Eu bem queria ter inventado esta história mas confesso que a minha capacidade de imaginação não vai tão longe assim. É bem real este enredo que quero partilhar convosco e que mostra que vivemos num país com pessoas surpreendentes, empreendedoras e que vêem dinheiro mesmo quando estão a meter água por todos os lados.
Reza assim. Recentemente um amigo meu foi surpreendido, por motivos que não interessam para a história, por um telefonema de um colega que perdera o rasto há mais de 20 anos, dos tempos de liceu. Depoiis dos "Olá, então essa vida? Tens filhos? Casaste? Fizeste aquela operação de troca de sexo? Onde é que fazes a depilação?" chegou a pergunta fatal que faz despoletar a conversa noutro sentido: "Então, o que é que tens feito?".
Atenção que ainda vão a tempo de mudar de blog porque o que aqui se escreve pode ter consequências imprevisíveis para a sua vida. Temo mesmo, e tenho ainda algum receio, de que tente fazer o mesmo que este jovem e ainda apareça com o corpo rebentado nas rochas de algum pontão da costa portuguesa. Ainda aí está?
O jovem, após acabar o seu curso universitário, e sem recursos financeiros de monta, com falta de perspectivas profissionais que o agradacem decidiu mudar logo de morada. De malas e bagagem decidiu sair de Lisboa e instalou-se numa pacata vila do interior português. Ligado ao mundo através da internet começou à procura de algo que o interessasse. Algo que lhe desse prazer, dinheiro e pouco trabalho. Pedofilia? Pornografia? Armas? Droga? Não. Mar. Mar, no sentido de água, esse mesmo que temos de ir para voltar.
O que encontrou ele na net fica como aperitivo para as próximas linhas de texto. Certo é que o jovem juntou o seu dinheiro, viajou até Cabo Verde e alugou um barco. Depois, graças ao seu curso de mergulho, decidiu descer até às profundezas do mar e fazer a sua recolha milionária. De três em três meses, o jovem mergulha durante 15 dias a fio para recolher conchas. Diga? Conchas? Mas conchas quê? Conchas, simplesmente conchas.
Há um mercado internacional de colecionadores de conchas. Um mercado disponível a pagar os olhos da cara por determinados exemplares. Há alguns que chegam a valer milhares de euros. Ele lá sabe quais são porque nos primeiros 6 meses do ano de 2007, o seu negócio de conchas chegara aos 500 mil euros (100 mil contos)! A merda de umas conchas!
Mas lamentava-se o jovem que é uma vida ingrata. Queixava-se de que na vila olham de soslaio porque nunca o viram trabalhar na vida, sabem que ele desaparece de 3 em 3 meses, a sua casa passou de modesta casita a moradia com mais assoalhadas do que a vila tem de casas. Todos acham que ele está ligado ao narcotráfico. Mas não é só lá. As autoridades aeroportuárias revistam o jovem e todos os seus pertences no aeroporto, sempre à procura de droga, cães farejam as malas mas só conseguem encontrar areia e sal. O homem chega a casa, desfaz as malas e começa a dspachar conchas para o mundo inteiro. Já tem uma lista de clientes, aceita encomendas, sabe o que procuram, sabe quais são as conchas mais valiosas e as mais procuradas. Também me parece óbvio que este negócio está livre de impostos. São conchas, são pequenos objectos que todos podem trazer na bagagem. O jovem queixa-se. Vai voltar para Lisboa para continuar o próspero negócio. E eu vou dar um mergulho à Costa da Caparica com o meu equipamento de snorkling. Nunca se sabe. Se não apanhar conchas, apanha-se um bronze.
A vida é como os interruptores, torneiras, tectos falsos, soalho flutuante ou salmão fumado:
ela acontece apenas uma vez. E como não sabes quanto tempo tens, aproveita este segundo para falares dela.
terça-feira, julho 31, 2007
A profissão mais perigosa do mundo
Esqueçam os militares que fazem parte de grupos de operações de paz em países em guerra permanentemente, esqueçam os jornalistas de guerra ou camionistas portugueses, esqueçam os voluntários em acções humanitárias no Iraque. Ultimamente a profissão mais perigosa do mundo parece ser o de realizador europeu. Ontem o "the end" chegou para o Antonioni e o Ingmar Bergman.
quinta-feira, julho 26, 2007
Nobre Causa
Sou pelos animais. Mais do que pelas pessoas. E não posso deixar de sentir um grande desconforto sempre que saio de casa e vejo a campanha da Nobre, espetada num qualquer Mupi, de uma qualquer paragem de autocarro. Um porco com rodelas de pepino nos olhos? Como quem diz: “Tou quase a ir para o matadouro para ser violentado sem dignidade, para que você aí em sua casa, seu porco, possa comer um fiambre “Naturíssimo”. Não sou de fundamentalismos e nem só de vegetais vive o Homem. Mas isto é demais.
No trimestre em que se celebra o “Vou-de-férias-sou-um-filho-da-puta-e-abandono-o-meu-animal-de-estimação-não-faz-mal-porque-quando-eu-voltar-ele-deve-estar-para-aí-na-rua-à-minha-espera“ fica aqui a pergunta: quem é que é o animal?
No trimestre em que se celebra o “Vou-de-férias-sou-um-filho-da-puta-e-abandono-o-meu-animal-de-estimação-não-faz-mal-porque-quando-eu-voltar-ele-deve-estar-para-aí-na-rua-à-minha-espera“ fica aqui a pergunta: quem é que é o animal?
quarta-feira, julho 25, 2007
Vivendo em movimento!
