A vida é como os interruptores, torneiras, tectos falsos, soalho flutuante ou salmão fumado:
ela acontece apenas uma vez. E como não sabes quanto tempo tens, aproveita este segundo para falares dela.
sexta-feira, setembro 22, 2006
Balsemão Vs Saraiva
Depois da espantosa tiragem de 160 mil exemplares do jornal Expresso na primeira edição do novo formato, o semanário Sol respondeu à letra exactamente com o mesmo número na sua estreia. Mas nessa semana, o Expresso não se ficou e subiu a parada para 200 mil exemplares. O Sol sentiu-se picado e subiu a tiragem esta semana para 210 mil exemplares. Pinto Balsemão não esperou e já comprou a produção de pasta de papel das serras Aire e Candeeiros, Espinhaço de Cão e da Malveira. José Saraiva riu-se desta tentativa de obtenção da matéria prima e já encomendou toda a pasta de papel de todas as ex-repúblicas soviéticas e incentivou vários fogos-postos nas restantes serras portuguesas. Pinto Balsemão, porque conhece o inimigo que ajudou a criar e que se vira agora contra o mestre, jogou em antecipação e já encomendou duas centrais de enriquecimento de urânio e uma de arrefecimento. Mas o director do Sol, numa derradeira tentativa de obter a hegemonia nacional nos semanários, decidiu comprar toda produção de petróleo da OPEP fazendo destabilizar o mercado mundial afectando a gestão de custos correntes do Expresso que desse modo não conseguirá fundos nem para o café de saco. Pinto Balsemão sorri com desdém. Afinal escondeu sempre o seu plano alternativo. Fazendo juz ao ditado que "é nos momentos mais difíceis que se revelam os grandes homens", Pinto Balsemão, numa jogada cuidadosamente preparada com astúcia, inteligência e rigor, decide fazer explodir todo o Sistema Solar. Vitorioso, Balsemão levanta-se da bateria, ergue os seus braços em direcção ao céu e grita agora a plenos pulmões: "Se não há sol, também não pode haver jornal!"
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