A comunidade científica internacional está assustada, a comunidade rural do distrito da Guarda incrédula e há um vizinho de um primo meu de Seia que acha um absurdo completo o facto do perigoso virus H5N1 ter sido apanhado numa fatia de queijo da serra. “Mas essa história tem algum jeito?” – resmungou o homem – “Se me dissessem que o virus andou a comer uma fatia de queijo da serra, ainda acreditava!".
O que mais espanta os cientistas é a velocidade de propagação deste virus. Encontrado primeiro em pássaros no sudoeste asiático, viajou para os cisnes na Grécia, depois para os gatos na Alemanha, mais tarde para uma fuinha também na Alemanha e há quem afirme que já o viu à noite na zona de Santos podre de bêbado, sem saber distinguir a esquerda da direita ou a fazer compras no Colombo na companhia do virus da encefalopatia-espongiforme. “Pura especulação”, dizem uns. “Disparate, li na Nova Gente que eles nunca se deram bem!” dizem outros! Há mesmo quem tenha argumentos racionais para não acreditar nesta patranha. “Eu não acredito nisso, se aquilo é bicho que nem sequer passa para os pombos então não pode passar para o Queijo da Serra!”.
Mas há também por aí boa gente que afirma a pés juntos que esta não é a primeira mutação que o virus da gripe das aves sofre. Há variantes da estirpe detectadas em bolas de berlim, cera das orelhas de ovenídeos peruanos e por debaixo das unhas dos pés do meu primo Basílio - mas acho que neste caso foi de ele andar a esgravatar uma queijo da serra com as unhas.
Por via das dúvidas, mantenha-se alerta. Não deixe o seu queijo da serra em contacto com o ar, longe de gatos e principalmente de fuinhas alemães.
1 comentário:
E um vírus assim marta que se farta...
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