terça-feira, setembro 20, 2005

Um debate político dos novos tempos

-O senhor não tem programa eleitoral, não tem ideias, apenas noções vagas. O senhor vende ilusões aos munícipes. O senhor é um estafermo de um cabrão.
-Estafermo? Você não sabe o que diz. Os seus índices de cultura são tão baixos que até os escaravelhos conseguem fazer uso do cérebro. Tal não acontece com tanto afinco por parte de vossa excelência, meu grande panasca.
-E você? Você fala como um incunábulo!
-Incunábulo? Vá badamerda.
-Sim, você cheira a mofo. Da sua boca saem palavras bolorentas; frases que tresandam um odor a musgo, minha putéfia de merda.
-Ai ai...mas você quer ver que eu não vou estender a mão no fim deste debate?
-Você sabe onde é que pode meter essa mão, ó cabrão?
-Por acaso até sei, mas há crianças em frente à televisão que não gostariam de ver o meu adversário como o primeiro político a utilizar o fist-fucking como arma de propaganda eleitoral.
-E eu recuso-me a entrar nesta troca de insultos com alguém que gosta de ser sodomizado por cães e dominado por avestruzes.
-Avestruz é você que esconde a cabeça na areia, recusando-se a olhar para os problemas da cidade.
-E?
-E nada.
-Mas você não me ofendeu.
-Não quero.
-Ai estamos amuados agora??? Como é possível você dar o seu contributo para um debate democrático se se recusa a colocar a ofensa, o escárnio e a injúria em cima da mesa? É isto que você pretende para a cidade? Você é um merdas.
-Deixe-me só fazer uma pergunta. Posso?
-O seu discurso até a este momento foi tão boçal que eu não me importo que continue no mesmo registo.
-No final do debate, você dá um ou dois beijinhos?
-Eu só dou um. Faz parte da minha posição social.
-Bom nesse caso, quanto é que estás a levar por cada um, meu chupista do caralho?

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