quinta-feira, dezembro 18, 2008

Tal como os tempos que vivemos...

...também este blog atravessa um período de crise.

sexta-feira, outubro 24, 2008

Veia comercial, sim, mas sem pinga de sangue...

Fico parva com o poder dos media. Falam tanto em crise que as pessoas, mesmo que vivam à grande e com comidinha na mesa, estão deprimidas à boa maneira portuguesa. Ele é o subprime, o excesso de endividamento, as taxas de juro e cartões de crédito em maior número do que cromos numa caderneta. Não digo que não haja muito de verdade na crise mas depois destes 2 exemplos que me aconteceram há pouco tempo, começo a duvidar seriamente se a crise que se vive não é uma “crise histérica”:

1.Como estamos em crise e como não quero ser otária, decidi mudar de seguro do carro. De um seguro de uma “Big 5” no valor de 350 euros, passei a pagar 130 euros numa seguradora “Low Cost”. Quando comuniquei à seguradora High Cost que queria cancelar a apólice, logo veio um senhor muito simpático dizer:
-Mas com certeza! É para já e mandamos-lhe para casa um papel que precisa para abrir seguro na outra seguradora. E seja muito feliz com a nossa concorrência!
Diz-me isto a mim, eu que nunca fiz um arranhão sequer na minha viatura! Não pergunta porque quero desistir, não me faz contra-proposta, nada! Deixa-me seguir viagem...

2. Comprei um livro na Byblos para oferecer. Sim, na Byblos, onde a variedade dos livros não é proporcional ao tamanho do espaço e onde a pessoa se desorienta facilmente. A aniversariante já tinha o meu presente e lá fui eu trocá-lo pelo último livro do autor, um que está na berra e tudo o que é livraria tem um mar de exemplares expostos. Mas, curiosamente, está esgotado na maior livraria do país. Bem, nem tudo está perdido e peço um vale de troca.
-Não minha senhora, não temos vales, nem coisa parecida...
-Pois, mas o livro que eu quero levar está esgotado e agora??
-Bem, vou ter de lhe devolver o dinheiro...
-Ah é? Ok, então depois venho cá comprar o livro, quando estiver disponível.
- Ép, não é preciso, vá antes a outro sítio...(diz, encolhendo os ombros)
- Claro!(bato com a mão na testa) -Que estupidez a minha! A outro sítio, claro...
E pronto, virei mais uma página no capítulo “Estou aqui a fazer de conta que sou vendedor porque na verdade sou um milionário excêntrico".

segunda-feira, outubro 20, 2008

Dá cá um xi-coração

Eu sempre duvidei de vedetas. Artistas, isso aí já é diferente. Gosto de artistas porque sem eles não teria nada para escrever ou para me proporcionarem momentos de prazer e gargalhada. Agora falar sobre vedetas, sejam elas nacionais ou estrangeiras, não é comigo. Mas quando um realizador conhecido como Guy Ritchie afirma sobre a sua futura ex-mulher que "na cama, ter sexo com Madonna era como abraçar cartilagens", isto já muda de figura.
Ui, o que eu gosto quando andam para aí a lavar roupa suja. Mas o rapaz já sabia ao que ía. Aliás, como embaixadora da Unicef, Madonna faz tudo para ter um corpo que possa ser uma forma de mostrar a sua solidariedade com as crianças que visita regularmente em África. Depois, só alguém com grandes cartilagens poderia fazer os movimentos de contorcionismo com que habitualmente Madonna nos apresenta nos seus videos.

Há no entanto aqui uma coisa que não bate certo. O realizador confessa ainda que passou um ano e meio privado de sexo. Se isso fosse verdade, era ele que estava feito em cartilagens.

Infelizmente nunca abracei cartilagens. Deve ser molinho e fofo. Já dei um xi-coração a uma anorética mas não deve ser o mesmo.

terça-feira, outubro 14, 2008

Não vi, não ouvi e não falo.

“É só deficientes, pá”; “Onde é que o maluco tirou a carta?”; “Ó ceguinho, não vês que eu tenho prioridade?”; “Não, estás a ouvir-me a apitar? Tira-me essa coisa da estrada, ó surdo!”.
Estas são algumas das manifestações de carinho que habitualmente ouvimos de quem possui habilitação legal para conduzir. Pessoas cordatas, simpáticas e nada deficientes. Então, a pergunta: porque raio a RTP introduziu a linguagem gestual nas informações de trânsito no seu programa da manhã “Bom Dia Portugal”?
Eu sempre julguei que alguém que não fala, não ouve ou não vê está interdito de conduzir. Dizem que na situação de ocorrer um acidente há sempre muitos constrangimentos no momento do preenchimento da Declaração Amigável: o surdo diz que viu mas não ouviu, o cego nada viu mas ouviu e bem, o mudo não diz nada apesar de ter visto e escutado.
Mais tarde a RTP veio explicar o caso: parece que vários organismos do Estado estão a mover uma acção concertada com o objectivo de introduzir a Condução Desportiva como nova modalidade paraolímpica. Se tal acontecesse, e a contar com os deficientes que encontro atrás do volante todos os dias, poderíamos forrar todas as estradas com medalhas de ouro.

sexta-feira, outubro 03, 2008

É mesmo Único!

Ah aha aha ha haha aha aha. Eheh ehe eh eh... ai, até me vêm as lágrimas aos olhos. Aha aha haah... este anúncio é mesmo bom! Aha aha ehe....Ver a Júlia Pinheiro... ah ah ah... vestida de robe... ehehehe.... ai que não aguento... com o comando da TV na mão... a vender crédito pessoal... é mesmo bom... ehehehe... é mesmo muito bom!... Devia receber um prémio...

O que as pessoas fazem por dinheiro!...

quinta-feira, setembro 11, 2008

Carjacking com cáries

Já milhares de blogs discutiram o tema do carjacking e este quilo de bytes, que alguns teimam em chamar de blog, ainda nem sequer tinha aflorado a questão. Um tema tão interessante que já parecia mal não falar dele. Mas, após uns dias de repouso, consegui arranjar uma nova perspectiva sobre o assunto.

Vou contar-vos uma história verídica que se passou com uma amiga minha, vítima de uma forma de carjacking ainda pouco noticiada em Portugal: o carjacking à dentada.
Um dia, ou uma noite para ser mais preciso, algures na cidade de Lisboa, uma moça regressava a casa depois de um dia árduo de trabalho. Um daqueles dias em que tudo se repete: as horas de saída, o trânsito, o pára-arranca, um desses dias imaculadamente repetidos, portanto.
Mas há dias que foram feitos para uma pessoa não sair de casa, e durante o trajecto até casa, o vidro do lado do condutor caiu para dentro da porta, ou seja, o mecanismo do elevador do vidro foi para esse sítio tão conhecido como o “galheiro”. Mais um problema para resolver no dia seguinte portanto. E estava a moça imbuida por estes pensamentos enquanto a porta do parque de estacionamento do prédio abria que, camuflados na escuridão da noite, surgem dois vultos que se aproximam e de forma agitada gritam:

-Sai do carro, já.

Surpreendida porque nunca tinha assistido a nenhum carkjacking e porque simplesmente nunca soube como reagir numa situação destas, a moça fica paralisada. Ainda estava o cérebro a tentar perceber o que se passava quando um dos meliantes ferra-lhe uma dentada no braço que quase lhe arrancava um tendão. A moça grita, não a pedir socorro, mas em dor.
Entretanto quando se apercebe já ela foi puxada para fora do carro, estão os carjakenses instalados ao volante e prontos a pôr o pé no acelerador.
Alguns metros à frente, os gritos da moça, não passaram despercebidos. Um grupo de jovens que estava dentro de um carro decide fazer a sua boa acção do dia e acudir a indefesa jovem. Prontamente colocam o seu carro a barrar a estrada na tentativa de colocar um ponto final à acção criminosa. Mas o que realmente aconteceu é que viram o seu carro albarroado pelos miliantes para grande desespero da moça. E entretanto algo doeu mais do que o seu braço: era a sua carteira: o seu carro roubado acabava de entrar em despesas.