A mobilidade é talvez um dos grandes factores diferenciadores da actualidade versus um passado recente. Há cerca de 150 anos, uma deslocação que hoje se faz em 24 horas, era uma aventura de meses, e uma viagem que hoje fazemos de carro em 2 horas e meia, levaria cerca de uma semana.
Decidido a levar este conceito mais longe, decidi incorporar nesta mobilidade urbana, a ociosidade. Ou seja, resolvi fazer uma experiência: seria possível viver um dia inteiro no meu carro, sem sair deste, deslocando-me pela cidade? Isto, claro está, sem abdicar de toda a modernidade e de tudo a que estamos habituados.
Saio de manhã bem cedo e entro na garagem para, a seguir, me dirigir ao meu carro. Entro e ligo o meu Telefone com GPRS. Está resolvido o problema de comunicação: estou ligado ao mundo e à net. Ligo o GPS e estou pronto para encontrar tudo. O DVD e o rádio garantem-me a diversão. O ar condicionado garante-me a climatização e um clima ameno.
Estou preparado. Arranco.
Chegado à zona da Praça de Espanha sou abordado pelos ardinas dos tempos modernos, que invadem o meu carro com o Jornal Metro, Destak e Meia Hora. Alguns homens dão-me também folhetos e brochuras sobre fantásticos condomínios e, ao longe, espreita atento o vendedor da Cais. Em menos de 5 minutos, fico com um volume de informação semelhante ao Expresso e sem pagar um tostão. Para ser igual só me falta o saco de plástico. Não, esperem …. acabei de receber um da Remax com a cara estampada de Alcina Moreira, a vendedora da zona. Agora sim, tenho também toda a informação noticiosa dentro do meu carro.
Apanho a minha namorada e dentro do carro satisfaço outra das nossas necessidades primárias: discutir com uma mulher. Depois de acabarmos de berrar, lembro-me que podia aproveitar ela estar ali e satisfazer o desejo que nos arde a nós, homens, no baixo ventre. Copulamos ávida e demoradamente durante mais de 5 minutos (ali ao lado da Universidade Nova é óptimo para esse efeito). Ela sai e guarda as cuequinhas no porta-luvas. O meu carro começa a parecer uma casa. A coisa vai bem. Marco as coordenadas no GPS e arranco para um semáforo no qual me deram a indicação que se efectuava uma lavagem de vidros muito profissional. No GPS, via altifalantes da rádio, a voz de Isabel faz-me companhia – segunda à direita, 200 m. Terceira à esquerda, na rotunda. Segue 350 metros e volta à direita. Um nabo faz-me travar bruscamente. Insulto-o a ele e à sua mãe. A adrenalina sobe em flecha e arranco cobardemente quando o tal nabo, que afinal tinha dois metros, sai do carro para me bater. Está satisfeita a necessidade de emoção, que é completada com o peão que o carro faz devido ao descontrolo com que abordo uma curva, provocado pela recente subida de adrenalina e pelo tremer incontrolável da minha perna direita.
Chego ao dito semáforo das lavagens cerca de uma hora e meia depois – o trânsito estava intenso e deu-me para sociabilizar com os outros condutores. Depois de lavados os faróis e os vidros (que ficaram um brinquinho), fico com alguma lareca e vou ao McDrive. Bebo um litro de coca-cola e um mactoucinho. O efeito é devastador. A mãe natureza chama-me e eu começo a ouvi-la. Agora percebo que há coisas que não se fazem no carro. Nomeadamente, merda.
Nota: esta experiência não deve ser repetida por amadores. A minha saúde ficou irremediavelmente danificada, pelas cerca de duas horas no tráfego em que tive que conter os meus dejectos, até conseguir finalmente alcançar o meu lar.
Decidido a levar este conceito mais longe, decidi incorporar nesta mobilidade urbana, a ociosidade. Ou seja, resolvi fazer uma experiência: seria possível viver um dia inteiro no meu carro, sem sair deste, deslocando-me pela cidade? Isto, claro está, sem abdicar de toda a modernidade e de tudo a que estamos habituados.
Saio de manhã bem cedo e entro na garagem para, a seguir, me dirigir ao meu carro. Entro e ligo o meu Telefone com GPRS. Está resolvido o problema de comunicação: estou ligado ao mundo e à net. Ligo o GPS e estou pronto para encontrar tudo. O DVD e o rádio garantem-me a diversão. O ar condicionado garante-me a climatização e um clima ameno.
Estou preparado. Arranco.
Chegado à zona da Praça de Espanha sou abordado pelos ardinas dos tempos modernos, que invadem o meu carro com o Jornal Metro, Destak e Meia Hora. Alguns homens dão-me também folhetos e brochuras sobre fantásticos condomínios e, ao longe, espreita atento o vendedor da Cais. Em menos de 5 minutos, fico com um volume de informação semelhante ao Expresso e sem pagar um tostão. Para ser igual só me falta o saco de plástico. Não, esperem …. acabei de receber um da Remax com a cara estampada de Alcina Moreira, a vendedora da zona. Agora sim, tenho também toda a informação noticiosa dentro do meu carro.
Apanho a minha namorada e dentro do carro satisfaço outra das nossas necessidades primárias: discutir com uma mulher. Depois de acabarmos de berrar, lembro-me que podia aproveitar ela estar ali e satisfazer o desejo que nos arde a nós, homens, no baixo ventre. Copulamos ávida e demoradamente durante mais de 5 minutos (ali ao lado da Universidade Nova é óptimo para esse efeito). Ela sai e guarda as cuequinhas no porta-luvas. O meu carro começa a parecer uma casa. A coisa vai bem. Marco as coordenadas no GPS e arranco para um semáforo no qual me deram a indicação que se efectuava uma lavagem de vidros muito profissional. No GPS, via altifalantes da rádio, a voz de Isabel faz-me companhia – segunda à direita, 200 m. Terceira à esquerda, na rotunda. Segue 350 metros e volta à direita. Um nabo faz-me travar bruscamente. Insulto-o a ele e à sua mãe. A adrenalina sobe em flecha e arranco cobardemente quando o tal nabo, que afinal tinha dois metros, sai do carro para me bater. Está satisfeita a necessidade de emoção, que é completada com o peão que o carro faz devido ao descontrolo com que abordo uma curva, provocado pela recente subida de adrenalina e pelo tremer incontrolável da minha perna direita.
