sexta-feira, março 31, 2006

Guitar hero

Quem esteve, na noite de ontem, no concerto do John Butler Trio na Aula Magna acabou de ganhar um amigo. Não interessa se gostas de calções de lycra rosa, se gostas de coboiadas, de brincar aos saraus de ginástica ou de usar tutu. Também não interessa se és daqueles balofos que gostam de comer à grande e à tuga, daqueles que acham que os coratos, o chispe e a sandes de torresmos deviam constar como símbolos na bandeira do nosso país. Pouco importa se és daqueles que não faz um corno e queixa-se que isto não vai para a frente. Porque quem gosta de boa música, só pode ser boa pessoa. Tal como eu.

Que desgraça! Acabou a pátria alternativa!

Ser Espanhol. Está é a ambição secreta de muitos portugueses. Que é contrária à ambição secreta de muitos espanhóis, que não querem ser espanhóis.
Então e agora?
O que vão fazer esses tugas "aspanholados" que andavam com os touros (do vinho do Porto bem Português, Osborne), e os Sandeman (do também vinho do Porto) nas traseiras dos seus carros, a gritar aos sete ventos que um dia se fartavam disto e iam para Espanha (sem nunca irem): Que lá é que aquilo era, um nível de vida superior, numa nação evoluída, etc e tal.
E agora?
Vão para onde? Ou melhor, dizem que vão para onde?
Começou o fim. A Catalunha viu aprovada por maioria a possibilidade de ir a referendo a sua autonomia. E é já em Junho. Segue-se com certeza o País Basco.
E depois, talvez a Galiza. E talvez Aragão se queira ver livre de Castela. Quem sabe se de Espanha sobram as Astúrias com os Ursos , Navarra , e Castela na Espanha Norte. E depois para o Sul Temos a Espanha do Sul ou Espanha Mediterrânea com a Mancha do Quixote, a Estremadura e a Andaluzia com os bailarinos dos folhos.
E o rei? O rei nunca devia ter sido. Foi lá posto pelo Franco, após um simpático exílio lá para as bandas de Cascais, depois de (ter) morto o seu irmão mais velho (no tal “acidente” de caça). E se nunca devia ter sido, é natural que deixe de ser. Ou então fica o rei de Madrid.
E os Tugas que não gostam disto? O que vão querer ser agora? Marroquinos?


quarta-feira, março 29, 2006

Os vegetarianos vão gostar desta

O instituto que regula os medicamentos e alimentação nos EUA (a FDA) quer acabar com os insectos na comida. E não estamos a falar do insecto que por distracção foi lá parar. Referimo-nos aos insectos que, depois de transformados em pó, são utilizados directamente na confecção dos alimentos.

Você provavelmente não sabia mas anda a comer insectos. Principalmente uns escaravelhos vermelhos que são esborrachados e espremidos até ao tutano, ou seja, até ficarem em pó. Só que a indústria alimentar e farmacêutica dão-lhe o nome técnico de “Carmine”, uma substância avermelhada obtida directamente do corpo destes amigos.

O “Carmine” dá o tom vermelho nos gelados, leite de morango, delícias do mar, no licor Campari, em batons, bases, vernizes para unhas e outros produtos maquilhantes. Outra substância extraída dos insectos, o “Cochineal”, entra em doces, iogurtes e alguns sumos de fruta. É claro que não encontramos estas referências nas embalagens. Os produtores não arriscam em dizer que os seus produtos contêm “insectos”. Mas estão lá, sob a capa de “corantes” e “E120”. E se pensa que ao escolher produtos naturais está a salvo, pense duas vezes. Porque o "Carmine" é mesmo essencial nos produtos naturais. Querem mais natural que um bichinho retirado da natureza e espremido para dentro de um copo?

Não são só os vegetarianos que andam a ser ludibriados, já que continuam a lambuzar-se em “bichinhos”. O que me deixa realmente preocupado é desconhecer a origem de outras substâncias que consumimos diariamente. Há milhões de produtos com ingredientes cuja base de origem é camuflada por um nome técnico arranjado por um tipo qualquer de um laboratório só para despitar. Os dentríficos têm flour, os doces têm aspartame e os cremes têm parabenos. Espero que nenhuma destas substâncias seja sangue extraído de ratazanas espremidas em vinha-de-alhos.

Mais informações em http://www.newstarget.com/002043.html

terça-feira, março 28, 2006

Cantiga do Ovo no cu da galinha.