Conclusão: o automóvel acabou por aparecer mais tarde com marcas maiores na chapa, a moça tentou despistar todas as doenças recorrendo a muitas análises e agora procura um nova viatura. E é aqui que eu entro com sugestões para aqueles que procuram comprar carro novo e exigem algo que evite estas acções criminosas. Não perca o próximo post.

100% Anti-Carjacking

O carjacking entrou para ficar. E há quem entre mesmo nos carros para depois ficarem com eles. Recentemente uma amiga minha foi vítima de carjacking e pediu-me um conselho sobre que automóvel novo comprar. Tendo em conta que esta acção vai ser cada vez mais recorrente nas estradas portuguesas, é importante que quem deseje adquirir viatura nova tenha em conta alguns aspectos de segurança.

Aqui ficam os 3 melhores veículos com eficácia comprovada de que são 100% anti-carjacking.

Smart.
Esta viatura é impossível ser objecto de carjacking. Não só porque os malandros atacam em grupos superiores a 2 elementos, o que não permite muito espaço no interior principalmente se ainda pretendem dividir o espaço com uma máquina multibanco.

Uma viatura comercial.
Tens um amigo com um Seat Ibiza comercial? Esse tipo tem logo pinta de mitra e a sua viatura faz afastar a gatunagem. Há quem afirme que o profissional do carjacking rege-se por um mínimo de bom gosto e de imagem a transmitir ao universo dos condutores. Daí o gosto por automóveis caros e de alta cilindrada.

Tractor.
Nada do que conduzir um bom Lamborgini com grandes rodados traseiros e um arado para afastar o criminoso. Apesar das suas vantagens de poder arrancar ATM das paredes, esta é uma viatura com reduzido potencial de fuga. Para além disso, torna-se difícil de estacionar numa cidade, não só pela sua dimensão mas também porque é proibido pelo Código da Estrada. Mas só por isso.

quinta-feira, setembro 04, 2008

Uma dúvida para Olímpicos

Parece que Portugal vai ter um participante nos Jogos Paralímpicos na modalidade de equitação. Mas será verdade que os cavalos que vão participar só podem ter 3 patas?

quinta-feira, agosto 21, 2008

A minha mãe confiava em mim, até hoje

Podemos confiar no amigo a quem emprestamos dinheiro na esperança que ele nos pague - nem que seja tarde e a más horas; podemos confiar no conjugue porque sabemos que não nos vai trair com a primeira rameira que encontrar - mas já não metemos as mãos no fogo quando vodkas e gins podem distorcer o discernimento e ele trocar-nos pela segunda, terceira, quarta e por aí fora; podemos confiar incondicionalmente nos nossos pais a não ser que falem alemão e decidam oferecer-nos um bunker na garagem só para nós e para os nossos filhos. Mas será que podemos confiar em mais alguém?

Segundo um estudo desenvolvido consultora GfK, em parceria com o Wall Street Journal, os políticos e os publicitários são os profissionais em que menos se confia. Em relação aos primeiros não há muito a dizer. Mesmo que algum dos nossos progenitores fosse político, tenho a certeza que estaríamos a encabeçar uma manifestação contra os mesmos com grandes tarjas onde se podia ler: "Se não servem nem para dar mesadas decentes, não servem para governar o país" ou "Pai, metes-me nojo porque não me emprestaste o carro!" e muitas outras. Depois há a profissão do engodo chamado "publicitário", essa corja que funciona a combustível do imperialismo e que todos os dias entra em nossa casa para nos tentar ludibriar com detergentes, automóveis ou iogurtes magros.

Eu sinceramente não confio em publicitários. Porquê? Porque conheço uma série deles e sei que muitos deles seriam capazes de vender portas blindadas para bunkers a austríacos desde que existisse um nicho de mercado suficiente fazer "brand building" e se a mesma pudesse criar "awareness" suficiente para criar algum "buzz" junto do mercado. Esta gente tem feito um trabalho tão bom que até conseguiu destronar outras duas profissões que têm sido as menos confiaveis ao longo dos anos: advogados e vendedores de automóveis.

Por outro lado, os portugueses manifestaram a sua opinião pelas profissões onde depositavam mais confiança:

-Bombeiros (excluímos não só aqueles que continuam a atear fogos e os que conduzem ambulâncias que só chegam à zona de sinistro à hora em que o corpo já está a ser cremado);
-Carteiros (excluem também todos os carteiros que fazem greve)
-Professores da escola primária e secundária (principalmente porque são exemplares na maneira como se deixam intimidar pelos alunos ou porque até permitem ser esbofeteados habitualmente pelos educandos).
-Atletas Olímpicos do Triplo Salto (porque só há um e esse trouxe uma medalha de ouro).

quinta-feira, julho 31, 2008

Classificados

Vendo carrinha Renault Mégane II Break, 1.5 dCi, 100 cv, de Janeiro 2005. 1 registo, gasóleo, cor cinza, 70.000 kms, em Lisboa. Preço: 16.000 euros. Bola de reboque + 2 Suportes de bicicleta Thule negociáveis.

Aos interessados: por favor, deixem endereço de email ou nº telefone nos comentários. Entrarei em contacto rapidamente. Obrigada.

quarta-feira, julho 23, 2008

Marketing Religioso

Como não pertenço ao clube nem tenho cartão de cliente, posso falar abertamente da Igreja dos dias de hoje. Às vezes, mesmo muito às vezes ou quase raramente, sinto que seria uma pessoa melhor se já tivesse visto uma luz ao fundo do túnel, como dizem que acontece com os crentes (ou com os drogados). Mas depois, com todo o meu pragmatismo, vejo a posição da Igreja perante determinados assuntos e a “Fé” torna-se em apenas mais um apelido normal ou numa palavrinha de duas letras que aparece muito nas palavras cruzadas. Graças a uma tia minha, a quem o conceito católica-apostólica-romana cai que nem uma batina do melhor tecido, a porta do Senhor abriu-se por várias vezes na minha infância, ficando a conhecer as rotinas e os serviços religiosos bastante bem. Por isso, sinto-me iluminada o suficiente para poder opinar e até sugerir algumas modificações, para que a missa dos dias de hoje se torne num evento moderno e actual e não apenas numa congregação de velhinhas que gosta de hóstias e do fresquinho. E são também ideias altamente lucrativas para a instituição, que pode acabar com os cestinhos das moedas enquanto o diabo esfrega um olho!


Product Placement
No momento da Eucaristia pode haver uma garrafa de Esporão em cima do altar, pronta a ser usada.


Patrocínios
As hóstias podem ser impressas com os logotipos de empresas, por exemplo da padaria da terra ou da farinha Nacional. As cabines de confissão podem ser “Powered by” Vodafone. A água baptismal é Luso.


Fidelização
Criar um cartão de fidelização para doadores. Quanto mais dinheiro em donativos mais pontos (ou mais “Cruzes”), que podem ser revertidos em brindes como crucifixos, santinhas, velas, orações e remissão de pecados.


Funcionalidade espacial
Criar uma fila especial para grávidas e deficientes comungarem. E zonas distintas para fumadores e não-fumadores.


Fardamentos
As vestes do padre e dos acólitos podem ser criadas por um estilista nacional de renome.