Chego ao dito semáforo das lavagens cerca de uma hora e meia depois – o trânsito estava intenso e deu-me para sociabilizar com os outros condutores. Depois de lavados os faróis e os vidros (que ficaram um brinquinho), fico com alguma lareca e vou ao McDrive. Bebo um litro de coca-cola e um mactoucinho. O efeito é devastador. A mãe natureza chama-me e eu começo a ouvi-la. Agora percebo que há coisas que não se fazem no carro. Nomeadamente, merda.
Nota: esta experiência não deve ser repetida por amadores. A minha saúde ficou irremediavelmente danificada, pelas cerca de duas horas no tráfego em que tive que conter os meus dejectos, até conseguir finalmente alcançar o meu lar.
terça-feira, julho 24, 2007
Solução para as Obras Públicas
Quando os outros conseguem ter ideias melhores porque não adaptá-las como nossas? Nada mais fácil para levar o país para a frente. A Líbia lembrou-se de trocar 5 enfermeiras e um médico (que se encontravam às portas da morte por alegadamente terem inoculado centenas de crianças com o vírus da SIDA) por uma linha de comboio e uma auto-estrada.
Meus amigos, 10% da população prisional em Portugal é de origem estrangeira. Alguns deles podem até vir de países ricos como a Bulgária. De certeza que no meio dessa corja poderemos encontrar elementos válidos de troca para alimentar o financiamento de uma OTA, TGV, 3ª Ponte sobre o Tejo e um mega-estádio de futebol para 200 mil pessoas.
Mas ainda ninguém percebeu o manancial financeiro que está preso? Ou como diria o meu grande amigo Joe Berardo, “Hello???”.
Meus amigos, 10% da população prisional em Portugal é de origem estrangeira. Alguns deles podem até vir de países ricos como a Bulgária. De certeza que no meio dessa corja poderemos encontrar elementos válidos de troca para alimentar o financiamento de uma OTA, TGV, 3ª Ponte sobre o Tejo e um mega-estádio de futebol para 200 mil pessoas.
Mas ainda ninguém percebeu o manancial financeiro que está preso? Ou como diria o meu grande amigo Joe Berardo, “Hello???”.
segunda-feira, julho 23, 2007
O último capítulo em primeiro lugar
Depois do Professor Marcelo ter confessado que leu o último livro de Harry Potter em 7 horas, o blog "É a vida" responde com a mesma moeda e publica on-line o último capítulo do livro, em versão original. Livro esse que eu li em apenas 5 horas e 33 minutos. Nos intervalos fui descansando com uns contos de Dostoievski. Divirtam-se e boas leituras.
Chapter 37
Epilogue—Nineteen Years Later
Autumn seemed to arrive suddenly that year. The morning of the first of September was crisp and golden as an apple, and as the little family bobbed across the rumbling road towards the great sooty station, the fumes of car exhausts and the breath of pedestrians sparkled like cobwebs in the cold air. Two large caged rattled on top of the laden trolleys the parents were pushing; the owls inside them hooted indignantly, and the redheaded girl trailed tearfully behind her brothers, clutching her father’s arm.
“It won’t be long now, and you’ll be going too,” Harry told her.
“Two years,” sniffed Lily. “I want to go now!”
The commuters stared curiously at the owls as the family wove its way towards the barrier between platforms nine and ten. Albus’s voice drifted back to Harry over the surrounding clamor; his sons had resumed the argument they had started in the car.
“I won’t! I won’t be in Slytherin!”
“James, give it a rest!” said Ginny.
“I only said he might be,” said James, grinning at his younger brother.
“There’s nothing wrong with that. He might be in Slyth—”
But James caught his mother’s eye and fell silent. The five Potters approached the barrier. With a slightly cocky look over his shoulder at his younger brother, James took the trolley from his mother and broke into a run. A moment later, he had vanished.
“You’ll right to me, won’t you?” Albus asked his parents immediately, capitalizing on the momentary absence of his brother.
“Every day, if you want us to,” said Ginny.
“Not every day,” said Albus quickly. “James says most people only get letters from home about once a month.”
“We wrote to James three times a week last year,” said Ginny.
“And you don’t want to believe everything he tells you about Hogwarts,”
Harry put in. “He likes a laugh, your brother.”
Side by side, they pushed the second trolley forward, gathering speed. As they reached the barrier, Albus winced, but no collision came. Instead, the family emerged onto platform nine and three-quarters, which was obscured by thick white steam which was pouring from the scarlet Hogwarts Express. Indistinct figures were swarming through the mist, into which James had already disappeared.
“Where are they?” asked Albus anxiously, peering at the hazy forms they passed as they made their way down the platform “We’ll find them,” said Ginny reassuringly. But the vapor was dense, and it was difficult to make out anybody’s faces. Detached from their owners, voices sounded unnaturally loud. Harry thought he heard Percy discoursing loudly on broomstick regulations, and was quite glad of the excuse not to stop and say hello. . . .
“I think that’s them, Al,” said Ginny suddenly.
A group of four people emerged from the mist, standing alongside the very last carriage. Their faces only came into focus when Harry, Ginny, Lily, and Albus had drawn right up beside them.
