A mesa de jantar, esse símbolo de repasto familiar, de encontro de gerações ou apenas o melhor local para contar alarvidades, está em vias de extinção. Os primeiros dados vêm de Inglaterra onde a venda deste tipo de mobiliário desceu 8% enquanto os móveis de escritório subiram 40%. Acabou-se aquela imagem bonita do homem da casa à cabeceira com os petizes a lambuzarem-se de cabrito no forno feito pela mãe, que por acaso é doméstica.
Neste particular posso dizer que sou muito mais britânico do que os próprios. Há 10 anos que não tenho mesa de jantar. Está numa outra divisão: está na dispensa à espera de ser montada para as épocas festivas. E a questão é “porquê”? Um “Porque sim” bastaria, segundo o Ti Jaquim. Mas não podemos desprezar os resultados da sondagem. E estes falam em falta de espaço nas casas, à dimensão das actuais televisões e à desagregação familiar. Para mim acho que está tudo no mesmo saco.
A verdade é que tive de abdicar da mesa de jantar por falta de espaço para o meu LCD de 92 cm, gravador DVD, equalizador, leitor profissional de CD de última geração, router wireless para ligação de banda larga em alta velocidade, modem ADSL, Powerbox da TV Cabo, Playstation e respectivo equipamento, centenas de jogos e CD’S audio e claro, os filmes em DVD. Alguma coisa tinha de ir à vida. Vai a que uso menos. Certo?
1 comentário:
Já agora, retira também a cama. Dormes no sofá e para o amor, vais ao Elefante Branco.
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