Internet
Criar uma forma de confissão online, tipo videoconferência, sem ser presencial

quarta-feira, julho 16, 2008

Estou frito

Peço desde já mil desculpas ao senhor Al Gore mas não resisti em aceitar o desafio proposto por uma conhecida marca de óleo vegetal, para me pôr a fritar o máximo que conseguia provocando assim o aumento de gases responsáveis pelo efeito de estufa e consumo excessivo de electricidade.
O último anúncio de publicidade exterior do óleo Vegê argumenta o seguinte: "O Óleo Vegê consegue fritar 21 horas seguidas. E você?". Aquilo, deixou-me de facto bastante baralhado porque, sendo eu um rapaz com respostas para tudo, fiquei ali na dúvida, em branco, sem saber o que dizer. E se um dia, numa entrevista de emprego me perguntam isto e eu, na minha ignorância prática, naõ sei o que responder? E se vou a um concurso de televisão e entre perguntas sobre Kant ou carrinhos de rolamentos (assuntos que domino assazmente) me disparam uma questão destas e eu fico tão vazio de língua como fiquei no dia em que vi o anúncio pela primeira vez?
Fui buscar então a fritadeira à arrecadação, comprei um litro de óleo e comecei a fritar. Batatas fritas, camarões, tempura de vegetais e dois chocos fritos. Consegui chegar às 15 horas e 23 minutos. Agora já sei que posso ter uma conversa saudável numa festa ou jantar se o assunto for trazido para a mesa. Mas tão cedo não sei se vou ser convidado para algum jantar ou festa. É que o cheiro a fritos entrenhou-se de tal forma na pele, no cabelo e em todas as peças de roupa que agora todos os dias perguntam-me se eu vendo rissóis para fora.

sexta-feira, julho 11, 2008

Super Bock Super Flop

Em abono da verdade, é preciso arranjar uma pechincha para me arrancarem de casa para um festival. Não sei se é da idade se do quê, mas um bom livro ou a Herança de Verão têm mais atractivos do que estar no meio de milhares de pessoas que cheiram mal e que me pisam os pés. Mas com bilhetes a meio gás, não há como recusar.

Mas desta vez foi diferente...infelizmente para os organizadores, já que as bandas convidadas vão lá tocar o que sabem e ganhar o delas. Chegando apenas 10 minutos antes, foi possível percorrer o todo o recinto e conseguir ver os Duran Duran em local privilegiado, com um raio de 2 metros de espaço livre. E deixem-me dizer que valeu a pena. Estes senhores dão espectáculo, interagem com o público, que foi tão amorfo como uma bola de futebol vazia, e a idade parece não fazer das suas. E não é que o Simon canta mesmo bem? Ao ouvir os temas clássicos como “Girls on Film” e, mesmo sem pinga de álcool ou substâncias ilícitas, transfigurei-me e saltei mais do que um Jack Russel.

Num registo completamente oposto, Beck também encantou com o seu ar näif e voz singular. E foi non-stop até ao fim, sem deixar que as pessoas batessem palmas entre cada música (não que houvesse muita gente para o fazer). Estava na altura de abandonar o recinto, rapidamente, pois o Mika estava a chegar e, para ver veados e borboletas, prefiro o National Geographic.

Gostei. Curti. Mas, ou entram em acordo com a Optimus, ou temo que o SBSR vá pelo cano...

quarta-feira, julho 02, 2008

IVÁ lá, podia ter sido pior...
















Portugueses e residentes em Portugal, comecem desde hoje a poupar. Finalmente vou poder comprar uma série de coisas que tinha em mente...

quarta-feira, junho 25, 2008

Scottish Tartan

Estive há dias na Escócia. Em apenas 4 dias visitei grande parte de um dos países mais bonitos da Europa, pelo menos para mim. Visitei grandes e pequenas cidades, vi paisagens lindas, conheci pessoas muito simpáticas. Tudo perfeito.
Comparações com Portugal:
- A construção: na Escócia não há prédios altos, não há construção desenfreada, não há casas de imigrante, não há terras como Torres Vedras. Qualquer lugarejo é bonito.
- A paisagem: tudo é verdejante, limpo, cheio de água. Não há antenas parabólicas, outdoors, lixo, terra batida e erva daninha.
- As pessoas: muito mais feias que em Portugal, é verdade, mas tão simpáticas que nem ligamos que são gordas e boçais. Quanto ao sentido de humor, abunda dos 8 aos 80. Quais Malucos do Riso. Sempre que abordei alguém para perguntar uma informação fui prendada com uma anedota/chalaça/graçola, e ainda por cima com muita piada (nas raras ocasiões em que se percebe o sotaque)
- O nacionalismo: adoram tudo que é deles, vestem-se de saias para sair à rua num dia normal, conhecem bem a sua história e levam-na muito a sério. Havia de ser eu vestida de minhota e ir para os copos!...

- O trânsito: não há confusão, não há portagens, não se distingue um Domingo de uma Terça, as pessoas circulam calmamente, sem stress, e são muito respeitadoras. Mesmo com um tanso de Portugal a conduzir do lado errado e a fazer asneira atrás de asneira, eles nunca perdem a calma.
- A bebida: toda a gente bebe, em todo o lado, em qualquer hora do dia, as bezanas são comuns em horário de expediente.
- A comida: por isso é que eu vivo em Portugal...

quarta-feira, maio 28, 2008

Quem é vivo sempre aparece.

A sabedoria popular é, normalmente, muito assertiva. No meu caso não tem sido. Estou vivo e bem vivo, mas ando desaparecido. E tenho uma boa razão.
Aqui há tempos, entrei em rota de colisão com a minha entidade patronal. Personagem mesquinha, avara e com uma visão de gestão muito própria. Geria a sua agência de publicidade como se de uma mercearia se tratasse e, logicamente, essa gestão reflectia-se na forma como tratava os seus empregados.
A rota de colisão, rapidamente se tornou num choque frontal e a luta pelos direitos dos trabalhadores (e dos meus) passou de uma utopia a uma realidade, quando consegui para o estagiário de design, um fabuloso aumento de 100 euros. Os trabalhadores merecem o respeito e merecem, de forma proporcional, receber tanto ou mais do que o que dão.
Mas as coisas continuavam mal e apesar de unido aos meus colegas, não conseguia um entendimento com o patrão. As discussões continuavam e o clima entre nós era muito mau.
Decidi fazer o que a minoria das pessoas faz nesta situação. O normal é despedirmo-nos ou sermos despedidos. Mas comigo não. Decidi comprar a empresa e despedir o malandro do patrão.
Ando, desde Novembro, nestas complicadas e morosas negociações que não vos vou explicar, porque temo que vocês que não são gestores (como eu agora sou), não as compreendam. Se antes não havia, há agora uma clivagem entre nós: eu sou dos que vão passar a mandar, vocês dos que vão continuara a fazer. Por isso, imagino que coisas como pay roll, seja para vocês, trabalhadores, sinónimo de jogos de PSP e que capitais próprios seja algo tipo uma patente militar. Pois não é. Mas não vos vou explicar. Temo que não compreendam. Digo-vos apenas que consegui. E que de empregado passei a patrão. Sei que agora vou voltar novamente a ter tempo para viver, respirar e que, se apertar os salários dos meus empregados, vou finalmente conseguir comprar o iate que infelizmente a venda das t-shirts, não me ajudou a conseguir. Os meus antigos colegas que tanto defendi, revelaram-se afinal um grandes preguiçosos arraçados de comunas subversivos. Soube-o quando decidi que os empregados deviam comparticipar a compra dos seu computadores (uma vez que eram eles que os usavam) e estes se mostraram indignados. Imaginem que estes se revoltaram quando decidi instalar um sistema de pagamento das folhas de papel higiénico (nunca compreendi porque para limpar um buraco do tamanho de uma moeda de 10 cêntimos - no meu caso, pois há quem os tenha do tamanho de uma moeda de 50 escudos - fossem necessárias tantas folhas de papel, que quase dariam para escrever a Tora) e houve até alguns que ameaçaram despedir-se quando sugeri que deviam comprar casas nas imediações da agência porque poderiam ter que sair tarde muitas vezes e eu, logicamente, estava preocupado com a sua segurança.
Afinal, percebo agora o difícil cargo que carregava o meu saudoso antigo patrão. Pior que um mau patrão sozinho, são dezenas de trabalhadores unidos.
É caso para dizer: há 2 dias que comprei isto e já os cabrões dos trabalhadores não param de me chatear.