“Hi,” said Albus, sounding immensely relieved.
Rose, who was already wearing her brand-new Hogwarts robes, beamed at him.
“Parked all right, then?” Ron asked Harry.
“I did. Hermione didn’t believe I could pass a Muggle driving test, did you? She thought I’d have to Confund the examiner.”
“No, I didn’t,” said Hermione, “I had complete faith in you.”
“As a matter of fact, I did Confund him,” Ron whispered to Harry, as together they lifted Albus’s trunk and owl onto the train. “I only forgot to look in the wing mirror, and let’s face it, I can use a Supersensory Charm for that.” Back on the platform, they found Lily and Hugo, Rose’s younger brother, having an animated discussion about which House they would be sorted into when they finally went to Hogwarts.
“If you’re not in Gryffindor, we’ll disinherit you,” said Ron, “but no pressure.”
“Ron!”
Lily and Hugo laughed, but Albus and Rose looked solemn.
“He doesn’t mean it,” said Hermione and Ginny, but Ron was no longer paying attention. Catching Harry’s eye, he nodded covertly to a point some fifty yards away. The steam had thinned for a moment, and three people stood in sharp relief against the shifting mist.
“Look who it is.”
Draco Malfoy was standing there with his wife and son, a dark coat buttoned up to his throat. His hair was receding somewhat, which emphasized the pointed chin. The new boy resembled Draco as much as Albus resembled Harry. Draco caught sight of Harry, Ron, Hermione, and Ginny staring at him, nodded curtly, and turned away again.
“So that’s little Scorpius,” said Ron under his breath. “Make sure you beat him in every test, Rosie. Thank God you inherited your mother’s brains.”
“Ron, for heaven’s sake,” said Hermione, half stern, half amused. “Don’t try
to turn them against each other before they’ve even started school!”
“You’re right, sorry,” said Ron, but unable to help himself, he added, “Don’t get too friendly with him, though, Rosie. Granddad Weasley would never forgive you if you married a pureblood.”
“Hey!”
James had reappeared; he had divested himself of his trunk, owl, and trolley, and was evidently bursting with news.
“Teddy’s back there,” he said breathlessly, pointing back over his shoulder into the billowing clouds of steam. “Just seen him! And guess what he’s doing? Snogging Victoire!”
He gazed up at the adults, evidently disappointed by the lack of reaction.
“Our Teddy! Teddy Lupin! Snogging our Victoire! Our cousin! And I asked
Teddy what he was doing—”
“You interrupted them?” said Ginny. “You are so like Ron—”
“—and he said he’d come to see her off! And then he told me to go away!
He’s snogging her!” James added as though worried he had not made himself clear.
“Oh, it would be lovely if they got married,” whispered Lily sarcastically.
“Teddy would really be part of the family then!”
“He already comes round for dinner about four times a week,” said Harry.
“Why don’t we just invite him to live with us and have done with it?”
“Yeah!” said James enthusiastically. “I don’t mind sharing a room with Al—Teddy could have my room!”
“No,” said Harry firmly, “you and Al will share a room only when I want the house demolished.”
He checked the battered old watch which had once been Fabian Prewett’s.
“It’s nearly eleven, you’d better get on board.”
“Don’t forget to give Neville our love!” Ginny told James as she hugged him.
“Mum! I can’t give a professor love!”
“But you know Neville!—” James rolled his eyes.
“Outside, yeah, but at school he’s Professor Longbottom, isn’t he? I can’t walk into Herbology and give him love. . . . ”
Shaking his head at his mother’s foolishness, he vented his feelings by aiming a kick at Albus.
“See you later, Al. Watch out for the thestrals.”
“I thought they were invisible? You said they were invisible!”
But James merely laughed, permitted his mother to kiss him, gave his father
a fleeting hug, then leapt onto the rapidly filling train. They saw him wave, then sprint away up the corridor to find his friends.
“Thestrals are nothing to worry about,” Harry told Albus. “They’re gentle
things, there’s nothing scary about them. Anyway, you won’t be going up to
school in the carriages, you’ll be going in the boats.”
Ginny kissed Albus good-by.
“See you at Christmas.”
“By, Al,” said Harry as his son hugged him. “Don’t forget Hagrid’s invited you to tea next Friday. Don’t mess with Peeves. Don’t duel anyone till you’ve learned how. And don’t let James wind you up.”
“What if I’m in Slytherin?”
The whisper was for his father alone, and Harry knew that only the moment of departure could have forced Albus to reveal how great and sincere that fear was. Harry crouched down so that Albus’s face was slightly above his own. Alone f Harry’s three children, Albus had inherited Lily’s eyes.
“Albus Severus,” Harry said quietly, so that nobody but Ginny could hear, and she was tactful enough to pretend to be waving to Rose, who was now on the train, “you were named for two headmasters of Hogwarts. One of them was a Slytherin and he was probably the bravest man I ever knew.”
“But just say—”
“—then Slytherin House will have gained an excellent student, won’t it?
It doesn’t matter to us, Al. But if it matters to you, you’ll be able to choose Gryffindor over Slytherin. The Sorting Hat takes your choice into account.”
“Really?”
“It did for me,” said Harry.
He had never told any of his children that before, and he saw the wonder in Albus’s face when he said it. But now the doors were slamming all along the scarlet train, and the blurred outlines of parents were swarming forward for final kisses, last-minute reminders. Albus jumped into the carriage and Ginny closed the door behind him. Students were hanging from the windows nearest them. A great number of faces, both on the train and off, seemed to be turned towards Harry.
“Why are they staring?” demanded Albus as he and Rose craned around to look at the other students.
“Don’t let it worry you,” said Ron. “It’s me. I’m extremely famous.”