Vem aí mais um mundial. Desta feita na Alemanha. E os portugueses que andam tristonhos com a crise, com a vida e com a tristeza de estarem sempre tristes, levam mais uma vez com a gasolineira que se quer apoderar do orgulho nacional e fazer-nos ver que a longínqua vitória afinal esta bem perto, se todos nós fizermos força e quisermos.

É o orgulho em ser português, levado ao rubro pelo que de mais popularucho nós temos: o gosto e o jeito pelo futebol. À falta de vontade de trabalhar, chuta-se a bola. Pão, vinho e espectáculos de circo, já diziam os Romanos e esses eram malucos, já dizia o Gaulês. Melhor seria cantar: queremos mais, menos ais, menos ais, menos ais, vamos ser competitivos no mercado internacional, vamos ser melhores e não dizer mal, dar cartas em produção, enriquecer até mais não. Sermos mais educados, menos pobres, menos coitados. Queremos mais, queremos mais, mais tecnologia, menos demagogia, mais alegria, menos pobreza, fora com a tristeza.
Mas não: é o futebol.

E até, a que já foi a agência mais criativa cá da terrinha, se vergou à contradição para vender. À contradição de promover o orgulho nacional, com ícones que nada têm a ver connosco. O trem eléctrico com a malta a dançar em cima, a miúda (muito boa por sinal - será também polaca?) em bikini no descapotável, as cheerleaders a dançar em cima do carro tanque (esta é demais, é demais, é demais), a música quase imperceptível tipo rap, uns afro-lusitanos com os carros tuningzados, e para terminar, aquele hábito bem português (talvez dos emigrantes nos states) de mandar papelinhos quando passam os heróis, e as forças da autoridade prontas a marchar contra a populaça para conter os entusiasmos? Isso é em França. Não é aqui.
De português ficam os gordos barrigudos com as pinturas nas banhas e a bandeira nacional que eu nem sequer sabia que se podia usar para fazer publicidade.
Heróis de Berlim, vê-se numa tarja. Heróis queria eu ter no governo. E era a governar, não era a correr na meia maratona.

Talvez eu seja pessimista e ache que o futebol não é a razão mais importante para puxar por uma nação, e talvez eles façam muito bem em cantar de galo. O pior é se o ovo não saí e ficamos todos a cantar: mais ais, mais ais, perdemos mais, perdemos mais. E no dia a seguir voltamos para a desgraça do PIB, do Pac e da Taxa de Desemprego que teima em subir.
Não tenho nada contra o elevar o orgulho em ser português. Eu que sou baixo, elevo-o. Mas defender o orgulho em ser português, usando o que de mau há lá por fora? Tá mal. Não acreditam? Bebam um chopinho e vejam a galera a descer a rua com os batuques.

Abriu a época da caça

No Canadá, começou há dias a época da caça: às focas e aos tugas.

quinta-feira, março 23, 2006

À fuçanga

"Sacrifício" tem vários sinónimos. "abdominais", "bícepes", "trícepes" são apenas alguns. Comecei hoje os meus abomináveis dias de abdominais. Consegui partir duas máquinas, a fronha de um Personal Trainer e dois pesos de 10 quilos apenas com o polegar. Mas acho que é só amanhã que vou sentir o corpo dorido.

terça-feira, março 21, 2006

Ode ao dia

Ó nespereira, braços fortes são os teus
Raízes fundas criaste no meu coração
Em teus ramos dormem carícias, beijos e sonhos
O vento é testemunha da nossa paixão.

Ó nespereira, és a mais bela árvore da minha vida
Mas hoje vi-te ao fundo, abraçada a um carvalho
já me trocaste por um medronheiro e uma oliveira
Já não me és nada. Só e apenas, uma put...do cara....


Hoje celebram-se o Dia da Árvore e o Dia da Poesia.

segunda-feira, março 20, 2006

Al-Coboiada

Em Mashhad, que todos vocês deveriam saber que se situa no norte do Irão, dois adolescentes foram enforcados porque eram "gays". O mundo anda perigoso. Agora até os iranianos reinam aos cowboys.

sexta-feira, março 17, 2006

Nasceu um novo homem

Nestes dias modernos, onde só imagem impera, onde as linhas do teu corpo são mais importantes que a linha que o teu sorriso rasga na tua face, onde os quinze minutos de fama são o teu objectivo de vida, onde corpos elegantes arrasam as mais fortes e puras emoções, onde o sentimento se confunde com obrigação, onde se vive tudo intensamente e sem critério, onde o amor é apenas uma partícula fugaz, microscópica e descartável permanentemente; numa era em que importa mais aquilo que és por fora do que por dentro, em que interessam mais os abdominais do que os neurónios, em que é mais interessante um corpo tonificado do que um cérebro exercitado; numa época onde o "ter" faz terraplanagem ao "ser", onde aquilo que vês é mais importante do que aquilo que sentes, onde a expressão "Este tipo é muito giro!" conta mais do que "este tipo é muito interessante", onde as medidas dos teus braços valem mais do que o conforto dos teus abraços; nestes dias modernos onde não chega seres "bom" mas sim "podre de bom" é porque algo está realmente muito mal. Foi por isso que hoje me inscrevi num ginásio. Estou cansado de estar no lado dos que perdem sempre.