sexta-feira, maio 16, 2008

Pão de Mafra Vs Broa de Perónio

"Estou cá com uma larica que era capaz de comer uma cabeça aberta barrada com manteiga". Foi talvez este o insight que serviu de ideia para o negócio que temos muito orgulho de apresentar. É tudo feito de pão. Dizem eles.

quarta-feira, maio 14, 2008

Fogo posto

Veio a lume (a expressão mais assertiva para este caso) que José Sócrates, o ministro Manuel Pinho, e mais alguns elementos da comitiva que viajavam em visita oficial à Venezuela, foram apanhados a fumar dentro do avião. As primeiras informações que obtivémos indicavam que os intervenientes deste caso tinham sido encontrados na pequena casa de banho do avião a partilharem uma beata. Mas o desmentido chegou mais tarde juntamente com a confirmação de que andavam só a fumar dentro do aeroplano.

De imediato a TAP descartou-se. Elementos ligados à companhia vieram logo afirmar que este era um caso normal, que ao longo dos anos, sempre que políticos, futebolistas ou dirigentes de futebol constituissem o grosso dos passageiros, então era permitido fumar. São os chamados casos “especiais”.

Fonte oficial do governo veio também a lume pôr alguma água na fervura, desvalorizando a polémica: “Em causa está um avião oficial, fretado e com regras diferentes do habitual. Quando é fretado estabelece-se uma série de regras que num voo normal não podem acontecer. Exemplo disso é andar de pé no avião e fumar.”

Estas foram as palavras da dita fonte oficial. Mas visto que a fonte oficial tem queda para o humor e para o abuso de argumentos ridículos, formulámos mais umas perguntas:

Blog: Então, quer dizer que num avião fretado pode mesmo andar-se de pé ao longo do corredor?

Fonte Oficial: É claro, não precisa de estar à rasquinha para ir à casinha. Quer levantar-se e andar, pode fazer como Lázaro.

Blog: Como a figura bíblica?

Fonte Oficial: Não, estou a falar ali do Làzaro, consultor do Ministro da Economia, aquele ali de t-shirt azul na fila H.

Blog: Então e há mais regras que foram estabelecidas antecipadamente para este voo fretado?

Fonte Oficial: Claro, a partir da fila J, todos os passageiros podem apalpar as mamas da hospedeira à lá gardére....eh desculpe..... as mamocas da comissária, não queria ofender.

Blog: Mas isso não é humilhante? É desprezar um ser humano....

Fonte oficial: Foi a pensar nos abusos que só permitimos que se apalpe o peito da comissária entre a fila J e a fila M. Portanto só 4 filas.

Blog: Por isso é que estou a ver toda a gente a andar em pé no avião a revezar-se nos bancos dessas filas.

Fonte Oficial: Eh...eh...eh....Sabe como são os portugueses, não é? Sempre prontos a encontrar uma falha nas regras....

Blog: Suponho que existam mais regras.

Fonte oficial: Claro, daqui a pouco irá começar o serviço de compras a bordo.

Blog: Mas isso é habitual e comum nos voos comerciais.

Fonte oficial: Ah, normal é os relógios, os perfumes. Mas aqui o serviço mete drogas, orgãos humanos e crianças de tenra idade.

Blog: Não acredito que o primeiro-ministro, o eleito pelo povo português, responsável máximo pela chefia executiva do país, seja cliente deste...

Fonte oficial: Nem pense nisso, que disparate. O nosso primeiro pode ser passageiro frequente mas não é cliente-frequente. Ele não gosta nada disso. Tudo o que ele precisa já traz do free-shop.

Blog: Perfumes, pastilhas elásticas, chocolates?

Fonte oficial: Tabaco. Só quem é parvo é que não aproveita o desconto. Sabe que o tabaco fica mais em conta quando saímos da União Europeia? Ele conseguiu trazer quatro volumes.

Blog: Já agora, é costume o senhor primeiro-ministro fazer o seu jogging nas suas visitas oficiais ao estrangeiro. Sabe se vai acontecer?

Fonte Oficial: Com tanto tabaco no bucho? Ah Ah Ah, você realmente.... você diz muito disparate junto, homem....já agora, tem lume? É aqui para acender o charuto do meu grande amigo, António Nunes, Director Geral da ASAE.

terça-feira, maio 13, 2008

Quanto é que vales?

“Todo o homem tem o seu preço. Toda a mulher tem o seu custo.” É o que diz o povo, não sou eu. Ou, se calhar, sou mesmo eu que acabei de inventar esta e sou do povo.
Tudo isto para debater o assunto do valor do Homem (aproveitem agora para escrever com H todas as palavras que puderem porque daqui a uns anos, ela não terá valor nenhum ao abrigo do Acordo Ortográfico).
Há dias atrás, fui questionado sobre a importância do ser humano. Qual é o valor do Homem? O que teremos nós de fazer para merecer algum valor ou para merecer o reconhecimento da sociedade?
Para alguns basta ser sensível com as causas humanitárias: salvar pessoas de catástrofes naturais, ser missionário, ser médico em zonas de conflito, ser voluntário em África. Para outros basta só um Prémio Nobel, uma investigação científica em prol da Humanidade (outra palavra com H), um livro, uma peça de arte, um golo ou um momento inesquecível como um pontapé na cara de um Big Brother qualquer, em directo.
Mas como é que sabemos que somos importantes? Quando é que sabemos que atingimos o patamar do sucesso e do reconhecimento? Pode ser uma entrevista para um meio de comunicação social, pode ser por uma medalha, pode ser por uma distinção de uma organização internacional. Mas descobri que não somos nada na vida enquanto o nosso nome não aparecer num rodapé de um telejornal. Esse lugar apenas está reservado a quem realmente faz coisas interessantes pelo país, pelo mundo e pelo próximo. Isto tudo para dizer que, irei fazer de tudo para ver o meu nome a passar num rodapé de telejornal. E para isso já comecei a fazer uma cave em casa. O próximo passo é ter filhos.

terça-feira, maio 06, 2008

Ah faneca...

É com pesar que divulgo esta triste notícia: a Solha e a Faneca estão a desaparecer do Tejo. Quem o diz é um especialista que afirmou que isto nada tem a ver com o facto do Marcelo Rebelo de Sousa ter por lá nadado nos anos 80. Também ficou posta de lado a hipótese que revelava que o Tolan - esse cargueiro que durante uma dúzia de anos esteve quase a ser classificado como peixe - haveria deixado marcas indeléveis nas águas do rio. Pelos vistos, a culpa está mesmo no triste fado que são as alterações climáticas que afectam os peixes.

Portugal e os portugueses entram subitamente na lista negra da Grenpeace como as "bestas insensíveis" que leva à extinção espécies inteiras. Ao longo da nossa história trucidámos índios, pigmeus e estamos a fazer um belo trabalho ao dizimar com o bacalhau e a sardinha.

Há quem afirme que, ao continuarmos a este ritmo, a sardinha será facilmente substituída nos Santos Populares por peixes tão exóticos como a Corvina, o Charroco ou o especial Sargo do Senegal.

segunda-feira, maio 05, 2008

A minha cave é mais pequena que a tua

No PSD há quem esteja a olhar para esta história da casa dos horrores na Áustria com outros olhos. Já há quem fale em construir uma cave na sede do partido e mandar para lá o Santana Lopes e o Alberto João. Sempre eram 24 anos sem disparates à vista.