Albus, Rose, Hugo, and Lily laughed. The train began to move, and Harry walked alongside it, watching his son’s thin face, already ablaze with excitement. Harry kept smiling and waving, even though it was like a little bereavement, watching his son glide away from him. . . .
The last trace of steam evaporated in the autumn air. The train rounded a corner. Harry’s hand was still raised in farewell.
“He’ll be all right,” murmured Ginny.
As Harry looked at her, he lowered his hand absentmindedly and touched the lightning scar on his forehead.
“I know he will.”
The scar had not pained Harry for nineteen years. All was well.
Chapter 37
Epilogue—Nineteen Years Later
Autumn seemed to arrive suddenly that year. The morning of the first of September was crisp and golden as an apple, and as the little family bobbed across the rumbling road towards the great sooty station, the fumes of car exhausts and the breath of pedestrians sparkled like cobwebs in the cold air. Two large caged rattled on top of the laden trolleys the parents were pushing; the owls inside them hooted indignantly, and the redheaded girl trailed tearfully behind her brothers, clutching her father’s arm.
“It won’t be long now, and you’ll be going too,” Harry told her.
“Two years,” sniffed Lily. “I want to go now!”
The commuters stared curiously at the owls as the family wove its way towards the barrier between platforms nine and ten. Albus’s voice drifted back to Harry over the surrounding clamor; his sons had resumed the argument they had started in the car.
“I won’t! I won’t be in Slytherin!”
“James, give it a rest!” said Ginny.
“I only said he might be,” said James, grinning at his younger brother.
“There’s nothing wrong with that. He might be in Slyth—”
But James caught his mother’s eye and fell silent. The five Potters approached the barrier. With a slightly cocky look over his shoulder at his younger brother, James took the trolley from his mother and broke into a run. A moment later, he had vanished.
“You’ll right to me, won’t you?” Albus asked his parents immediately, capitalizing on the momentary absence of his brother.
“Every day, if you want us to,” said Ginny.
“Not every day,” said Albus quickly. “James says most people only get letters from home about once a month.”
“We wrote to James three times a week last year,” said Ginny.
“And you don’t want to believe everything he tells you about Hogwarts,”
Harry put in. “He likes a laugh, your brother.”
Side by side, they pushed the second trolley forward, gathering speed. As they reached the barrier, Albus winced, but no collision came. Instead, the family emerged onto platform nine and three-quarters, which was obscured by thick white steam which was pouring from the scarlet Hogwarts Express. Indistinct figures were swarming through the mist, into which James had already disappeared.
“Where are they?” asked Albus anxiously, peering at the hazy forms they passed as they made their way down the platform “We’ll find them,” said Ginny reassuringly. But the vapor was dense, and it was difficult to make out anybody’s faces. Detached from their owners, voices sounded unnaturally loud. Harry thought he heard Percy discoursing loudly on broomstick regulations, and was quite glad of the excuse not to stop and say hello. . . .
“I think that’s them, Al,” said Ginny suddenly.
A group of four people emerged from the mist, standing alongside the very last carriage. Their faces only came into focus when Harry, Ginny, Lily, and Albus had drawn right up beside them.
“Hi,” said Albus, sounding immensely relieved.
Rose, who was already wearing her brand-new Hogwarts robes, beamed at him.
“Parked all right, then?” Ron asked Harry.
“I did. Hermione didn’t believe I could pass a Muggle driving test, did you? She thought I’d have to Confund the examiner.”
“No, I didn’t,” said Hermione, “I had complete faith in you.”
“As a matter of fact, I did Confund him,” Ron whispered to Harry, as together they lifted Albus’s trunk and owl onto the train. “I only forgot to look in the wing mirror, and let’s face it, I can use a Supersensory Charm for that.” Back on the platform, they found Lily and Hugo, Rose’s younger brother, having an animated discussion about which House they would be sorted into when they finally went to Hogwarts.
“If you’re not in Gryffindor, we’ll disinherit you,” said Ron, “but no pressure.”
“Ron!”
Lily and Hugo laughed, but Albus and Rose looked solemn.
“He doesn’t mean it,” said Hermione and Ginny, but Ron was no longer paying attention. Catching Harry’s eye, he nodded covertly to a point some fifty yards away. The steam had thinned for a moment, and three people stood in sharp relief against the shifting mist.
“Look who it is.”
Draco Malfoy was standing there with his wife and son, a dark coat buttoned up to his throat. His hair was receding somewhat, which emphasized the pointed chin. The new boy resembled Draco as much as Albus resembled Harry. Draco caught sight of Harry, Ron, Hermione, and Ginny staring at him, nodded curtly, and turned away again.
“So that’s little Scorpius,” said Ron under his breath. “Make sure you beat him in every test, Rosie. Thank God you inherited your mother’s brains.”
“Ron, for heaven’s sake,” said Hermione, half stern, half amused. “Don’t try
to turn them against each other before they’ve even started school!”
“You’re right, sorry,” said Ron, but unable to help himself, he added, “Don’t get too friendly with him, though, Rosie. Granddad Weasley would never forgive you if you married a pureblood.”
“Hey!”
James had reappeared; he had divested himself of his trunk, owl, and trolley, and was evidently bursting with news.
“Teddy’s back there,” he said breathlessly, pointing back over his shoulder into the billowing clouds of steam. “Just seen him! And guess what he’s doing? Snogging Victoire!”
He gazed up at the adults, evidently disappointed by the lack of reaction.
“Our Teddy! Teddy Lupin! Snogging our Victoire! Our cousin! And I asked
Teddy what he was doing—”
“You interrupted them?” said Ginny. “You are so like Ron—”
“—and he said he’d come to see her off! And then he told me to go away!