Onde andas T.J.?

Já era como um hábito. Todos os dias, sempre que acedia a este blog, verificava com bastante agrado o comentário sempre pertinente e gracioso do Ti Jaquim. Dia em que não comentava nenhuma das nossas desinterias mentais não era dia. Ultimamente, teima em não aparecer. Volta Ti Jaquim, onde andas?

quarta-feira, março 15, 2006

8222 - Aponta aí

Um recente estudo publicado pela Card Protection Plan (CPP) mostra que metade dos portugueses é incapaz de se lembrar de todos os seus códigos PIN dos cartões. O que revela alguma falta de metadologia. Aqui ficam algumas sugestões para que possa escolher com toda a segurança o seu PIN:
-Decore a sua data de aniversário.
-Combine dois números primos de 45 e os últimos dois dígitos do seu BI.
-Decore o ano em que o Benfica marcou 11 golos de grande penalidade, todos de cabeça.
-Multiplique os 4 dígitos da hora actual pela quantidade de fiambre que come por semana (em gramas). Tire os últimos 2 dígitos e a casa decimal e divida por PI. Some agora com o PIB da Dinamarca de 2004. Decore o primeiro dígito, o quinto, o sétimo e o nono.
-Imagine 4 números de 0 a 9. Escolha 4 ao calhas. Agora lembre-se.

segunda-feira, março 13, 2006

Alheira de Mirandela lança OPA

Nunca a economia portuguesa esteve tão viva e fervilhante. Os analistas financeiros estão entusiasmados com o mais recente anúncio de uma OPA. “Isto está uma animação! Parece que a moda pegou!”. Depois da Sonae e do BCP, surge agora o anúncio da OPA lançada pela Alheira de Mirandela ao conhecido Presunto de Chaves.
A empresa responsável pela Alheira de Mirandela afirmou a um jornal local: “Isto do mundo dos negócios é como conquistar um homem: conquista-se pelo estômago!”, rindo-se depois a bandeiras despregadas e não percebemos bem porquê.
Quando questionado sobre a razão do Presunto de Chaves, a Alheira de Mirandela disse que depois de um exaustivo estudo ao Queijo Limiano, ao Torresmo de Barrancos e à SAD do Benfica, "optámos pela empresa que nos dava mais garantias de futuro".
O país está ao rubro e aguardamos mais ofertas. Pode ser pelo país todo.

Adeus Festival!

Era Sábado à noite. Os pais convidavam amigos para a soirée, aperaltava-se a casa e limpava-se o pó, compravam-se aperitivos e preparavam-se bebidas. Nós, os miúdos, ficávamos no chão, atentos, enquanto os adultos nos sofás confortáveis. Estava quase na hora. Depois aparecia o Eládio Clímaco e a Ana Zanatti de olhos pintados. Meu Deus, que dupla imbatível! E lá seguiam as canções, uma atrás da outra, e em nenhuma delas havia a preocupação de agradar na Eurovisão. No final, vinha a pontuação. “Boa noite Portugal, Aveiro em directo. Daqui do Grupo Desportivo da Mariquita damos as boas-noites a todos os telespectadores. Passemos à votação: canção nº5, 5 pontos...” Era maravilhoso. Ninguém desgrudava da emissão. No outro dia passei os olhos pela edição deste ano e, com algum desalento, reparei que tudo era diferente: “ó coração sem alma, lá lá lá, my heart is full of sadness, pois o fado da nossa vida, gives me strength to carry on...lá lá lá...”. E depois: “ligue para o 700 507 708 e vote na canção que mais gosta. Custo da chamada 0,60€”. Por mim, está enterrado para sempre.

sexta-feira, março 10, 2006

Tive medo, tive medo sim senhor!