Saudades

Vocês sabem há quanto tempo o Reinu não escreve uma única linha neste blog? Desde 24 de Novembro de 2007. Já temos saudades tuas pá, larga o namorado.

segunda-feira, abril 21, 2008

Oficialmente em depressão

Depois do banho de bola na cidade do Liz, decidi ir deprimir-me mais um pouco - juntamente com mais uns milhares de morcegos no concerto do Nick Cave - logo à noite no Coliseu de Lisboa. Se tiveres por lá, não acendas a luz.


PS - Deixo aqui palavras de gratidão para Cuga; responsável, impulsionadora e patrocinadora oficial da minha presença no concerto.

quinta-feira, abril 17, 2008

Adivinha

Qual a coisa qual é ela que marca 5 golos num abrir e fechar de olhos?

terça-feira, abril 15, 2008

Crime Editorial

Depois da onda de choque que varreu o mundo editorial após um dos autores dos famosos guias Lonely Planet ter admitido plágio e falsidade em grande parte dos conteúdos dos seus guias – garante nem sequer ter visitado países como Brasil, Colômbia, Caraíbas, América do Sul, Venezuela e Chile; sobre os quais escreveu – veio agora a lume (que bonita expressão idiomática) muitos outros casos que envolvem diversos autores e escritores:

- Matts Velson, autor do guia de viagem da Dinamarca, afirma que tudo o que escreveu sobre o país foi baseado num viking sueco que conheceu em Antuérpia há largos anos. Pede desculpa a todos os leitores que foram levados ao engodo de um país repleto de prostitutas que trocam felatios por uma caipirinha.

- Peter Salmon, autor do guia da Eslovénia, confessa que o país que realmente visitou foi a Malásia mas como já existiam muitos guias sobre a Malásia decidiu escrever um guia sobre a Eslovénia com um toque oriental. Ainda hoje há muitos turistas que procuram templos budistas na Eslovénia e acham estranho os eslovenos não comerem assim tantas gyosas ou comerem com pauzinhos.

- Rui Santos, o famoso cronista que versa sobre futebol, admitiu ter escrito e falado de diversos encontros de futebol sobre os quais não viu nada e confessa que é a porteira lá da SIC que lhe dá umas dicas.

- Marcelo Rebelo de Sousa admite que afinal lê só 10 livros de cada vez e não as dezenas que afirmava. Confessa ainda que só os lê na diagonal para “ficar com uma ideia global para poder falar sobre eles” e que já tentou ler alguns livros de trás para a frente mas isso só está ao alcance dos grande génios como Lobo Antunes que, como sabemos, utiliza asazmente esta técnica nos seus romances.

- JK Roling, a autora dos livros de aventuras de Harry Potter, confessou recentemente que todos os seus livros são baseados na realidade e que as criaturas que surgem no seus livros não são ficção. Afirma que já teve o prazer de as conhecer quando residia na cidade do Porto e levava enxertos de porrada de tal maneira que era frequente ter visões com todos eles.

- Carolina Salgado, admite agora não ter sido a autora material do livro e que a únicas palavras que escreveu no livro foram autógrafos. Da mesma forma que Mantorras admite também não ter escrito uma linha no seu livro. E quanto a autógrafos mandou fazer um carimbo porque era mais fácil.

- Kinder, o autor deste blog, confessa que não escreveu uma única linha deste blog caso venha a ser contacto por advogados que defendam os interesses dos indivídiuos aqui referidos sob a capa de que a “internet está cheia de bandidos que podem ter usurpado a minha password e depois vêm para aqui escrever disparates sem o meu consentimento”.

segunda-feira, abril 14, 2008

Língua

Tenho uma dúvida sobre o suposto acordo ortográfico assinado entre os países de língua oficial portuguesa. Com tantas modificações na grafia, linguagem e língua, será que isso vai ter repercursões no sexo oral?

domingo, abril 13, 2008

O que o traz por cá?

Muitos visitantes vêm cá parar por engano. Mesmo os que cá vêm frequentemente, fazem-no por engano. Mas quais são os motivos, ou keywords, que levam milhões de frequentedaores a este bar de alterne linguístico? Peridiodicamente fazemos um levantamento da melhor desculpa para virem cá bater à porta e atribuimos cinco prémios.

1º Prémio
Atribuído ao visitante Al Gore português tal é a forma louca como demonstra o seu amor pela Natureza:
"o que acontece ao regar uma planta com xixi"

2º Prémio
Atribuído ao visitante que, à procura de um par de bons motivos para ir ao Estoril Open, pesquisa na net o seguinte:
"mamas no estoril open"

3º Prémio
Continuando no desporto, atribuímos este prémio ao visitante que pesquisa algo sobre um novo tipo de rambóia:
"mulheres que chuta e da joelhada nas testiculos"

4º Prémio
Atribuimos ao visitante que pesquisa coisas estúpidas na net:
"matriz swot dos pasteis de belem"

5º Prémio
Atribuído ao visitante que se preocupa com o futuro dos seus filhos:
"quanto tempo o esperma sobrevive ao ar livre"

A todos os premiados, desejos que voltem sempre.

quarta-feira, abril 09, 2008

London Calling

Eu sei que tiveram saudades minhas. Quem me disse foi a minha mãezinha que gosta muito de mim e é capaz de mentir com os poucos dentes que tem só para me deixar feliz. O motivo da minha ausência prendeu-se (é a palavra certa tal como vão ver mais tarde) com a minha deslocação profissional a um congresso internacional da indústria dos penteados a essa linda cidade do Reino Unido.
Foi uma semana bastante produtiva onde acedi a um mundo de permanentes, mises, cortes, tranças e franjas como não há igual. É nestas alturas que percebemos que o nosso país é muito pequeno e que devido a isso mesmo não tenha muitas cabeças.
Partilhei experiências com húngaros, romenos, polacos, belgas, espanhóis e confesso que tentei trocar fluidos com muitos outros mas o intenso cheiro a laca é algo que sempre funcionou como freio. aliás, eu até tenho uma piada sempre pronta relativa a este meu problema: "O cheiro a laca é de puxar os cabelos!". Perceberam?
Bom, mas quando a convenção de Esteticismo (assim dito, até parece uma corrente artística pós-moderna) terminou, começou nesse momento a nevar em toda a cidade de Londres.
Rapazes, o frio que estava. Eram pequenos flocos de neve no início, tipo caspa. Depois foram aumentando de volume até cobrirem a cidade londrina e todas as pistas de aeroporto. Resultado: fiquei preso em Gatwick a fazer mises e a arranjar os pés aos meus amigos. Só naquela para me entreter e tirar aquilo da cabeça. Olha, fiz outra piada engraçada com cabeças parodiando com a minha actividade profissional. Perceberam?

quarta-feira, abril 02, 2008

Colocar o blog ao meu serviço


Todos os anos lá vou e este gostaria que não fosse excepção. Alguém me consegue arranjar bilhetes à borla para o Estoril Open? Ou então dizer-me como arranjá-los? Alguém? Help!...

quarta-feira, março 26, 2008

Um problema de TAMANHO...

Por diversas vezes, seja em conversa de trabalho ou em lazer, existe sempre um momento específico, uma certa altura em que se trocam endereços de email. E é nessa altura precisa que acontece invariavelmente a mesma coisa, que me deixa já com um pouco de enfado:
- Anota aí, o meu email é abcdef@sapo.pt”, tudo com minúsculas, ok?

ou então

- O meu email é xpto@sapo.pt, atenção, tudo com maiúsculas, não te enganes!