He’s snogging her!” James added as though worried he had not made himself clear.
“Oh, it would be lovely if they got married,” whispered Lily sarcastically.
“Teddy would really be part of the family then!”
“He already comes round for dinner about four times a week,” said Harry.
“Why don’t we just invite him to live with us and have done with it?”
“Yeah!” said James enthusiastically. “I don’t mind sharing a room with Al—Teddy could have my room!”
“No,” said Harry firmly, “you and Al will share a room only when I want the house demolished.”
He checked the battered old watch which had once been Fabian Prewett’s.
“It’s nearly eleven, you’d better get on board.”
“Don’t forget to give Neville our love!” Ginny told James as she hugged him.
“Mum! I can’t give a professor love!”
“But you know Neville!—” James rolled his eyes.
“Outside, yeah, but at school he’s Professor Longbottom, isn’t he? I can’t walk into Herbology and give him love. . . . ”
Shaking his head at his mother’s foolishness, he vented his feelings by aiming a kick at Albus.
“See you later, Al. Watch out for the thestrals.”
“I thought they were invisible? You said they were invisible!”
But James merely laughed, permitted his mother to kiss him, gave his father
a fleeting hug, then leapt onto the rapidly filling train. They saw him wave, then sprint away up the corridor to find his friends.
“Thestrals are nothing to worry about,” Harry told Albus. “They’re gentle
things, there’s nothing scary about them. Anyway, you won’t be going up to
school in the carriages, you’ll be going in the boats.”
Ginny kissed Albus good-by.
“See you at Christmas.”
“By, Al,” said Harry as his son hugged him. “Don’t forget Hagrid’s invited you to tea next Friday. Don’t mess with Peeves. Don’t duel anyone till you’ve learned how. And don’t let James wind you up.”
“What if I’m in Slytherin?”
The whisper was for his father alone, and Harry knew that only the moment of departure could have forced Albus to reveal how great and sincere that fear was. Harry crouched down so that Albus’s face was slightly above his own. Alone f Harry’s three children, Albus had inherited Lily’s eyes.
“Albus Severus,” Harry said quietly, so that nobody but Ginny could hear, and she was tactful enough to pretend to be waving to Rose, who was now on the train, “you were named for two headmasters of Hogwarts. One of them was a Slytherin and he was probably the bravest man I ever knew.”
“But just say—”
“—then Slytherin House will have gained an excellent student, won’t it?
It doesn’t matter to us, Al. But if it matters to you, you’ll be able to choose Gryffindor over Slytherin. The Sorting Hat takes your choice into account.”
“Really?”
“It did for me,” said Harry.
He had never told any of his children that before, and he saw the wonder in Albus’s face when he said it. But now the doors were slamming all along the scarlet train, and the blurred outlines of parents were swarming forward for final kisses, last-minute reminders. Albus jumped into the carriage and Ginny closed the door behind him. Students were hanging from the windows nearest them. A great number of faces, both on the train and off, seemed to be turned towards Harry.
“Why are they staring?” demanded Albus as he and Rose craned around to look at the other students.
“Don’t let it worry you,” said Ron. “It’s me. I’m extremely famous.”
Albus, Rose, Hugo, and Lily laughed. The train began to move, and Harry walked alongside it, watching his son’s thin face, already ablaze with excitement. Harry kept smiling and waving, even though it was like a little bereavement, watching his son glide away from him. . . .
The last trace of steam evaporated in the autumn air. The train rounded a corner. Harry’s hand was still raised in farewell.
“He’ll be all right,” murmured Ginny.
As Harry looked at her, he lowered his hand absentmindedly and touched the lightning scar on his forehead.
“I know he will.”
The scar had not pained Harry for nineteen years. All was well.
sexta-feira, julho 20, 2007
O Todo-em-Um morre hoje.
Aguardei quase 7 anos por este dia, e agora que o vejo chegar a passos largos, não consigo conter a minha emoção. Hoje é o dia em que Harry Potter morre. E com ele morre um personagem híbrido que nada tem de especial a não ser o facto de recolher todos os poderes da literatura moderna, desde Frodo, o Hobbit, até ao Super-Homem passando pelo Mandrake. JK Roling também não se esqueceu de colocar Harry na mesma posição que a Bela Adormecida, sempre incompreendido ou renegado por uma família sem valores e ruim como as cobras. Depois há uma escola tipo Fame onde Harry torna-se o maior artista de todos tal como o famoso Leroy (que curiosamente acabou também por quinar). Harry Potter também tem uma marca na pele, através de uma cictariz, tal como Super-Homem tinha uma marca de nascença; sinais esses que só os predestinados a salvar o mundo possuem. Podia estar aqui a debitar mais factos sobre o sujeito mas acho que não se deve bater mais no morto.
Hoje há milhões de crianças por esse mundo fora a rezar para que JK Roling não mate Harry Potter. Para mim seria um crime deixá-lo vivo. Mas eu também rezo para ver se as Forças do Mal vencem desta vez e tragam a desgraça, as trevas e o horror a Hogwarts. Decerto teríamos um final muito mais feliz.