Acordei no dia 09/03/2006 cheio de medo. Eu um homem que nada teme. Convêm dizer que estava a sonhar com cenas de inolvidável violência, provocadas pelas memórias que me ficaram dos tempos da guerra colonial. O barulho que ouvia sobre a minha casa era ensurdecedor. Um helicóptero pairava sobre o meu bairro. Sem pensar, acordei sobressaltado e atirei-me para debaixo da cama, respeitando o código de preservação em combate x-alfa-bravo. Dei-me mal: A minha cama é daquelas japonesas e só consegui bater com a cabeça na trave. Suava copiosamente, o que em mim, sendo normal, não o era pelo cheiro a medo que exalava. O meu coração batia descompassado como se me quisesse abandonar após 31 anos a viver no meu peito. Traidor. Tentei pôr em acção o código de preservação x-alfa-zulu e saltei para dentro do roupeiro. Tão pouco correu bem. Era daqueles cheios de gavetas de cima a baixo. Agora tinha a cabeça rebentada e as costelas todas lixadas. E o medo não parava. O Txecá-cá Txecá-cá dos rotores do helicóptero continuavam e as lembranças da guerra nas colónias não paravam de me atormentar. Lembrava-me daquele ataque do meu batalhão “os Lobos da Amadora” àquela cidade em Angola. Cidade...talvez não, mas uma Vila.Ou se calhar uma aldeia, uma aldeia grande. Bom, eram pelo menos 5 kubatas. Ali escondia-se um perigoso resistente. Nós éramos 80. Descemos em rappel dos helicópteros. Cercámos as kubatas e posicionamo-nos. Uma hora depois, após a forte resistência dos 3 soldados inimigos que o protegiam e que estavam fortemente armados até aos dentes com perigosas catanas, conseguimos finalmente capturá-lo. Era um homem forte. Ou pelo menos deveria ter sido na sua juventude, uma vez que agora com os seus 87 anos e com o avançado estado de Alzheimer, já não metia tanto medo. Mas deve ter metido.
Voltei ao presente e tentei controlar-me. O Héli continuava. Mas afastando as imagens que me percorriam de puro horror e sangue, tentei racionalizar as coisas e rastejei até à janela utilizabdo a técnica da cobra. Quando me abeirei da janela, vi por todos os telhados homens de capuz preto fotemente armados. Depois olhei para a rua e vi passar caravanas de carros escoltados por polícias e compreendi. Aquilo era a tomada de Posse do Boca de Favas! O héli, destinava-se a manter um certo aparato para convencer todas as 900 personagens de segunda que vieram assistir à cerimónia, que estavam seguras. Como se alguém se preocupa-se com elas. A Princesa de Espanha e o seu marido estavam lá. Estavam também um primo afastado do presidente de França, um senhor que se tinha cruzado na rua com a chanceler Alemã, o pai de Bush e a avó de um ex presidente deposto. Todos tinham vindo para a tomada de posse do Boca de Favas. O meu medo injustificado, tornou-se em desalento. Uma nova época começava. O meu coração que começava a serenar, acelerou outra vez. Agora estava finalmente no país dos pacóvios, governado pelo pai de todos os pacóvios. Voltei resignado para ao pé da cama e forcei novamente a ida para debaixo do estrado. Desta vez, já mais calmo, consegui. Era seguro e apertado lembrando o sexo feminino das mulheres jovens.
Pretendo sair um dia, talvez daqui a 5 anos para as novas eleições.

quinta-feira, março 09, 2006

Primeiro caso de H5N1 numa fatia de queijo da serra

A comunidade científica internacional está assustada, a comunidade rural do distrito da Guarda incrédula e há um vizinho de um primo meu de Seia que acha um absurdo completo o facto do perigoso virus H5N1 ter sido apanhado numa fatia de queijo da serra. “Mas essa história tem algum jeito?” – resmungou o homem – “Se me dissessem que o virus andou a comer uma fatia de queijo da serra, ainda acreditava!".
O que mais espanta os cientistas é a velocidade de propagação deste virus. Encontrado primeiro em pássaros no sudoeste asiático, viajou para os cisnes na Grécia, depois para os gatos na Alemanha, mais tarde para uma fuinha também na Alemanha e há quem afirme que já o viu à noite na zona de Santos podre de bêbado, sem saber distinguir a esquerda da direita ou a fazer compras no Colombo na companhia do virus da encefalopatia-espongiforme. “Pura especulação”, dizem uns. “Disparate, li na Nova Gente que eles nunca se deram bem!” dizem outros! Há mesmo quem tenha argumentos racionais para não acreditar nesta patranha. “Eu não acredito nisso, se aquilo é bicho que nem sequer passa para os pombos então não pode passar para o Queijo da Serra!”.
Mas há também por aí boa gente que afirma a pés juntos que esta não é a primeira mutação que o virus da gripe das aves sofre. Há variantes da estirpe detectadas em bolas de berlim, cera das orelhas de ovenídeos peruanos e por debaixo das unhas dos pés do meu primo Basílio - mas acho que neste caso foi de ele andar a esgravatar uma queijo da serra com as unhas.
Por via das dúvidas, mantenha-se alerta. Não deixe o seu queijo da serra em contacto com o ar, longe de gatos e principalmente de fuinhas alemães.