Já vOs acoNtecEu taNtas veZes ComO a Mim?
PS- só para irritar estas pessoas, fiz o login neste blog misturando maiúsculas e minúsculas no meu user name. Uhhhh...Uhhh.....

quinta-feira, março 13, 2008

Eu dava um rim mas prefiro vender

Hoje celebra-se o Dia Internacional do Rim. Discordo com esta numenclatura já que considero que o dia de hoje apenas serve para pensar em todas as pessoas que apenas têm um, ignorando todas as outras que têm os dois de origem. Este orgão é tão importante para o nosso organismo que alguém se lembrou de fazer um suplente, não vá um para o galheiro ou para o tráfico. Por isso, vamos todos celebrar convenientemente desapertando os nossos botões, baixando as calças e urinar com alegria.

quinta-feira, março 06, 2008

Escravo Sexual

Segundo um estudo divulgado por uma universidade americana - esses é que são os melhores - veio confirmar que os homens que participam mais nas actividades domésticas (limpar a casa, levar o lixo à rua, ficar com os filhos, baixar a tampa da sanita, reciclar as minis, etc) têm também um equivalente acréscimo na sua actividade sexual. Significa que, matematicamente, quanto mais tarefas forem divididas em casa, mais tarefas são partilhadas na cama.
Mas tudo isto vem a propósito de uma conversa que tive com a minha mulher a semana passada: ela quer contratar uma empregada doméstica. Diz que está cansada de eu andar sempre a limpar a casa todos os dias.

quarta-feira, março 05, 2008

Este miúdo destaca-se!

Não sei quantos de vós, blogueiros, costuma passar à tarde pela Av. de Ceuta, em Lisboa. Eu passo, pelo menos 2 vezes por semana. Não posso dizer que adoro fazê-lo: o cheiro da estação de tratamento de água é mauzinho, o trânsito por vezes é caótico, os radares só chateiam. Mas há sempre uma coisa boa: o rapaz do Destak. Longe de mim querer fazer publicidade a este gratuito. Mas o tipo é mesmo bom naquilo que faz. Não é igual a todos os outros que se limitam a usar um colete reflector amarelo e a enxotar o jornal para dentro da janela do carro. Este não. Para além do aspecto cool, de cor e com cabelo entrançado, o rapaz dança um estilo de break-dance no meio dos carros, sem atrapalhar. Para além disso, sempre que ouve uma buzinadela de alguém que tem pressa para ir para a ponte, ele responde: -“Tenha calma, sorria.” -“No stress”. Quando atravessa a estrada, caminha como um egípcio. E lá continua ele a entreter, a dançar, a ser simpático. Um verdadeiro homem do espectáculo, mas anónimo. Um verdadeiro optimista, que encara uma das profissões mais chatas do mundo de forma positiva. Se o virem, digam-lhe adeus.

segunda-feira, março 03, 2008

Está visto

O progresso faz avançar o país. E também cria novos imbecis. Tudo isto para contar a minha experiência inolvidável ao renovar o meu passaporte.
Para quem não sabe, o novo passaporte português é agora todo electrónico, repleto de seguranças, com dados biométricos, assinaturas, impressões e foto digitalizadas. Do melhor que o progresso pode oferecer. A manobrar a dita máquina tinhamos o oposto, um funcionário da velha guarda que se só se queixava do equipamento, da internet lenta, da máquina que falha e que, graças à sua experiência, ele sim, tem olho para descobrir quem ali está para o enganar.
Os problemas começaram na hora em que tive que tirar a fotografia para o documento. “Não se ria”, “Não pode esconder as orelhas” ao que eu respondi “Não sei se já reparou mas eu sou careca, não tenho cabelo sequer para pentear quanto mais para tapar as orelhas”, ao qual prontamente se desculpou, justificando-se pelo hábito de fazer o mesmo pedido a todas as horas.
Após umas quantas tentativas lá optámos pela fotografia. “Já está boa” disse o funcionário. “Boa? Você já viu isto? Careca, nariz aquilino, pele escura, olhar carrancudo, expressão carregada e sem um sorriso. Isto mais parece uma fotografia tipo passe de um terrorista! Só falta o turbante, a AK-47 ao ombro e mudar o meu nome para Al-Rafzajani”. O homem suspirou e respondeu: “Também não está assim tão mal. Fica assim!”. Ainda vociferei baixinho: “Está visto que quando aterrar em Nova Iorque tenho viagem marcada para Guantanamo”.
Mas quando estava convencido de que a aventura tinha ali terminado eis que oiço a ordem para o passo seguinte: “Agora vamos à assinatura” e logo ali ficou a conhecer a minha total incapacidade em copiar a minha própria assinatura. Na verdade, reconheço que consegui criar uma assinatura que não pode ser copiada, nem sequer pelo seu próprio autor.
O funcionário foi recusando todas as minhas assinaturas, umas atrás das outras. E foi então que encontrei a razão pela qual não consigo copiar a minha própria assinatura: faltam letras no meu nome, letras que não coloquei no momento da renovação do BI e que agora davam-me imenso jeito. É como se o meu nome fosse André Azevedo Freitas da Silva e eu assinasse Ande Azevdo Freita Slva.
É com a reslução dests pequnos problmas que a nosa vida progrde. Temos de vançar e aprnder com os eros pra não ficamos plo camnho. Agor que já consigo fzer uma cópa perfita da mnha asinatura, poso dizr com orguho que ste problma está totalmnte ultrapasado.

quinta-feira, fevereiro 28, 2008

Habilidade para o nada

Há uns tempos fui convidado para administrar, não um anti-viral de largo espectro, mas sim uma aula de workshop sobre aquilo que eu faço. A minha primeira reacção foi recusar a dita aula, não só porque não faço a mínima ideia do que faço mas porque todos os dias, 99% do meu trabalho vai para o lixo. Embora alguns nomes da praça possam jurar a pés juntos que eu percebo minimamente disto; embora possa ser premiado pela minha actividade e ser convidado para subir mais uns degraus na firma, a minha experiência de trabalho dos últimos 15 anos vem atestar a minha total inabilidade para a coisa.
Pensei seriamente no assunto e foi então que os euros falaram mais alto. E mais tarde cogitei no seguinte: “Ora bolas, se eu ando aqui a enganar uns carolas há uns anos, irei certamente passar a perna a mais uns quantos durante 3 horas!”.
Preparei a minha apresentação, recolhi materiais, pesquisei a fundo e cheguei mesmo a vestir roupa adequada para a situação – o que no meu caso foi mudar só de t-shirt. A aula correu muito bem, foi bastante participativa e eu consegui manter aquele aperto no estômago controlado durante várias horas o que me fez tornar no tipo com os melhores abdominais do escritório.

quinta-feira, fevereiro 14, 2008

É do fundo do coração!

