cristão abanar as convicções de alguns resistentes para quem o Natal não significa apenas comprar inutilidades e comer filhoses ou bolo-rei, mas sim algo de fé. Assim, este post pode abalar aqueles que acharam o Código da Vinci uma obra do Demo (que ao ser lida de trás para a frente encerra os mais perversos cânticos satânicos) e que esconjuraram para sempre o Dan Brown. E atenção que pode também causar náuseas profundas às beatas que vão todos os dias à missa para rezar efectivamente em vez de lá irem para partilhar os últimos boatos do bairro (nota do autor: a palavra “beata” deriva do latim “beatium” que é também “boato”). Isto é um aviso.

Tive acesso a um artigo de investigação que, resumidamente, afirma que a existência de Jesus, sendo verdadeira, está muito exagerada. Um verdadeiro case-study de Marketing. Eis alguns mitos:
1- Afinal, Jesus não nasceu em Belém mas sim em Nazaré (não é a de Portugal. Mito, mas nem tanto!...)
2- Os Reis Magos nunca existiram nem sequer a “matança” de Herodes (foram tudo desculpas para se fazerem uns filmes de sucesso e para a criação da Lotaria dos Reis)
3- No dia 25 de Dezembro do ano zero, Jesus já teria 4 anos. Que irónico: Jesus nasceu a 4 a.C, ou seja, 4 anos antes dele próprio. Então andamos a festejar o quê? Mais uma invenção dos comerciantes (mas calha bem porque andar a comer esta comida toda no Verão seria muito pesado)
4- Não se sabe a data de nascimento de Jesus (por estas e por outras é que é melhor andar sempre de BI. Injustamente, andamos a pensar que ele é Capricórnio, quando poderia ser muito bem Leão, o que muda bastante as coisas)
5- Nasceu numa casa muito pobre de camponeses. A cena do estábulo e das palhinhas não existiu (mas entre uma e outra, venha o Diabo e escolha)
6- Provavelmente, ele era camponês como José não era carpinteiro (claramente houve aqui um engano, o Gepeto é que era)
7- O seu aspecto era o de um árabe moderno e não louro de olhos azuis (o que me leva a dizer que hoje não passaria facilmente nas alfândegas dos aeroportos)
8- Não era filho único. Naquela altura era habitual ter muitos filhos para ajudarem nas culturas (e todo o santo dia lá iam para o campo)
9- Era analfabeto, pois só uma minoria que trabalhava para os governantes sabia ler (só por milagre é que ele seria tão erudito como se julga)
10- A sua crucificação passou praticamente despercebida, a não ser por um pequeno grupo de familiares e de amigos chamados Monty Python.

10 comentários:

Kinder disse...

Eu não percebo esta coisa de dizerem mal da religião. Eu adoro religião. Eu sou muito religioso e não sou hipócrita como muitas pessoas que por aí pululam sempre a dizer mal de Deus e da religião. A meu ver a religião tem muitas coisas boas:
-Natal. Só a religião cristã tem um momento tão bonito como este em que te permite receber prendas num dia em que não é o do teu aniversário. E tudo porque existem Reis Magos.
-Feriados. Meu Deus, se não és religiosa porque é que fazes os feriados religiosos? Cá por mim, tudo o que fosse agnóstico devia ir trabalhar de consciência tranquila.
-Festas populares. É um frenesim de alegria à volta de um andor, de um padroeiro ou de um protector. Até as imperiais são ao preço da chuva, as sandes de presunto são uma benção e as moças divinais.

Reinu disse...

vê-se claramente por este tipo de post que sff não percebe nada de marketing e menos ainda de publicidade! sff deve ser um gestor de empresa daqules chatos com cursos de gestão e muitos mestrados. Só assim se compreende que não perceba que a vida de Jesus não interessa ao menino Jesus, e que a Religião católica num golpe de mk tenha criado o primeiro a marca "Jesus". Que interese teria para o mundo se dissessem : "nasceu na Nazaré um miúdo em data e ano desconhecido, filho de um camponês pobre, que passou a vida toda a cavar a terra e nem teve tempo para aprender a ler e a escrever, e que quando nasceu ninguém ligou nenhuma porque a mãe já tinha 4 ou 5 filhos. Este miúdo cresceu e tornou-se um arábe escuro e feio com um chapéu ridículo no cucuruto da cabeça e um dia ao andar na rua de um encontrão a um legionário e foi cruxificado com mais 100 pessoas. Nesse dia choveu muito e ninguém assistiu à cruxificação e o corpo do homem que devia por essa altura ter 33 ou 38 anos, desapareceu porque foi comido por abutres.Este homem vulgar é o nosso Salvador." Toda a gente diria: " é mas é o caraças". Menos claro, os Monty Phyton.
Se fosse a sff ia estudar mk, de preferência do social!

Anónimo disse...

E eu se fosse o Reinu ia estudar português...(crucificação com "x" é para dar mais simbolismo à palavra?)

Carla Ferreira de Castro disse...

Está historicamente provado que os Reis Magos eram quatro! Há católicos informados que gostam de ler os evangelhos apócrifos como o de Tomé, Felipe e Maria de Madalena. Sim, pois nem tudo é dogma na igreja... Imagina tu Sff que os católicos nem sequer têm de fazer cegamente o que o Papa diz até ser Dogma de Fé. Já estão todos a bocejar? É bem feita que é para não puxarem assuntos destes. A "Gnose" (palavra de matriz grega que significa conhecimento) recebeu um grande contributo da Igreja, passada a fase de seita clandestina, que instrumentalizou o conceito em benefício de um aprofundar dos saberes e da propagação da sua doutrina. Vá lá... Não durmam! O marketing só ganharia com os episódios bíblicos: Por exemplo, os defensores do Sim no referendo do aborto podem sempre argumentar: "Herodes defendia o aborto até aos dois anos, nós só queremos até às 10 semanas!"

Reinu disse...

alguém me traduza o que a cuga disse...é demais para a minha cabeça.

Reinu disse...

Mais uma vez se demonstra que o Mk não é o forte de sff. Claro que cruxificação com X ganha um impacto diferente. Agora "cucificação" - fraco.Ninguém imagina Jesus pendurado num C, mas sim num X.Ou até num +. Estive tentado a escrever "Cru+cificação", mas achei que era mt forte para vocês.
É como a palavra "bola" que tem um O intencionalmente. Fica muito mais forte bOla do que por exemplo: bila e é um reforço visual.
Quem percebe minimamente do assunto, compreende de imediato que a utilização de certas letras dão uma força muito maior às palavras.

Anónimo disse...

Ok, ok! Já percebi...Por exemplo, "Serpente" com um "S" faz todo o sentido. "Pente" com "E" também.

E "mamas" não devia antes ter "BB's"?

Sérgio Mak disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Sérgio Mak disse...

Apenas não me explicaram uma das grandes dúvidas que sempre tive e que nem a professora de catequese com quem tive uns encontros na sacristia (ai que saudades da Dona Ermelinda e das suas parabolas) me soube iluminar na matéria:

Porque é que insistem em chamar Jesus ao rapaz quando depois dizem que o gajo é o Salvador. Em que ficamos?

Carla Ferreira de Castro disse...

Mak não te esqueças de
Javé ou Jeová e de Emanuel!