Hoje há milhões de crianças por esse mundo fora a rezar para que JK Roling não mate Harry Potter. Para mim seria um crime deixá-lo vivo. Mas eu também rezo para ver se as Forças do Mal vencem desta vez e tragam a desgraça, as trevas e o horror a Hogwarts. Decerto teríamos um final muito mais feliz.
quinta-feira, julho 19, 2007
Arctic Monkeys Live - Thanks Cuga
Pois é, 516 dias depois do inesquecível concerto dos Arctic Monkeys no Garage, voltei a participar em mais um evento musical protagonizado por estes macacos do gelo. Patrocinado desde o primeiro minuto pela Cuga, assisti a mais uma brilhante interpretação num Coliseu esgotado enquanto saltava de galho em galho, ao mesmo tempo em que comia amendoins. Obrigada Cuga, não só por teres oferecido mais oxigénio a esta poluída carcaça, como ainda teres sonorizado a minha vida com muito mais do que silêncio.
segunda-feira, julho 16, 2007
Um voto de pesar
É lamentável que numa cidade com 500 mil eleitores, tenham votado menos de 200 mil. E que o vencedor tenha sido proclamado com 57 mil votos. Já vi Assembleias Gerais do Benfica mais concorridas, até na altura em que também os candidatos eram tão intrujas como estes.
quarta-feira, julho 11, 2007
ELEIÇÕES - Convite à participação!
Amigos
Este blog, não é só paródia é regabofe. É também uma voz na vossa consciência.
Assim, aqui vos deixo um apelo, pelo sim pelo não.
Dirijo-me a vós, para vos convidar a participar num acto democrático que é votar. Este é um direito que nos foi dado, por todos aqueles que por nós lutaram na revolução do 25 de Abril e que nós tantas vezes nos descuramos, porque há coisas que apelam mais à nossa participação, como por exemplo a praia.
Sei que este apelo na maioria dos casos, cairá em saco roto porque a maioria de vocês, ao contrário de mim, vivem nos subúrbios. Mas, aos que vivem em Lisboa, votem. E este ano não se podem queixar, porque temos candidatos todos os gostos. Contei-os e já iam em 11. Dos que são Negrões, aos que dão à Costa há de tudo. Até os há em Rosetas. É só escolher. Agora que há que lá ir, há.
Este blog, não é só paródia é regabofe. É também uma voz na vossa consciência.
Assim, aqui vos deixo um apelo, pelo sim pelo não.
Dirijo-me a vós, para vos convidar a participar num acto democrático que é votar. Este é um direito que nos foi dado, por todos aqueles que por nós lutaram na revolução do 25 de Abril e que nós tantas vezes nos descuramos, porque há coisas que apelam mais à nossa participação, como por exemplo a praia.
Sei que este apelo na maioria dos casos, cairá em saco roto porque a maioria de vocês, ao contrário de mim, vivem nos subúrbios. Mas, aos que vivem em Lisboa, votem. E este ano não se podem queixar, porque temos candidatos todos os gostos. Contei-os e já iam em 11. Dos que são Negrões, aos que dão à Costa há de tudo. Até os há em Rosetas. É só escolher. Agora que há que lá ir, há.
terça-feira, julho 10, 2007
Últimos dias de Promoção! Aproveite!
Estou a fazer uma liquidação de um stock de 10 pastas dentífricas de marca Dentagard, um lote especial produzido no Uzbequistão, e com data de validade bastante prolongada: 87 de Janeiro de 2389. Preço único de 1€ por embalagem. E se for um dos primeiros a encomendar recebe grátis 2 latas de Atum com a melhor sardinha portuguesa de Marrocos, um gel de duche Rexona produzido na Mibróguia do Norte, um dos mais avançados países do hemisfério central. E ainda lhe oferecemos uma embalagem de Tampax Hygix com partículas NanoXerNobyl, uma edição biológica e 110% natural que contém umas partículas muito pequeninas que brilham no escuro. Aproveite!
segunda-feira, julho 09, 2007
Acção Social
Longe vão os tempos em que, quando era necessário marcar posição, reivindicar ou assinalar qualquer opinião social, era necessário fechar-se na casa de banho da RTP e ameaçar explodir tudo com uma bomba. Hoje as coisas no nosso país estão mais pacíficas e isso repercurte-se nas demonstrações de determinados grupos organizados.
Há dias assistimos a um exemplo claro de que a sociedade civil tornou-se mais criativa e assinala alguns dias de uma forma mais descontraída. Depois do homem que andou a correr para trás na Rotunda de Lisboa por causa das crianças desaparecidas, tivemos ontem o apogeu das iniciativas de apoio a causas sociais. Uma organização quis celebrar o meio caminho percorrido com vista à meta estabelecida pelos Objectivos do Milénio, que é apenas a eliminação da pobreza mundial em 2015.
A forma encontrada para celebrar o dia é sui generis. Greve de Fome? Calcorrear a N125 do Algarve de joelhos? Espremer borbulhas das costas do António Costa? Não senhora, esta organização optou por dar um sinal equívoco à sociedade e ao mundo de que a pobreza é um mal que necessita de ser irradicado. E nada melhor do que um gesto assertivo que volte a colocar i assunto em cima da mesa a nível global. E o gesto encontrado foi: um mergulho no mar! É isso. "Eh pá, já que estamos todos aqui na praia, vamos ali dar um mergulho pela pobreza. Depois vamos comer um geladinho pela fome no mundo, mordiscar uns caracóis regados a cervejolas para mostrar ao mundo que não nos esquecemos do problema do aquecimento global".
Se isto agora é assim, então nada melhor do que aproveitar a embalagem e manter o mesmo espírito solidário. Hoje vou levar a cabo uma iniciativa lá em casa com a minha mulher e que mete cama. Tudo em prol das mulheres vítimas de tráfego sexual, ali indefesas, tantas delas a necessitar de carinho e colinho, são ainda vendidas como carne por pessoas sem escrúpulos e coração algum. Espero que a minha mulher não se negue e participe activamente nesta iniciativa solidária. É que é pelo bem da Humanidade.