No dia que hoje se celebra, dia de S.Valentim, aqui vai uma palavrinha de apreço e conforto para todos aqueles que sofrem de males do coração. Força aí mas evitem expor-se desta maneira...

quarta-feira, fevereiro 06, 2008

Vamos a contas infantis

Esqueçam os sambinhas, sambões e outras danças poucas higiénicas. Este Carnaval serviu para fazer contas à vida. E pela primeira vez senti que o Entrudo trouxe alguma folia à minha, sem ter sido necessário andar num carro alegórico. Pois bem, ontem foi divulgado um estudo - e vocês sabem o que nós gostamos de estudos - em que se determinava quanto custava ter / manter um filho até aos 25 anos. Pois bem, esse valor variava entre os 236 e os 678 euros por mês. Pois, cheguei à conclusão de que se eu tivesse uma criança, vamos imaginar, já com 5 aninhos, já tinha ardido 14 mil euros. Mas é pouco comparado com o que eu ainda podia arder até ele ter 25 anos. Vamos a contas mais uma vez. Durante 25 anos, o petiz podia sugar-me entre 70 mil e 200 mil euros.
Quem me conhece sabe o amor que eu sinto por crianças, sabe que nada é mais bonito que o sorriso de uma criança, que são a alegria deste mundo e do outro, que são tão fofos e queridos, que só apetecem apertar. Mas é também isso que eu sinto por cães. Os canídeos têm é mais vantagens: é possível pôr-lhes uma corrente ou trela, mandá-los para uma casota, podem levar uma bofetada, podem guardar uma casa e fazem truques. Ora tudo o que não é possível fazer numa criança.
Mas reparem, nem tudo é mau nas crianças. Há algo que as crianças podem fazer e que os canídeos não. Podem por exemplo ir trabalhar bem cedo, a fazer calçado para a Zara ou assentar massa na construção civil. Mas o grande benefício em ter filhos é sem dúvida a possibilidade de - quando já não nos for possível distinguir entre um garfo e o comando da TV - eles nos escolherem um bom lar de idosos.
Infelizmente, neste campo, vou ter de deixar o Estado fazer isso por mim. Afinal, o Estado, ao levar tudo o que tenho, sempre me tratou como um filho. Mas isso agora não importa, estou a pensar como vou arder 200 mil euros que vou conseguir poupar.

terça-feira, fevereiro 05, 2008

Há muito tempo que esperava por isto

Tenho um amigo meu que tem a infelicidade de celebrar o seu aniversário hoje, logo no dia de Carnaval. Foram anos à espera mas finalmente consegui conciliar as duas realidades. Hoje liguei-lhe e disse: "Parabéns, meu grande palhaço!"

quarta-feira, janeiro 30, 2008

Tiger in the woods

Dois tigres a deambularem pela Azambuja?
Vêem como isto está cada vez mais parecido com África?!...

terça-feira, janeiro 29, 2008

Jornalismo em revista

Ontem, no meu passeio diário de fim de tarde pelo meu bairro, passei por uma pequena papelaria tabacaria que tinha colada numa vitrina uma revista. Daquelas revistas que não valem um caracol, mas que até gostamos de parar para ler os grandes títulos. Daquelas em que ficamos a saber que a Maya afinal tem 63 anos. As revistas do coração, as cor-de-rosa, as de cordel. E por falar em coração, reparo numa notícia secundária, mas nem por isso com pouco destaque:
“4 anos depois da tragédia, namorada de Feher casa-se com outro!”
Hiii! Uauuuu! Que escândalo! Ainda bem que existem revistas onde os factos são factos, mais importantes do que o mediatismo e a ligeireza com que se denigre uma pessoa.
Depois reflecti, confesso que nunca pensei em fazer isto ao ler uma TV 7 Dias/Nova Gente:
- Era suposto ela casar-se mesmo assim com o Feher, estando ele morto?
- Seria de esperar que ela se iria casar com outra?
- Quantos anos são precisos para que o luto termine?
- Se ela se juntasse apenas, já não faria mal?
- Quando situações destas acontecem, já não é permitido refazer-se a vida com outra pessoa?

quarta-feira, janeiro 23, 2008

Fome de aulas

Não há fome que não dê em fartura, lá diz o povo. E também diz que um homem se conquista pelo estômago. E continua a ser muito bem dito sim senhor. Parece nuclear que somos um país que gosta muito de comer. E um país de não fazer nada. Na verdade, somos um país que não gosta de fazer nada depois de comer. Ora aí estão duas tarefas que estão intimamente ligadas e que justificam a nossa baixa produtividade ao longo dos séculos. Não nos podemos esquecer que, historicamente, os portugueses só se começaram a mexer quando se decidiram em ir à procura de pimenta, canela e outras especiarias. Ou seja, tudo o que pudesse condimentar as nossas refeições. Não consigo deixar de pensar nas razões que levaram os nossos antepassados da Idade Média a seguir tal façanha:

-El-Rei de Portugal, aceita mais couve portuguesa para acompanhar o pão?
-Ó Jarbas, outra vez? E só leva sal, homem? Nem uma ervinha, uma pimentinha, nada?
-Perdoe-me, pela graça do Senhor, mas acabou-se.
-Raios, então vá buscar homem.

Ou seja, se gostamos de enfardar tudo o que nos metem no prato, então porque não seguimos a mesma ideia do Reino Unido?
Esta semana, o Ministério britânico da Educação decidiu introduzir a Culinária como disciplina obrigatória. Ora aí está algo que deveríamos copiar para o nosso sistema de ensino. Por um lado - e porque duvido que algum aluno português possa chumbar numa cadeira que realmente pratica desde a nascença - esta disciplina contribuiria certamente para a subida da nota final no ano lectivo. Por outro, esta seria mais uma disciplina fundamental para incentivar o recurso ao trabalho manual, já tão neglenciado pela nossa sociedade, como Têxteis, Electro-mecânica ou Educação Sexual.
No Reino Unido, o objectivo destas aulas é combater o perigoso crescimento da obesidade na população. “Ensinar as crianças a cozinhar pratos saudáveis é um importante meio para as escolas ajudarem a criar adultos saudáveis”, declarou o ministro da Educação britânico.
No entanto, o objectivo da culinária como disciplina obrigatória é fazer com que os alunos consigam preparar pratos simples e saudáveis preparados com ingredientes frescos e preferencialmente do seu país. Ora aí está mais uma bela ideia. Em Portugal, acho que pratos de bacalhau, rissóis, caracóis, sandes de torresmo, coratos e pézinhos de coentrada deviam fazer parte obrigatória da matéria. Mas claro, tudo sob supervisão da ASAE.
Mas há ainda outro grande benefício em ter aulas de Culinária. Vejamos este exemplo em que o pai chega a casa, depois de um dia cansativo na repartição:

Pai: Queridos, cheguei a casa! (virando-se para a mulher que se encontra a ver a novela das 18h). Então, isso é que é vidinha, hein!
Mãe: Shiuuu, que eu estou a ver o que acontece ao Valdison.
Pai: E, onde é que estão os garotos?
Mãe: Devem estar na cozinha….
Pai: Na cozinha? Outra vez?
Mãe: Não os chateies que eles estão a fazer os trabalhos de casa.
Pai: Oba, vou ver se eles precisam de uma mãozinha. (Dirige-se em passo acelerado até à cozinha). Filhos….mmmmmm….cheira tão bem.
Filho: Olá, pai. Podias passar-me aí o alecrim?
Pai: Claro, mas o que estás a fazer?
Filho: Estou a fazer Pernil no Forno com molho de Alecrim e batatas de Noz Moscada.
Pai: Parece-me delicioso. Onde é que está a tua irmã?
Filho: Está lá fora a matar um coelho para os trabalhos de casa dela.
Pai: Mmmmmm, muito bem meu filho. (E em jeito de aviso ameaçador) E ai de vocês que deixem de estudar. No dia seguinte estão na rua.

quinta-feira, janeiro 17, 2008

Liberdade Religiosa

Estou numa onda, não de escutas, mas de microfones. Pela segunda vez neste blog, demonstra-se que a utilidade do microfone vai muito para além da habitual. Nós é que somos curtinhos de imaginação...

quarta-feira, janeiro 16, 2008

A idade do futebol

Neste blog é raro falar-se de futebol. Não só porque sou do Sporting - e ultimamente não me parece que aqueles tipos joguem alguma coisa a que se possa apelidar de desporto - mas porque acho as conversas de bola demasiado enfandonhas. Mas o caso muda logo de figura quando há porrada no meio.