Kinder Bueno, e Bueno é bom

Em Filadelfia, uma criança de 7 anos levou cocaína para a escola na lancheira e partilhou com os colegas. A mãe da criança, detida para interrogações, afirma que, por lapso, trocou um Kinder Bueno pelo saquinho de branca. Mas são as outras mães que não se calam e queixam-se do sistema de educação americano que não permite a participação dos pais nas actividades escolares dos filhos: "Destes ATL é que a malta gosta, olarila!". Outra mãe descobre agora porque razão “a minha Joana acordava entusiasmada para ir para a escola!”.
Mas as queixas não partem só dos encarregados de educação. Uma das crianças afirmou a um jornal local: “Eu provei e de seguida perguntei assustada: o que é isto? Cuspi de imediato quando descobri que o grau de pureza não chegava aos 88% e que tinha muita vitamina C misturada. Já me bastou ser endrominada pelo Cajó, o da terceira classe, na última vez!”.

segunda-feira, março 06, 2006

Colisão

Tive que ir ao baú das minhas crónicas cinéfilas para desenterrar o texto sobre o grande vencedor dos Óscares 2006. Já na altura eu adivinhava um grande futuro para este filme.

Fod... -se. Ontem fui ao cinema e não curti um cara.... Fiquei bué desiludido. Chateado mesmo. Gastei 6 éros num bilhete, o que dava quase para comprar 5 DVD e um polo da Lacoste aos ciganos. Se ainda prestasse, mas o filme era uma bosta. Fui tramado pelo sugestivo título “Colisão”. Entrei e estava convencido que iria ser 1 hora e meia de pura diversão com as melhores espetas em auto-estrada, perseguições recambulescas, os melhores enfaixanços em estradas secundárias e os melhores capotanços da história automóvel. Quando me apanharam lá dentro só vejo histórias com pretos, brancos, monhés, mexicanos e apenas uma merda de um toque num automóvel!!! E pior, nem combotas, pistões, cremalheiras, nada! Não percebo: o filme chama-se “Colisão”. Se dúvidas houvesse, o título em estrangeiro era “Crash” e o cartaz do filme representava um tipo aos berros. Lembrou-me logo um amigo meu que, aquando da tentativa de desencarceramento da espeta que tinha sofrido, lhe tiraram metade de uma perna. Nem percebi o filme. Fosga-se. 6 euros? São quase 7 litros de gasolina!

quinta-feira, março 02, 2006

Brokeback Mountain

Depois da nossa crítica cinéfila para o filme “Matchpoint” de Woody Allen, apresentamos o mais sério concorrente aos Oscares, o "Brokeback Mountain".

Como é que acaba:
O tipo apanha peste suína africana e morre.
Classificação (de 0 a 10): 2
Comentários:
A primeira sensação estranha começa logo quando o filme termina. Uma pessoa sai da sala de cinema não a falar do filme mas sim a olhar para trás. Haverá razão? Claro, este filme é uma depravação de trás para a frente. Ou será só atrás? Bom, avançando.
Não fica nada a apontar à montagem do filme. Um espectáculo. Tudo foi muito bem montado. Mas para um filme de cowboys, senti muito a falta de índios, de tiros, perseguições a cavalo a comboios e dos pianos dos saloons. Para compensar, achei que tinha coboiada a mais.
Quanto às cenas mais violentas, não dá para perceber se houve recurso a duplos, mas quem vê aquilo assim a frio, tem a sensação de que há cenas em que podiam colocar em perigo a integridade física dos actores.
Mas o que me irritou muito foram as ovelhas. Uma pessoa quando pensa em cowboys pensa logo em vacas. Mas a visão do realizador foi outra. Por se tratarem de cowboys especiais, o Ang Lee decidiu substituir as vacas por ovelhas. Até eu, que sou um homem da cidade, sei que o pastor, ande ele a pé ou montado, prefere sempre uma ovelhinha a uma vaquinha.
Em relação ao enredo, aquilo tem uma história que não se percebe bem. Ou então fui eu que não tive olho para a coisa. Mas há quem tenha.