Há dias assistimos a um exemplo claro de que a sociedade civil tornou-se mais criativa e assinala alguns dias de uma forma mais descontraída. Depois do homem que andou a correr para trás na Rotunda de Lisboa por causa das crianças desaparecidas, tivemos ontem o apogeu das iniciativas de apoio a causas sociais. Uma organização quis celebrar o meio caminho percorrido com vista à meta estabelecida pelos Objectivos do Milénio, que é apenas a eliminação da pobreza mundial em 2015.
A forma encontrada para celebrar o dia é sui generis. Greve de Fome? Calcorrear a N125 do Algarve de joelhos? Espremer borbulhas das costas do António Costa? Não senhora, esta organização optou por dar um sinal equívoco à sociedade e ao mundo de que a pobreza é um mal que necessita de ser irradicado. E nada melhor do que um gesto assertivo que volte a colocar i assunto em cima da mesa a nível global. E o gesto encontrado foi: um mergulho no mar! É isso. "Eh pá, já que estamos todos aqui na praia, vamos ali dar um mergulho pela pobreza. Depois vamos comer um geladinho pela fome no mundo, mordiscar uns caracóis regados a cervejolas para mostrar ao mundo que não nos esquecemos do problema do aquecimento global".
Se isto agora é assim, então nada melhor do que aproveitar a embalagem e manter o mesmo espírito solidário. Hoje vou levar a cabo uma iniciativa lá em casa com a minha mulher e que mete cama. Tudo em prol das mulheres vítimas de tráfego sexual, ali indefesas, tantas delas a necessitar de carinho e colinho, são ainda vendidas como carne por pessoas sem escrúpulos e coração algum. Espero que a minha mulher não se negue e participe activamente nesta iniciativa solidária. É que é pelo bem da Humanidade.
sexta-feira, julho 06, 2007
Conversa do Caroço
Kiwi: Oi Cajú, tudo legal?
Cajú: Olá Kiwi, por aqui hoje?
K: É verdade. Decidi sair de casa e vir apanhar ar fresco. Em breve vou entrar na salada de frutas e quero aproveitar os meus últimos tempos de vida.
C. Coitado...ameixa lá, é para isto mesmo que existimos. Estou para aqui a falar mas mais dia menos dia vou servir de aperitivo.
K. É a vida...
C. Mudando para temas mais divertidos, sabias que a lima foi apanhada pelo limão, seu marido, na marmelada com um morango?
K. A lima? Não posso!
C. Imagina a cara de melão com que ficou o limão ao chegar a casa! Entretanto divorciaram-se mas ela sacou-lhe uma data de cacau com o processo.
K. E o limão quando se deparou com o espectáculo não fez nada?
C. Acho que ainda tentou dar uma castanhada ao morango, mas sem sucesso. O morango fugiu.
K. Aqui entre noz ele bem que estava a pedi-las. Estava sempre fora, com outros citrinos...a mulher chateou-se, claro!
C. Bem, com isto tudo foi ele que saiu de casa.
K. Ele é que saiu?!?! Ainda por cima? Aquele limão é mesmo um banana...E amora onde agora?
C. Foi para fora, decidiu abandonar tudo e emigrar. Foi para a Síria, para Damasco...
K. Tão longe?
C. É, parece que ficou a bater mal do côco e bazou...
K. Carambola, que história!!!
C. Não estejas tão surpreendido...histórias destas há aos quilos. É o fruta-pão nosso de cada dia, infelizmente. Mas o melhor ainda está para vir, ouve só: a lima juntou-se com uma maçã.
K. Pêra lá, mas agora é gay???
C. Ehehehehe...sim! Não é lindo?
K. É a cereja em cima do bolo...
C. Bem, a conversa está boa mas tenho de ir. O boletim meteorológico avisou que os raios Uva estavam muito fortes hoje...
K. Sim, sim, vamos, temos de ter cuidado com a casca...
Cajú: Olá Kiwi, por aqui hoje?
K: É verdade. Decidi sair de casa e vir apanhar ar fresco. Em breve vou entrar na salada de frutas e quero aproveitar os meus últimos tempos de vida.
C. Coitado...ameixa lá, é para isto mesmo que existimos. Estou para aqui a falar mas mais dia menos dia vou servir de aperitivo.
K. É a vida...
C. Mudando para temas mais divertidos, sabias que a lima foi apanhada pelo limão, seu marido, na marmelada com um morango?
K. A lima? Não posso!
C. Imagina a cara de melão com que ficou o limão ao chegar a casa! Entretanto divorciaram-se mas ela sacou-lhe uma data de cacau com o processo.
K. E o limão quando se deparou com o espectáculo não fez nada?
C. Acho que ainda tentou dar uma castanhada ao morango, mas sem sucesso. O morango fugiu.
K. Aqui entre noz ele bem que estava a pedi-las. Estava sempre fora, com outros citrinos...a mulher chateou-se, claro!
C. Bem, com isto tudo foi ele que saiu de casa.
K. Ele é que saiu?!?! Ainda por cima? Aquele limão é mesmo um banana...E amora onde agora?
C. Foi para fora, decidiu abandonar tudo e emigrar. Foi para a Síria, para Damasco...
K. Tão longe?
C. É, parece que ficou a bater mal do côco e bazou...
K. Carambola, que história!!!
C. Não estejas tão surpreendido...histórias destas há aos quilos. É o fruta-pão nosso de cada dia, infelizmente. Mas o melhor ainda está para vir, ouve só: a lima juntou-se com uma maçã.
K. Pêra lá, mas agora é gay???
C. Ehehehehe...sim! Não é lindo?
K. É a cereja em cima do bolo...
C. Bem, a conversa está boa mas tenho de ir. O boletim meteorológico avisou que os raios Uva estavam muito fortes hoje...
K. Sim, sim, vamos, temos de ter cuidado com a casca...
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