Ontem, um dirigente desportivo do Belenenses foi agredido por dois sócios. À primeira vista isto nem parece ser notícia. Nós até agradecemos que o façam para ver se acabam de vez com a raça deles e para evitar que algum prosssiga a sua carreira como comentador desportivo.
Mas, sabendo nós a média de idades dos sócios do Belenenses, a notícia deveria ter sido contada de outra forma:

"Ontem, Carlos Janela, director desportivo do Belenenses, foi agredido por dois sócios quando saía das instalações administrativas do clube, devido à insatisfação provocada pela utilização irregular do futebolista Meyong no jogo com a Naval. Segundo apurámos, os dois sócios em questão foram mais tarde detidos com recurso a dardos tranquilizantes já que se tratavam de um Broncosaurios e de um Stegosauros."

sexta-feira, janeiro 11, 2008

Lino, o Beduíno

Após a desilusão de o Dakar não ter arrancado de Lisboa, ou de nem sequer ter andado 100 metros, o Governo decide fazer um Conselho de Ministros extraordinário para resolver o problema:


-Sr. Primeiro-Ministro, então que cara é essa?
-Eh pá, estou chateado, pá. Isto de nos terem tirado o Dakar das mãos, não estava à espera. Ao preço que está o gasóleo, sempre eram mais uns euros para os cofres do Estado em matéria de impostos sobre os produtos petrolíferos.
-Malditos terroristas, sr. Primeiro-Ministro. Se fossem funcionários do estado, sempre podíamos mandá-los embora ou processá-los. Esta vida é tão vil.
-Bom, temos de arranjar uma solução para este problema. Eu não marco reuniões de ministros ao Domingo só para ver se arranjo uma maneira de não ir à missa. Por isso, ideias. Quero sugestões em cima da mesa para ultrapassar esta questão.
-Sr. Primeiro-Ministro, se me permite.
-Diga lá, Sr. Ministro Mário Lino.
-Eu acho que os portugueses anseiam por uma resposta clara sobre onde vamos construir o novo aeroporto da Ota, quer dizer, o novo aeroporto de Lisboa na Ota. Sobre isso, curiosamente, tenho aqui um estudo encomendado, quer dizer, elaborado à Universidade de Loonden, no Texas...
-Universidade de Looden, no Texas? Nunca ouvi falar...mas também quem sou eu para saber alguma coisa de Universidades. Eu nem sequer sei onde fica a Independente!
-Ah Ah Ah Ah Ah....essa foi genial, Sr. Primeiro-Ministro....
-Bom, estava você a falar sobre um estudo.
-Sim, Sr. Primeiro-Ministro. Eu acho que os portugueses devem saber que o novo aeroporto de Lisboa vai ser na Ota.
-E quais são as razões fundamentais que eu vou dar aos portugueses para justificar essa escolha?
-Várias, sr. Primeiro-Ministro. Uma é porque já tem lá uma pista, outra é porque dá jeito, outra ainda é porque Ota soa muito melhor em inglês do que Alcochete. Mas a razão principal é porque basta terraplanar uns bons 7000 hectares e voilá, um aeroporto.
-Engraçado, isso do voilá...
-Porquê, Sr. Primeiro-Ministro?
-Faz-me lembrar aquela que você disse também em françês: Jamais!
-Ah Ah Ah Ah. Você hoje está imparável, sr. Primeiro-Ministro. Não é como aqui o Sr. Ministro Manuel Pinho que só diz piadas secas...
-Secas? Espera lá. Isso faz todo o sentido.
-Como assim, Sr. Primeiro-Ministro?
-Você acabou de me dar uma grande ideia. Você é um génio, homem. Acabou agora mesmo de se livrar do ponto 2 da agenda desta reunião que era a sua substituição no ministério das Obras Públicas.
-Obrigado, Sr. Primeiro-Ministro, mas creio não ter entendido o seu raciocínio.
-Por isso, é que você não tem estaleca de Primeiro-Ministro como eu. Basta olhar para a essa camada adiposa para perceber que, para além de não fazer jogging como um bom estadista, a sua massa encefálica está constantemente a ser banhada por gordura o que o impede ter um raciocínio claro, objectivo e pragmático. O que eu queria dizer, é que neste momento já decidi que o novo Aeroporto será em Alcochete.
-Alcochete? Mas Sr. Primeiro-Ministro, essa decisão faz terraplanagem aos estudos dos últimos 30 anos que apontam a Ota como o melhor local.
-"Terraplanagem" é uma palavra muito curiosa vinda de um Ministro das Obras Públicas cuja pança poderia servir perfeitamente como rolo compressor.
-Ah Ah Ah Ah, o Sr. Primeiro-Ministro está nos píncaros do humor, deixe-me dizer-lhe.
-Obrigado, Sr Ministro. Mas voltando ao meu brilhante silogismo. Podemos ter perdido o Dakar mas isso não significa que milhões de portugueses fiquem impedidos de se aventurarem deserto ou de verem camelos. Vai daí, porque não criar um "Happening", um "Major Event" no nosso maior deserto da margem sul? Alcochete, the "new international airport Lisbon has been borned".
-Sr. Primeiro-Ministro, peço imensa desculpa pelo reparo, mas esse inglês não está muito famoso. Eu aconselhava umas aulas de inglês técnico. Alguém tem aí o telefone do Sr. Arouca, reitor da Universidade Independente?
-Ah AH Ah Ah Ah. Essa está boa, Sr. Ministro da Saúde. Sim, senhor....Bom, depois deste momento de galhofa que é sempre de salutar, proponho passarmos ao ponto seguinte da nossa agenda: a remodelação no Ministério da Saúde.

quinta-feira, janeiro 10, 2008

Ah, isto é optimus!...

Sei que o Natal já passou e a esta altura o Pai Natal já retirou o disfarce e estará, com uma das suas renas, a servir de animador num qualquer lar da 3ª idade. Também sei que a publicidade tem evoluído bastante nas últimas décadas e posso afirmar, sem reservas, que já não é enganosa. Longe vão os tempos em que um tal de sabonete fazia milagres na pele da cara, quando sabemos perfeitamente que é contra-indicado. Assim, escrevo esta carta na certeza de que serei plenamente satisfeita.

Querida Optimus,
Obrigada por perguntares e, sendo assim, estava a precisar de:
- 1 par de calças de ganga, tamanho 38
- 1 perfume 100ml
- 15 kg de ração para cão, variedade borrego e arroz
- 150 litros de gasóleo
- 1 reparação a infiltração no tecto do quarto
- 20 litros de leite magro
- 100 cápsulas de Nespresso
- 1 Bimby
- 10 kg de carne de vaca, para assar, do acém
Como se processa a entrega dos artigos?
Muito obrigada e aguardo notícias.
SFF

PS- espero que não esteja a abusar, mas pensando bem, comparado com o que gastaram nesta campanha, isto é peanuts! Ah, já agora, mais 3 caixinhas destes, se faz favor...

segunda-feira, janeiro 07, 2008

Bingo!

Depois da Administração do Casino Estoril-Sol ter afirmado que só iria cumprir a Lei do Jogo e não a Lei do Tabaco porque acha que aquilo não se aplica aos casinos, eu decidi que, a partir de hoje, irei cumprir escrupulosamente a Lei da Água mas recuso-me a respeitar o Decreto-Lei nº 218/97 de 20-08-1997 que estabelece a as regras fundamentais e critérios base para a implementação de Superfícies Comerciais em Território Nacional.

sexta-feira, janeiro 04, 2008

Pensament du jour

Qui belle merde. Et moi que já tinhe la voiture tout-terrain preparé pour la voyage. J'avais ma valise, mes maps e deux botteilhes de l'eau por la aventure ont desert. Et allors?

quarta-feira, janeiro 02, 2008

Até agora, tudo bem

Pensei que fosse pior. Estou a aguentar-me bem. 2008 já vai com 2 dias e ainda não puxei de um cigarro. O que é óptimo para alguém que não fuma.